Olá gente aqui é a Moon n tive muito tempo para postar mas aqui está um capítulo novinho 🤭
Aviso
Queridos leitores esse capítulo pode conter gatilhos desencadeados por assuntos relacionados a violência estupro e morte
Se não se sentem confortáveis com o assunto pulem o capítulo não façam criticas nos comentários a não ser que sejam construtivas por favor!▬▬▬▬▬▬【🐺】▬▬▬▬▬▬
Depois de muito caminhar após sair do metrô, Hobi chega em frente a uma fachada de tijolinhos do estúdio que divide com dois ômegas. Ele olha para cima e suspira, arrastando os pés para chegar ao terceiro andar. Parou em frente a porta de seu “amado” lar e tomou coragem para entrar, pois sabia que seus amigos estavam em casa.
— Cheguei! — o rapaz de cabelos brancos anunciou, entrando em casa.
— Até que enfim, Hope! Achei que teria que ligar para a polícia — disse Jungkook, enquanto olhava para a televisão, assistindo uma programação aleatória.
— Não exagera! — Hope pede, tentando disfarçar o que estava sentindo naquele momento. — Eu sempre chego essa hora quando saio com aqueles ogros.
— Porque não nos ligou? — Felix perguntou saindo do banheiro e chamando a atenção dele para si. Encarou Hobi com cara de espanto ao ver seus olhos inchados de tanto chorar e sua boca cortada.
— Meu celular ficou sem bateria — o platinado abaixa a cabeça, esboçando um sorriso sem humor algum. — Infelizmente lá não tinha carregador. Mal tinham preservativos quem dirá carregador — no meio da frase, um rubor invadiu sua face quando citou os preservativos. No entanto, seu rubor logo se extingue quando percebe que Felix o encarava.
— Hope, olha para mim — Felix pediu levantando o rosto de Hoseok e olhando-o com analise. Ao terminar, encarou o mesmo e indagou com uma certa indignação. — Quem te bateu, e porquê?
Jungkook se vira e olha para onde Hobi estava, e corre para perto do amigo para saber oque tinha acontecido. Hoseok estava com a boca inchada e ferida, tinha um corte no supercílio, e em baixo da sobrancelha esquerda tinha uma marca bem roxa na maçã do rosto.
— Foi aquele alfa desgraçado, Jang Hyuk — começou a contar. — Ele burlou a regra quando chegamos lá, e tinha chamado mais dois caras que não estavam incluídos no programa. Quando me recusei a ficar lá ele me pegou pelo cabelo e disse que eu ia ficar por bem ou por mal — Hobi se forçava a contar para seus companheiros de casa. — Eu tentei fugir, mas ele me pegou pelo pescoço e começou a me enforcar. E quando estava quase sem ar, ele abaixou a calça e me forçou a fazer um boquete nele — era possível ver a atenção dos garotos centradas no relato de Hobi, que cerra os punhos ao se lembrar da cena e não ter tido coragem de não ter feito nada. — Eu o mordi e ele me deu um soco na cara, e os três começaram a me bater. — Seu relato era tão tenso e tão doloroso, que os olhos de Felix faiscavam de raiva. — Em algum momento consegui fugir para perto da janela do banheiro, e gritei por socorro. Logo bateram na porta e os três fugiram. Mas antes de sair correndo com seus comparsas, Jang Hyuk disse que eu iria pagar por ter pedido socorro. — Hoseok contou para os meninos e eles sentiram o sangue ferver de ódio. Sabiam o quanto essas situações eram traumáticas, porém, Hope — como eles o chamavam — não gostava de chorar na frente deles, e não gosta que se entristeçam por sua causa.
Quando Hobi fugiu a pedido de sua mãe, ficou dias vagando, tendo lembranças de sua mãe sendo levada pelo outro ômega que ele desconhecia, mas que sua mãe havia lhe contado ser seu prometido, antes de sua fuga. Hobi se escondeu por entre as árvores e dentro de algumas cavernas que encontrou durante sua fuga, até encontrar a estrada principal,
Por sorte conseguiu carona até Seoul.
Quando chegou, ficou dias passando fome e morando na rua e em prédios abandonados, até que foi encontrado por pessoas que o levaram a força para um lar de crianças abandonadas e jovens infratores. mas desconhecia o porquê.
Hobi viveu uma vida quase pior do que a que costumava viver enquanto estava na rua. Tinha que lavar, passar, cozinhar e tomar conta das crianças mais novas para depois poder se alimentar quando sobrava algo. Tinha que fazer suas refeições no quarto ou apanhava dos mais velhos como forma de satisfazerem suas maldades.
Na noite do seu aniversário de quinze anos, quando já estava pronto para dormir, escutou a porta abrir devagar. Viu uma silhueta grande entrar pela porta, mas como estava escuro, não dava para saber quem era. No entanto, mesmo Hobi sendo Beta, sentia uma presença forte e ameaçadora, e sabia que se tratava de um Alfa Dominante.
Quando chegou perto de si o Alfa disse.
— Feliz aniversário, Hoseok! — ele disse com um toque de maldade em sua voz. — Vim lhe dar seu presente de aniversário — falou em escárnio.
— Quem é você? O que quer aqui? — o medo estava estampado em sua voz. — Eu não quero nada de você. Me deixa em paz — Hobi pediu, as lágrimas lhe escapando pelos olhos.
— Já te disse que vim dar seu presente — disse, já subindo em cima da cama, tapando a boca de Hobi.
Hoseok se debatia e tentava gritar quando o alfa rasgou os botões de seu pijama e arrancou sua calça e cueca; amordaçou sua boca e segurou seus pulsos, começou a chupar seus peitos, descendo para sua genitália e o chupando forte, mordendo e lhe causando dor e repulsa. O virou de costas e penetrou de uma vez, arrancando um grito gutural de dor que não podia ser ouvido por estar amordaçado, e se tivessem ouvido, ninguém o salvaria, pois ninguém se importava com ele.
Por causa da dor que lhe foi causado — não só do corpo, mas também da alma — Hoseok parou de lutar ficou quieto e chorando compulsivamente e de forma silenciosa.
Em dado momento, o alfa jogou Hobi no chão. Foi então que ele viu uma faca de serrinha de ponta afiada junto ao prato do jantar embaixo da cama, e a escondeu na manga da camisa.
O alfa se sentou na cama e pegou nos cabelos de Hobi, tentando lhe fazer chupar suas partes inferiores. Mas em um ato rápido — e também doloroso para si já que o alfa o segurava forte pelos cabelos — Hoseok levantou e cravou a faca no pescoço de seu agressor, que caiu agonizando no chão.
Hoseok pegou a calça e as chaves no seu bolso e fugiu pela porta da despensa, indo para o fundo do quintal. Subiu em uma árvore e pulou para fora dos muros do abrigo, acabando assim machucando seu pé com a queda, porém ele não podia ficar ali chorando, ou seria pego novamente.
Saiu mancando pela rua por um bom tempo, entrou em um beco escuro cheio de caçambas de lixo, e decidiu se dar por vencido, e ali mesmo desmaiou.
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Pela manhã, Jungkook ia voltando para casa quando escutou um tossido e um gemido em meio ao entulho. Ficou com medo, porém, mesmo assim foi conferir o que era. Retirou os sacos de lixo e tomou um susto ao ver uma pessoa toda suja, machucada e ensanguentada. Não sabia o que fazer, se ligava para a ambulância, polícia ou o levava para casa. Como já estava perto de casa decidiu o levar para casa depois decidia o que fazer.
...
Mais tarde, Hoseok acordou assustado, pois se lembrava de ter desmaiado em meio a um monte de lixo e agora estava deitado em uma cama macia.
— Será que aconteceu de novo? — pensou consigo enquanto tentava se levantar.
Jungkook o viu se mexer, e logo foi para perto da cama, o que acabou assustando Hobi.
— Calma, eu não vou te fazer mal — tentou se explicar, percebendo que Hobi estava assustado com a aproximação dele. — Meu nome é Jeon Jungkook, eu sou um ômega. — falou, e percebendo que não era o suficiente, prosseguiu. — Hoje de manhã eu estava voltando para casa quando te encontrei desmaiado. Mas confesso que fiquei na dúvida do que fazer com você, se escolhia entre te levar a um Hospital ou em uma delegacia. — deu de ombros. — Então resolvi trazê-lo para casa, e esperar você acordar para saber sua decisão.
Hoseok ainda com medo, perguntou:
— Você também fez aquilo comigo?
Jungkook fez uma expressão como se procurasse entender o questionamento do jovem. Então perguntou:
— Aquilo o que, exatamente? — logo após perguntar, se tocou sobre o que a pergunta se tratava, e levantou exasperado, tratando de negar. — Não, não. Não encostei um dedo em você. Na verdade — se corrigiu, tentando parecer confiável — encostei. Mas só para te tirar daquele beco fedido, e cuidar dos seus ferimentos. Pode confiar em mim. Nem mesmo um banho eu te dei para não acabar entendendo errado.
Hoseok então escutou uma voz calma, mas estridente lhe dirigir a palavra:
— Pode confiar nele! — diz a voz que habitava em seu peito. — Ele está dizendo a verdade.
Hoseok olhou para Jungkook e indagou:
— O que você disse?
— Mas eu não disse nada — Jungkook respondeu, sem entender o questionamento do jovem.
— Jeon Jungkook-Ssi, muito obrigado por me ajudar — Hoseok agradeceu envergonhado, sua face vermelha como um tomate, tentando não encarar o homem que lhe ajudara.
— Nada de usar honoríficos! Pode me chamar só de Jungkook ou apenas de Kookie. — Jungkook se senta na cama, um pouco distante de Hobi. — Você quer me contar o que te aconteceu? Mas só se você se sentir confortável.
— Jungkook, se você não se importar, eu quero tomar um banho primeiro?
— Claro! — se levantou da cama onde o jovem estava repousado. — Pode ir, vou deixar uma roupa em cima da cama. — apontou a direção que precisava seguir, — O banheiro é naquela porta ali, eu vou esperar no corredor para você não se sentir desconfortável.
— Obrigado — Hobi agradeceu sorrindo fraco e um pouco sem jeito.
...
Após sair do banho, Hoseok se apresentou corretamente a Jungkook e contou-lhe toda a história de sua vida até dado momento em que se encontraram.
Jungkook voltou a lhe perguntar se ele queria ir à delegacia, mas Hobi recusou, sabendo que seria levado de volta até o orfanato se fizesse isso. Disse que procuraria um emprego e um lugar para morar, então Jungkook lhe fez uma proposta de morar com ele até quando conseguisse se estabelecer em um lugar. Explicou que ali morava outra pessoa, só que ela estava viajando.
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Os tempos foram passando, Felix voltou para casa e os três se tornaram muito amigos e até os dias atuais ainda dividem a mesma quitinete. Hoseok sai de suas memórias quando Félix chama sua atenção estalando os dedos na sua frente.
— Seok, oi!? — disse, ainda estalando os dedos. — Não iremos à faculdade hoje, vamos ao shopping mudar nossos visuais, e ver o que podemos fazer para esconder essas marcas.
— Seok pode se apresentar usando uma máscara lá na Veludo Vermelho. O que você acha? — Jungkook perguntou, deixando Hoseok pensativo.
Veludo Vermelho é uma boate onde Hoseok, Jungkook e Felix trabalham como garotos de programa e também como acompanhantes de luxo.
Se iniciou nesse ramo de trabalho quando começou a morar com os meninos.
É um péssimo trabalho, mas é dessa forma que paga as despesas da faculdade do seu sonho.
— Meninos, eu não posso faltar à faculdade! Está quase chegando as semanas de prova — Hobi disse, contrariando os amigos.
Hoseok está cursando o primeiro ano do curso de dança em uma faculdade renomada.
— Você vai mesmo à aula com o rosto desse jeito? — Felix pergunta com a sobrancelha arqueada.
Vendo que não tinha alternativa, Hoseok revirou os olhos e forçou um pequeno sorriso.
— Vocês têm razão, — disse, se rendendo às palavras de seu amigo. — Vamos ao shopping. Só um dia de aula perdido não me fará mal. — concluiu ele, fazendo com que os garotos abrissem grandes sorrisos com sua decisão, bagunçando os cabelos de Hoseok, o fazendo ficar sem jeito com tanta demonstração de carinho. Mas isso tinha um motivo: Hobi não queria ser motivo de picuinha. Mas estava feliz por Jungkook e Felix terem o convencido a se ausentar do dia de aula para se distrair um pouco, podendo assim ter seu dia de “princeso”.
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Quando chegaram no shopping, se apressaram e aproveitaram para comprar roupas novas, acessórios e maquiagem. Andaram por algumas outras lojas por curiosidade, e Hobi parou em frente a uma loja que lhe chamou a atenção. Nela continha milhares de jóias iguais ao Lykaios que carregava sempre em seu pescoço.
Um pouco mais na frente, Jungkook percebe que Hoseok sumiu e volta para lhe buscar.
— Vamos Seok! Temos que nos apressar — disse segurando na mão do jovem. — Vamos almoçar na praça de alimentação e logo iremos ao cabeleireiro — concluiu enquanto guiava Hobi para a praça de alimentação.
...
— Kookie! Que loja é essa? — perguntou o jovem, parando subitamente.
— Ah, é uma loja onde Alfas e Ômegas compram os seus Lykaios para poderem ajudar no controle de seus lobos — explicou de forma resumida.. — Agora vamos que estou com fome — sorriu, mostrando seus dentinhos de coelho.
Hoseok tocou o colar em seu peito e saiu pensando porque seu pai tinha lhe dado se era tão importante para ele.
...
Acabaram de almoçar e seguiram para o Salão Mamamoo, e logo foi atendida pela proprietária do local, Hwasa, que os recepciona com um grande e gentil sorriso.
— Olá, meus amores! Quanto tempo já estava sentindo falta. — disse ela quando os viu.
— Hwasa-nonna, precisamos mudar nossos visuais e tampar essas marcas no rosto do Seok — disse Jungkook, mostrando os machucados e roxeados.
Hwasa não perguntou nada, pois já sabia que os meninos trabalhavam na Veludo, e sabia que constantemente, alguns Ômegas e Betas que trabalhavam lá eram espancados pelos clientes, e nem os patrões e outros funcionários escapavam da agressão.
Viu outros clientes reparando em Hobi, e logo tratou de distraí-lo.
— Eu cuidarei pessoalmente do Seok — Hwasa diz, e olha para suas colegas de trabalho. — Wheein e Moombyul, cuidem de Kookie e do Felix. — ambas assente, e Hwasa vira para o jovem de cabelos platinados. — Seok, qual cor de cabelos faremos hoje? — perguntou, como se pensasse em algumas possibilidades de tons diferentes de cabelos que poderiam combinar ou não com o garoto.
— Eu confio em você, Noona! Quero que me surpreenda — disse ele, deixando ela maravilhada e com um sorriso de orelha a orelha.
— Felix e eu também queremos ser surpreendidos, meninas. — anunciou Jungkook, mostrando um sorriso de lado para as meninas.
— Pode deixar — disseram elas em resposta.
Como ali era um Salão Spa, os três tomaram um bom banho e receberam uma massagem super relaxante; fizeram as unhas e logo foram para os cabelos e maquiagem. Depois de prontos, Hwasa e as meninas viraram as cadeiras de uma vez e escutaram:
— Uwa! — os três disseram em uníssono
— Gostaram? — Hwasa perguntou com um sorriso gentil.
Hobi ostentava um lindo cabelo ruivo de tom alaranjado, enquanto Jungkook estava maravilhado com suas madeixas roxas; Felix não parava de sorrir, pois seus cabelos antes longos e platinados, agora eram um lindo arco-íris.
— Nós adoramos, noona! Muito obrigado pelo seu tempo e trabalho — Hobi não conseguia acreditar que aquele que ele via no espelho era realmente ele. — Estamos lindos! Se não fosse borrar minha maquiagem, eu choraria — comentou de forma brincalhona. Hwasa deu um tapinha em seu braço. — Ai! — disse, fazendo drama. Ao ver a reação forçada e engraçada de Hobi, Hwasa não aguentou e gargalhou.
...
— Tchau, meninas! Temos que ir, pois precisamos passar as músicas e preparar nossas roupas para hoje a noite. — Jungkook anunciou. — Apareçam por lá. Vai ser um prazer ter vocês lá, quem sabe resolvam querer um chá? — piscou para elas, e serpenteou a língua pelo piercing, flertando com as duas Alfas e a Beta.
— Ha ha ha! Você não tem jeito, não é, Kookie? — brincou Hwasa. — Quem sabe não resolvemos passar para tomar um chá não é? — disse, flertando em resposta.
Hobi, vermelho igual um pimentão, pega suas sacolas de roupas e empurra Jungkook para fora do salão, se despedindo das meninas enquanto Felix pagava a conta no caixa.
— O que foi isso Kookie? — perguntou, estranhando a atitude de seu amigo. — Por a caso está no cio?
Jungkook gargalhou enquanto mandava mensagem para um motorista de aplicativo. Em seguida, Felix chegou arrancando mais risadas de Jungkook e Hobi, falando da safadeza de Kookie no salão. O carro chegou às pressas, pois já estavam atrasados para começarem se preparar. Eles passam a localização, e o carro sai em direção a Veludo Vermelho.
Quando chegam no local, escolhem as roupas que usariam durante a noite e as músicas que passariam, já que eram os dançarinos principais por serem os mais bonitos.
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Por pura pressão do destino
FanfictionSéculos se passaram e com mudar dos tempos a civilização teve suas evoluções, humanos e lobos que coexistiam individualmente hoje habitam o mesmo corpo porém mesmo após tantos anos haviam coisas que não tinham como mudar, tudo por "pura pressão do...