II || 𝐚 𝐜𝐡𝐞𝐠𝐚𝐝𝐚

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Luanna
São Paulo - SP
10:30 a.m

E mesmo se eu não fosse denunciá-lo, eu queria ver meu irmão poxa, a gente vê a família dele quase todo final de semana, e eu não posso ver a minha? Meio injusto né? O que eu não contei a ele foi o que eu estaria no camarote do Palmeiras, e meu irmão que havia comprado minhas passagens, então, eu menti quando disse que eu tinha planejado a viagem.

Eu fiquei meio fiquei meio nervosa quando ele me fez jurar que iria na festa, porque eu não torceria contra o meu time, e meu irmão havia me convidado. Além disso, uma das minhas amigas estaria lá, a Stephany, esposa do Zé Rafael. E eu vou ter que contar com a sorte para achar alguém interessante que esteja sozinho. Vou ter que suplicar ao cupido, ou ao Rapha, amigo do meu irmão, para discretamente me apresentar alguém.

Quando embarquei no avião, meu irmão bombardeou meu celular com vídeos, e me mostrou que alguns de nossos amigos vieram me esperar também. Ao pisar o pé na escada, eles começaram a gritar "Luanna, aqui!!" , e ao ver, eu corri e deu um abraço bem apertado em todos ali. Depois de meses, como era bom estar em São Paulo de novo, como era bom estar em casa. Veiga me contou que sua mãe havia feito um lanche da tarde e iria nos levar lá.

Dona Lurdes e Seu Ricardo, pais do Rapha, eram como pais pra mim. E eles me consideravam como filha deles. Desde que eu me mudei para o Rio pra morar com o Gabriel, ela me manda vídeos e cartas, dizendo como eu fazia falta e deveria vir mais vezes conversar com ela. A família do Veiga sempre me ajudou, então , sempre quando eu venho, eu fico até tarde da noite conversando com Dona Lurdes, então o Seu Ricardo gentilmente me oferece um quarto e acabo passando a noite por lá, e vou embora de manhã.

Mas tínhamos outro propósito ali. Endrick recentemente perdeu a avó, então iríamos apresentar Dona Lurdes, que certamente iria acolhê-lo com seu instinto de "mamãe coruja" . Logo que apresentamos ele, só faltou chorar. Ela abraçou ele e não tardou para chamá-lo de filhinho, ou de netinho. E eu já disse que ela assa os melhores pães de queijo, e faz o o melhor chocolate quente?

Nossa, comemos pão de queijo e bebemos chocolate quente a tarde inteira, foi realmente delicioso. Logo depois, o Piquerez e o Endrick acharam um velho jogo de tabuleiro, e só fui me dar conta do horário quando Seu Ricardo chegou e me ofereceu um quarto.

-Vai querer um quarto ou vai dormir na sala?-Ele disse com um sorrisão no rosto. Respondi que ficaria com um quarto, então ele me deu as chaves e chamei meu irmão.

-Ei, e eu? Eu sou criança, não posso ficar com esse cara- Disse ele apontando para Piquerez com certo sarcasmo.

-Se o príncipe não ficar 'nervoço, eu coloco um colchão do ladinho dele. Disse o uruguaio mandando um beijinho para o Rapha. O jeito de falar do Piquerez nunca perde a graça.
-Sai dessa ô bobão- responde - seu lugar é na sala.
-Mas o Endrick pode dormir com alguém e eu vou dormir sozinho??- Disse Joaco inconformado. Então Veiga arrematou a conversa dizendo que ele era menor de idade, então não tinha chance de ser talarico.

-Querida, pode me ajudar a preparar um chá? - Pergunta Dona Lurdes
-É claro! Gu, escolhe um filme pra gente ver aí. - Eu digo. Eu vou andando e vou percebendo um ar de inquietação no olhar de Dona Lurdes. Esquisito, nunca vi ela assim.

- Não quer tirar o casaco? está bem quentinho aqui dentro. - Ela pergunta. Caramba, eu não posso tirar o casaco. Meu braço está com uns roxos ainda. Ele não suportou a ideia de eu estar na mesma casa do que os rivais dele, então apenas descontou do jeito mais fácil possível, em mim.

-Ah não, eu quero ficar com o casaco mesmo, fica tranquila. Ela me examinou e olhou meu punho. -Está muito magra, está com fome? tem se alimentado direito no Rio? - Ela disse preocupada, mas no momento minha preocupação era outra. Ela não poderia ver meus braços de jeito nenhum, ou iria se preocupar comigo, coisa que eu não queria.

- Estou bem Dona Lurdinha, não se preocupe comigo não tá? Eu disse para tranquilizar ela, mas é claro que não estava tudo bem, eu estava repleta de roxos, e estava servindo de babá para um cara adulto de 26 anos, por que o mesmo não sabia controlar seus hábitos de álcool e odiava minha família. Tranquilo não?

-É que eu fico preocupada com minha filhinha de coração - Ela disse enquanto esquentava uma grande chaleira. - Mas eu prometo que vou tentar mais ficar aqui com a senhora, e, ei, deixa que eu levo as xícaras- Me predispus à ajudá-la.

-Mas que mordomia mãe, assim eu fico mal acostumado- Brincou Rapha. - Ai filho, que isso, você sabe que eu amo cuidar do meu garotinho né? - Disse ela com um abraço.

Depois de uns dez minutos, o Endrick já tinha embalado em um sono profundo no colo de Dona Lurdes, então meu irmão me olhou com uma cara de cachorro sem dono e disse:

-Se o Endrick pode eu também posso né? Aí ele deitou aquele cabeção no meu colo. Mesmo que ele fosse cabeça de vento, era bem pesadinha. Então eu fiquei mexendo nos cachinhos dele, aí ele dormiu também.

Quando o filme acabou, só eu, o Seu Ricardo e o Piquerez que estávamos acordados. Piquerez parecia bem concentrado em tentar aprender como consertar uma maçaneta. Cutuquei o meu irmão para que ele acordasse e fomos dormir, já que era bem tarde.

E aí galera?? Estão curtindo??Me deem sugestões nos comentários <3Essa Dona Lurdes é uma fofa 😩

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E aí galera?? Estão curtindo??
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Essa Dona Lurdes é uma fofa 😩

Encontro marcado (Richard Ríos)Onde histórias criam vida. Descubra agora