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P.O.V. Sina Deinert:

Estava sentada no sofá esperando Heyoon ficar pronta para irmos para sua consulta. Era a terceira, já que ela completou seu terceiro mês de gestação ontem.

Era a primeira vez que eu ia. As duas primeiras eu não pude ir, estava trabalhando e não conseguimos mudar a data. Eu fiquei extremamente triste com isso e sabia que afetava Heyoon, pois ela sempre demonstrou que me queria por dentro de tudo sobre a gravidez.

Quando pensei em ir atrás dela, a própria apareceu. Sorri boba admirando-a.

— Você tá linda, gatinha — falei levantando e ela gargalhou me abraçando.

— Eu amo tanto os apelidos novos do nada.

— Renovar — falei com humor e lhe dei um selinho. — Vamos?

— Vamos!

Peguei a chave do carro e saímos. O caminho todo eu sentia Heyoon nervosa, não sabia se era assim sempre, já que ela ia com seus pais, mas me preocupei.

Eu também estava nervosa, e muito.

— Tá tudo bem, vida? — perguntei enquanto aguardamos.

— Sim — respondeu baixo. — Tô nervosa só.

— Sempre fica? — Entrelacei nossos dedos.

— Sempre. — Deitou em meu ombro.

Fiz um carinho em sua mão. Logo a doutora nos chamou. Caminhamos até a sala, entramos e ela cumprimentou Heyoon. Me olhou e deu um sorriso, estendendo a mão.

— Finalmente uma consulta, Deinert. — A cumprimentei.

— Virei em todas daqui pra frente — falei me sentando ao lado de Heyoon.

Ela começou a fazer perguntas para minha esposa, falou sobre a alimentação e mais algumas coisas. Logo fomos até a maca, onde Heyoon deitou e eu fiquei ao seu lado.

Nossas mãos, sempre juntas.

— Tenho uma notícia ótima para vocês — a doutora Maitê falou, enquanto preparava as coisas.

Heyoon e eu olhamos ela, curiosas.

— Vocês poderão ouvir o coraçãozinho do bebê.

A morena me olhou sorrindo. Eu retribuí o sorriso.

Confesso que fiquei mais nervosa. Vê-lo pelo ultrassom já seria algo emocionante, por eu nunca ter vindo e visto realmente por essa tela, vê-lo e ouvir seu coração vai com certeza me emocionar o dobro.

Heyoon não soltava minha mão, e eu não fiz questão de soltar a dela.

E em alguns segundos eu estava olhando para a imagem do meu filho — ou filha. Sorri largo. Eu havia me tornado a mãe babona em questão de semanas, estava assustada com a rapidez, mas estava adorando a sensação.

E então, ouvindo seu coração, meus olhos se encheram de lágrimas e eu coloquei minha mão livre por cima dos lábios. Heyoon estava da mesma forma: olhos marejados e um lindo sorriso.

— O bebê de vocês está saudável. — Começou a arrumar as coisas. — Daqui a alguns meses, três ou quatro, vou pedir repouso para você. Lhe dar um atestado gestante, já que você trabalha em um hospital. Mas isso nós vemos mais para frente.

Nós voltamos para a mesa, nos sentamos e a doutora começou a escrever algo no computador.

Depois de algumas recomendações e ela já ter marcado a próxima consulta, nós saímos do consultório após uma despedida formal.

Solução - Siyoon |Segunda Temporada|Onde histórias criam vida. Descubra agora