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P.O.V. Sina Deinert:

Acordei sentindo minha cabeça doer, parecia que ia explodir. Abri os olhos, me arrependendo amargamente ao sentir doer mais. Fechei-os novamente e apertei com força. Levei minha mão até minha têmpora e massageei.

— Está sofrendo já? — A voz da minha mulher se fez presente, mas pareceu mais alta que o normal.

— Não grita — resmunguei.

— Eu não gritei, Sina. — Abri meus olhos e a encontrei sentada na cadeira do computador, mexendo nele. — Bom dia.

— Bom dia — murmurei, me virando. — Dormiu bem?

— Uhum, e você?

— Sim, só tô morrendo de dor. — Ela apontou para o criado-mudo.

Sorri. Ali tinha uma bandeja com um pote, nele tinha algumas frutas, ao lado, um suco, não sabia se era de laranja ou maracujá, e mais para o lado, uma aspirina.

— Obrigada, meu amor — falei sincera e ela soltou uma risadinha.

— De nada, coração.

Ri do apelido. Sentei e peguei a bandeja, coloquei em meu colo e comecei a comer.

— Já comeu? — Ela assentiu, sem tirar os olhos do computador. — Tá ocupada, bebê?

— Fazendo um relatório.

— Vou ficar quietinha então. — Ela me olhou e mandou um beijo, logo voltando sua atenção para a tela.

Depois que terminei de comer, tomei o remédio, deixei as coisas em cima da mesinha novamente e fui para o banheiro. Escovei meus dentes e entrei no chuveiro, tomando um banho gelado.

Suspirei forte. Eu estava realmente de ressaca. Sabia que tinha bebido muito ontem, mas não tinha noção do quanto até o momento em que acordei. Minha cabeça estava explodindo, meu estômago meio esquisito e um gosto extremamente amargo na boca, que nem após comer e beber o suco saiu.

Enquanto me trocava, tentava me lembrar de ontem e fiquei preocupada ao perceber que não conseguia. A única coisa que me recordava era de contar para eles sobre a gravidez e de estar conversando com a barriga da Heyoon.

Não a barriga, e sim com meu filho, mas enfim.

Voltei para o quarto e encontrei-a ainda sentada ali. Caminhei até ela e lhe roubei um selinho, que foi prontamente retribuído. Deixei um beijo em seus cabelos e voltei para cama, não querendo atrapalhá-la.

Busquei meu celular, vendo que tinha algumas mensagens. Respondi todas e escrevi uma para minha secretária, perguntando sobre minha agenda, porque, por algum motivo, eu não sabia de nada. Ela disse que eu tinha uma única consulta à tarde, que foi marcada em cima da hora, e eu apenas confirmei. Até lá eu já estava melhor.

Suspirei e larguei o celular. Deitei certo e fechei os olhos, apenas para descansar a vista, mas acabei dormindo de novo.

Acordei novamente com Heyoon me chamando.

— Acorda, vida. — Resmunguei abrindo os olhos. — Dormiu de novo, poxa? — Riu. — Não tem nem uma hora que acordou.

— Foi sem querer — murmurei, ouvindo outro riso seu.

Ela veio até mim e deitou por cima, me dando um simples beijo.

— A dor melhorou? — Assenti, a abraçando.

Ficamos o resto do dia assim. Após almoçarmos, deitamos outra vez e fomos assistir séries. Quando o relógio marcou 16h, eu fui me arrumar para meu trabalho — e não acredito que estou indo para atender uma única pessoa.

Solução - Siyoon |Segunda Temporada|Onde histórias criam vida. Descubra agora