13: Daylight

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A luz do dia para alguns poderia ser a primeira coisa que viam pela manhã, um aviso de que outro dia estava começando, considerado uma benção e também uma maldição, para outros era sinal ruim pois suas vidas eram noturnas.

Cada um encarava as pequenas coisas de uma forma diferente, um humano não dá a mínima para o sol, vendo-o todo dia nem faz sentido a idolatrar como o caso de Olívia, sua declaração poderia ser um pouco confusa, um corpo adaptado para o escuro amando o exato contrário?

Para ela fazia sentido, não importava onde estava, sempre era dia, seus olhos apenas viam um pouco menos de luminosidade quando estava a noite, e mesmo assim era claro. Isso a deixava irritada, menos quando olhava o sol se pondo, tinha outro aspecto, o dia claro natural era o que ela mais amava no mundo, isso até a Sabrina.

Natural era a palavra exata para como as coisas entre elas tinham começado a ocorrer, sem querer a deusa acabou acertando numa fala que teve com a Succubus antes delas entrarem no submundo, o amor não podia ser nascer de profecias. Com tantas coisas acontecendo na vida delas, o que as impedia de ter um relacionamento normal, ainda tinham pausas para momentos de breves epifanias.

Ninguém fazia uma verdadeira ideia de quanto tempo tinha passado desde o incidente com a Succubus, tinha uma ou duas coisas que eles continuavam sem saber, ou por hora não ligavam, por que Sabrina era tão especial para Zeus? E quem diabos na verdade era Mary Elle? Olivia tinha um único chute que não tinha procedência do seu mais novo poder ativado numa luta para salvar Sabrina, ela era apaixonada por sotaques, sabia ao menos que ela era australiana.

O grupo era multicultural, Corey é americano, Rowan é norte-americana, Sabrina de Londres, Mary australiana, e Thomas era Belga, informações inúteis a parte, o maldito tempo não cura feridas, pessoas curam.

- Isso é sobre nós, sempre foi. - Olivia disse certa depois de passar alguns segundos observando como Sabrina estava focada na espécime de festa de despedida que tinham ganhado no seu último dia dentro da pequena prisão particular deles.

- Defina "isso" - Sabrina pediu prestando atenção na deusa.

- Tudo isso. Não é sobre você ou eu, é sobre nós. - Olivia insistiu. - A gente está prestes a subir e terminar isso, pegar a coroa, começar a guerra, não estranhe se eu te trancar no banheiro antes dela começar.

- É presunçoso que você ache que pode fazer isso, sabemos quem é a mais forte. - Sabrina brincou para manter o clima mais leve, tinha pegado esse traço de Olivia.

- Eu vou derrotar Zeus, eu sou perfeitamente capaz de te machucar. - Olivia tentou ser dura, mantendo uma expressão séria, vendendo que não tinha como a contestar.

- Continue mentindo para si mesma. - Sabrina debochou, dá um beijo na bochecha da deusa como consolo. - Eu estava pensando, agora que vamos correr risco de morrer toda semana. Lee não pode ser a herdeira da profecia?

- Eu acabei de dizer, essa é a nossa história. - Olivia não notou algo importante. - A profecia foi clara, um deus vai destronar outro, e a Hailee não é bem uma deusa, ela está mais para... o que chamam de demônio.

- Um guerreiro não teme a morte. - Sabrina falou para si mesma.

- O que? - Olivia pergunta confusa.

- Um guerreiro não teme a morte é o que minha mãe falava para mim. - Sabrina revelou. - É uma das nossas regras, sem covardia, acho que eu era meio descartável para ela.

— Está com medo de que um de nós morra? - Olivia entende agora. - Babe, morte é ausência, por isso você não deve ter medo, não porque é descartável, mas porque eu abriria tártaro e os elísios atrás você. Leve o tempo que for. Eu já abri os Elísios.

The Crown Heiress - SaliviaOnde histórias criam vida. Descubra agora