Capítulo 12 Bônus

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General

Vejo a Tahr correr pelo jardim e quando ela vai em direção aos meus homens, um movimento rápido de um dos soldados me incomoda quando ele segura na arma em sua cintura com mais força.

— Você viu o que eu vi? — pergunto para o Oscar que concorda.

— Não o julgo Vitor, olha o tamanho dela, todos estão com medo — diz e me incomodo com sua fala.

— Esse é o preço de trabalhar para mim — falo chegando perto do soldado que não sei dizer se tem mais medo dela ou de mim.

— Se ela não parasse e te atacasse, você ia pegar essa arma, que é minha, foi paga com o meu dinheiro, assim como a bala dentro dela e ia atirar no meu animal? — pergunto como quem não quer nada e o cara treme as pernas de medo e nem abrir a boca para se defender com coragem ele consegue.

— Me dê sua arma — peço e ele tremendo me entrega, sem tirar os olhos temerosos dos meus, tentando ignorar a fera que o analisa, porém o suor escorrendo de sua testa nesse dia frio entrega o medo que só existe em sua alma, de tão bem treinado que ele foi, se me lembro bem desde seus 7 anos de idade.

— O que faço com você, hein? — pergunto mais para mim do que para ele.

— Tahr, o que você quer fazer com ele? — pergunto e quando digo o nome dela, ela já se levanta.

— Corra! — falo e ele me olha incrédulo.

— Senhor, perdoe-me por me calar, eu jamais a atacaria, o senhor me conhece desde sempre, me dê mais uma chance — ele diz firme, como o bom soldado que é, porém já é tarde.

— Corra o máximo que puder e se eu me agradar da sua velocidade e ela for atrás de você, eu a chamo, poupando assim sua vida. No entanto, se for lento, a deixarei te pegar — falo e vejo meu soldado firme, tentando ser forte.

— Um, dois e três, corra! — digo e ele dispara correndo, a Tahr me olha e me abaixo, vendo-o correr tão rápido quanto um maratonista.

— É só uma brincadeira hein, agora vai pegá-lo! — falo com ela e intensifico a última palavra, o que a faz correr tão rápido que faz a corrida do homem parecer ridícula.

— Tahr! Volte! — grito quando percebo que ela está perto o suficiente para atacá-lo.

— Tarde demais — diz o Oscar vendo-a dar um belo salto, ignorando meu chamado, pulando diretamente para a cabeça do homem, com a boca aberta fincando seus enormes caninos em seu pescoço, que cai no chão com ela que esmaga seu crânio, derrubando não mais meu soldado, mas sim um cadáver e incrivelmente ela o puxa sentido à casa, como se seu corpo não pesasse nada.

— Ela não sabe mais brincar! — digo para os meus homens que olham a cena horrorizados, mas assim como o homem que me implorou perdão, tentam manter a pose.

Saio de casa com o Oscar para verificarmos uma das nossas casas de prazer que estranhamente começou dar lucro extra da noite para o dia e isso me deixou em alerta. Dinheiro sempre é sinal de problema, seja entrando ou saindo, quando passa do normal é porque aí tem coisa e gosto de verificar com meus próprios olhos.

Chego no local e assim que entro, as pessoas se surpreendem ao me ver. Não sou de dar as caras abertamente, deixo isso para o Oscar que é meu braço direito, prefiro agir no escuro, a não ser que seja muito necessário e quase sempre acaba em prazer. Prazer para mim e dor para os envolvidos! Por esse e outros motivos que as pessoas temem quando me veem e isso na verdade me irrita.

Faz tanto tempo que vejo apenas medo nas pessoas que quando vejo alguém que não tem, fico de ótimo humor. Irônico, eu sei!

Me sento em uma mesa e logo uma moça me serve uma bebida e diferente da espelunca que infelizmente é minha em Las Vegas, eles me conhecem bem e o copo está extremamente limpo e tem meu nome gravado no mesmo, já que só eu o utilizo.

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⏰ Última atualização: May 08 ⏰

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O General da Máfia RussaOnde histórias criam vida. Descubra agora