Capítulo 23 - O Mercado

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- S/N Morgares Merlin, eu não acredito no que fez - Pietro andava de um lado para outro irritado.

- Ele não queria deixar eu ver o Neville, já tinha até confirmado com a avó dele que ia passar uns dias na casa, só ia juntar tudo.

- Seu padrinho só quer o seu bem, não devia ter fugido.

- Que bem? Sabe quem estava em casa? Dumbledore, e a menos que me diga o que ele fez de tão ruim, eu não vou confiar na segurança de alguém que segue ele - Disse batendo o pé.

- Dumbledore em casa? - Parando - Mesmo assim, você deve respeito ao seu guardião.

- Eu não devo nada! Passei anos sozinha naquela casa, os únicos que estiveram ao meu lado foram Gigi e Pipe, agora um cara chega na minha vida e quer mandar nela? Nunca! - Gritou.

- Não me falte com respeito Merlin, sou seu pai.

- Isso, só sou Merlin para vocês, a portadora do Sol e da Lua, que grandioso, quer respeito? Então que tal voltar a vida e agir como um bom papai e me por de castigo por sua querida filhinha não ter obedecido o cara estranho na casa.

Pietro não acreditava no que tinha escutado - Como ousa? Você não tem noção do que eu e sua mãe fizemos para te manter segura, para agora estar falando assim como uma criança mimada, você não se importa com nada do que sentimos?

- E vocês se importam com que eu sinto? - Gritou - Eu fiquei sozinha, eu lidei com a solidão de cada dia, eu precisei levantar de cada queda que me machucou e eu precisei lidar com perigos que era para adultos resolverem, eu não sei nem da minha história... mas eu só sou a... a... porra de um Merlin que tem um fardo não resolvido, o seu fardo - Apontando para Pietro - Eu não sou a filha querida, eu sou o legado que não pode morrer, é isso que eu sou, eu não sou bicho para ninguém chegar na minha vida e me reivindicar e dar ordens - Com lágrimas nos olhos, sentiu sua cabeça explodindo - Chega, vou embora.

- Merlin...

- S/N, eu me chamo S/N e não só Merlin.

"

"5:15" - S/N tinha certeza que não era somente um sonho, seu rosto coberto de lágrimas denunciava que tinha se encontrado com seu pai em outro plano, sem sono se levantou e foi tomar um banho para aliviar a dor de cabeça e retirar o inchaço do rosto. Colocou uma jardineira marrom e uma blusa amarela, calçou suas botas da mesma cor da jardineira, olhou pela janela do quarto e viu que alguns animais já estavam de pé, o sol raiava vagarosamente no horizonte.

Desceu silenciosamente as escadas da casa e foi em direção a cozinha, era uma casa grande para duas pessoas e uns pingados de serviçais que mal eram vistos, abriu a porta cuidadosamente e se sentou em uma das cadeiras que tinha por ali, Morg que estava acomodada em uma casinha no chão, andou até sua dona e bicou superficialmente suas botas - Vem cá - Aninhou sua fiel amiga em seu colo.

- Eu queria me sentir mais culpada do que fiz, mas acho que agir correto sabe? - Uuh, respondeu Morg - Eu só sou vista por conta do meu nome, sobrenome para ser exata, Merlin para cá, Merlin para lá, até agora esse nome não me trouxe nada além de dor e sofrimento, quando eu faço algo que quero sou taxada de mimada... Eu vivi presa Morg, ninguém sabia da minha existência até uns três anos? Meus amigos significam muito para mim... especialmente Neville, entende? - Uuh uh, respondeu em afirmação - Quero me tornar mais próxima deles, recuperar o que eu nem sabia que tinha perdido, antes que algo pior possa acontecer, e eu sei que vai.

Dando um beijo no topo da cabeça de sua coruja, ficou a acariciando, alguns patos corriam pelo quintal, ao longe ouvia o canto do galo, se não fosse o fato de ser uma casa de bruxos, poderia passar despercebidamente como uma casa normal de não bruxos.

Eclipse - Neville Longbottom e Alyssa MerlinOnde histórias criam vida. Descubra agora