Capítulo 10

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Grace

Volto minha consciência para o que está acontecendo e percebo que por alguns minutos desmaiei. Estamos há horas aqui, com ele fazendo absolutamente tudo que deseja comigo.

Mesmo que eu quisesse contestar, não pude, já que a vez que abri a boca para tentar pará-lo junto com minhas mãos, ele grudou no meu pescoço o apertando tão forte que desmaiei pela primeira vez, acordando logo em seguida com ele ainda transando comigo e não parecendo dar a mínima caso eu morresse sufocada.

Ainda que eu tentasse, eu desejasse fazer mais alguma coisa, tentando lutar para ter pelo menos um remanescente ato de coragem, não tive forças, pois meu corpo já não me obedecia mais.

Ele novamente dá uma apertada forte e sai de dentro de mim que meramente continuo na mesma posição, do lado que estava, contudo dessa vez ele se levanta e sai da cama, indo para o banheiro.

Tento a muito custo movimentar meus braços afim de os levar para o meu ventre que lateja de dor e depois disso, lentamente consigo ao menos dar uma leve sentada na cama, vendo que estou totalmente suja com sangue não só na minha coxa, mas também na minha barriga, quadris e até a cama está toda suja.

— Volte para o quarto que estava — diz aparecendo na minha frente de roupão e presumo já ter tomado banho, já que o cheiro de limpeza e produtos masculinos adentraram no quarto com ele.

— Mas...

— Apenas se levante e vá — diz pausadamente e sai do quarto e depois de obrigar meu corpo a me obedecer coloco meus pés no chão e no momento que me levanto além de sentir uma tontura exagerada, sinto como se meu útero fosse cair por entre minhas pernas.

Dou passos cambaleantes em direção à porta e saio me arrastando pelas paredes, até entrar no último quarto, com a intenção de me deitar na cama daquele animal medonho, esperando do fundo da minha alma que ele me coma enquanto estiver desmaiada e eu não sinta nada.

Passo pela porta e assim que fecho a mesma, escuto um barulho na fechadura e é como se minha lucidez voltasse com força para o meu cérebro, tento abrir a porta e não consigo, o que me desespera! Quando percebo que me trancaram aqui, me viro lentamente e vejo o animal deitado na cama, me olhando friamente.

Desesperada, começo a gritar e bater na porta, pedindo desesperadamente para que abram e me deixem sair, enquanto choro de medo pois não estou preparada para morrer, eu pensei que estava, mas não estou!

Paro quando sinto o hálito quente do animal fungar atrás de mim, me fazendo não só gelar, como também paralisar enquanto me viro quase que em câmera lenta, vendo o animal tão perto de mim, mas tão perto que centímetros separam sua boca do meu rosto.

Ela parece me cheirar enquanto minha pele treme de medo e nada que eu diga para mim mesma no meu subconsciente faz meu corpo parar de tremer.

Ironicamente, ao contrário do que eu esperava, ela me cheira, me encara e depois volta para sua cama, se deitando preguiçosamente esparramada na enorme cama me deixando pasma, enquanto meu corpo ainda treme de medo.

(...)

Não sei quanto tempo estou aqui, não sei se foram horas ou dias, só sei que ela não acordou e disso tenho certeza pois não preguei os olhos, mesmo que eu tentasse e o cansaço me dominasse, não consegui dormir.

Aqui sentada no chão encostada na porta no mesmo lugar desde que entrei, com as pernas dobradas no alto no meu seio e a cabeça sobre meus joelhos, me sinto muito mais suja do que meu corpo está.

Minha primeira relação sexual, aquela que eu tanto idealizei e imaginei, afinal que adolescente não pensa nisso!? Foi tão horrenda e humilhante que mesmo depois de tantas horas ainda sinto o cheiro da humilhação, pois está impregnado no meu corpo. O sangue seco, meu suor e o cheiro daquele homem ainda estão impregnados em mim.

O General da Máfia RussaOnde histórias criam vida. Descubra agora