17: Death by a thousand cuts

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– Então ideias para tirar a Olivia de lá? – Mary está sentada de frente para Sabrina, jogando pequenos gravetos na fogueira. – Faz dias que ela não sai. – A deusa tinha decidido que iria ficar sentada lá onde Melinoe tinha caído.

– Olivia não quer falar muito comigo, não quer comer, acho que ela não está nem chorando mais. – Sabrina se sente angustiada por não conseguir. – Ela está de luto, sente que é culpa dela.

– Sabrina, eu sei, mas quanto tempo você acha que Zeus não larga tudo e vem aqui, ou manda algo para matar a gente que possa ser poderoso como o Mor... – Mary tentou dizer mas Rowan que estava por perto não deixou.

– Não diga esse nome. – Rowan falou firme sentando do lado de Mary. – Dá mais tempo para ela.

– Eu vou falar com ela, mas se ela não estiver pronta, eu não vou forçá-la – Sabrina traçou seu caminho sem vontade.

Não era o certo a se fazer, só necessário, Mary tinha razão, Zeus nem sabia, e menos ainda poderia esperar o tempo de superação do que tinha acontecido, Sabrina estava com medo, e se achava egoísta por sentir-se assim.

– Ei babe. – Sabrina chegou devagar. – Como você tá agora? – Pensou que pudesse melhorar pela quantidade de plantas que começaram a crescer em volta.

– Surtando com a ideia dos meus pais saberem. – Olivia olhou para cima. – Não consigo fazer isso, não posso viver com isso. Você... você pode ficar aqui comigo?

Sabrina se sentou do lado dela, encostando as suas costas na árvore que tinha crescido da noite para isso, o oposto de todas as outras vezes foi Olívia que deitou no seu ombro segurando a mão da loira tentando se distrair.

– Eu pensei que estivesse me evitando por quê acha que é culpa minha. – Sabrina tinha que saber aquilo. – Os problemas no sono acabaram.

– Eu sei, ainda olho todos os dias. – Olivia continuou olhando para as suas mãos. – Não é sua culpa, Lee estava tentando consertar algo, é culpa do Morfeu, ela nunca nem deveria ter saído do submundo. Então parte da culpa é minha.

– Hailee quis estar aqui. Você não tem que conseguir proteger todo mundo o tempo todo. – Sabrina tenta não ser tão incisiva. – Eu sei como você tá triste, mas você tem que terminar o que começou.

– Eu não consigo. – Olivia choraminga. – Não consigo. – A loira tira o colar usando contra o leão, colocando na mão da deusa.

– O que você me disse quando me deu isso? – Sabrina questionou. – Me diz.

— Que a vida pode ser bonita de outras formas. — Olivia não acreditou em uma palavra que saiu da sua boca.

– E ela pode. – Sabrina afirmou. – Quero que isso fique com você, precisa se lembrar mais do que eu de que a sua vida ainda vai ser bonita, de outro jeito, por que eu preciso de você, a Mary precisa, e agora até a Rowan. Você pode qualquer coisa.

– Eu não quero que minha vida seja bonita sem ela. – Olivia parecia querer chorar. Sabrina a abraçou com mais força. – Eu não posso nem fingir que quero isso.

– Você não quer dar adeus. – Sabrina entendeu. – Você não precisa fazer isso. Não agora. Dizer adeus é uma morte por mil cortes. Só pense no que você sentiu por ela, no futuro, é tudo que vai sobrar. Pra você aqui em cima, e pra ela. Ok?

Definitivamente a deusa foi a que mais sofreu. Não era a única no entanto, Rowan não queria mais ser honesta sobre o que ela estava sentindo, sobre como estava furiosa, e nenhuma idéia sobre futuro lhe agradava no momento, eventualmente um dia ela seguiria em frente, ainda ajudava no que eles precisavam, fazia as maçãs amadurecerem em minutos para todos, era o que mais estavam comendo.

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⏰ Última atualização: Jan 02 ⏰

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The Crown Heiress - SaliviaOnde histórias criam vida. Descubra agora