Eu não era muito experiente em beijar.
Tá.
Vou ser sincera.
Eu nunca beijei.
Pronto, falei.
Julgue-me.
Eu só...
Nunca tive vontade.Até agora.
Tudo bem, tinha uma cantora que eu gostava muito.
Mas não era assim.
O que eu sentia por Roseanne era diferente.
A vontade de colar meu lábios com o seu.
De pressionar minha boca contra a sua
De dannçar com nossas línguas.
Senti-la da forma mais contagiante que alguém podia sentir outro ser vivo.
Eu queria senti-la.
Sentir seu gosto.
Sentir seu corpo junto ao meu.
Me pegava imaginando nós duas.
Ter seus abraços a qualquer hora.
Poder segurar sua mão sem ter medo de ser "demais".
Ter a permissão para beija-la a qualquer momento, de qualquer jeito.
Eu queria tanto...
Seus lábios me hipnotizavam.
Eu só conseguia olhar para eles e devanear com a possibilidade de um dia toca-los.
Com a possibilidade de um dia serem meus...
— E então? — sua voz soou distante. — Lili?
— Ãh? — balancei a cabeça voltando para realialidade.
Seus lábios haviam me hipnotizado novamente.
— Você não ouviu nada do que eu disse, ouviu? — lhe ofereci um meio sorriso na esperança que ela não fosse ficar brava.
E ela não ficou.
Eu já estava quase me acostumando a ter alguém que não ficasse raivoso com minha desatenção.
E era um sentimento muito bom.
Antes, o medo tomava conta do meu ser.
Agora não mais tanto.
Sorri com o pensamento e ela notou, sorrindo também.
Como eu amava seu sorriso
Tanto...
— Certo, vou ser direta então, já que isso funciona melhor com você — balancei positivamente a cabeça, me ajeitando no sofá para escutar atentamente. — Eu tenho um filho.
Meu queixo caiu.
Roseanne.
Tinha.
Um.
Filho.
Claro!
Claro que ela era hétero!
Claro que ela não gostava de mim!
Claro, quem gostaria?
Eu deveria ter pensado nisso.
Deveria ter parado de entrar em meu mundo e cogitado analisar os fatos.
Roseanne não gostava de mim desse jeito.
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Não mais te amo tanto 📚Chaelisa☕
FanfictionCafés e livros não me apeteciam tanto quanto ela. Procurá-la se tornou cansativo, tão como esperar que ela volte trazendo ambos. Mal sabia ela que não precisava de livros e café, apenas bastava sua companhia. Ainda me pergunto quando foi que demos e...