XXI

385 58 13
                                    

Conferi minha bolsa pela milésima vez.

Eu não estava esquecendo nada.

Ou estava?

Conferi mais uma vez.

Certo.

Estava tudo aqui.

Inspirei profundamente e soltei o ar com calma.

Vai dar tudo certo
Eu repetia pra mim mesma.

Mesmo não estando 100% convicta.

Distração!

Eu precisava de uma distração.

Fui até a cozinha e abri a geladeira.

Pizza de ontem!

Nada melhor que pizza do dia anterior.

Eu juro, nada melhor que isso.

A não ser minha namorada.

É.

Minha namorada era definitivamente melhor que qualquer coisa.

Okay, então ficamos assim, nada melhor que minha namorada e em segundo lugar nada melhor que pizza na geladeira.

Tá, talvez batata frita.

Quer saber.

Dane-se.

Hoje, neste exato momento, nada era melhor que pizza.

Só minha namorada.

Ah, você entendeu!

Comi o pedaço de bacon e cheedar e senti minha mente para um pouco.

Já sei o que vai me distrair mais!

Ver um jogo!

Era de manhã aqui em LA, então eu tinha dois lugares possíveis pra achar um jogo de futebol, Europa e América do Sul.

Certo, eu vou de América do Sul.

Liguei a tevê da sala e procurei por qualquer jogo, mas quando ia começar a ver, Roseanne finalmente apareceu.

— Nada de Botafogo hoje amor, nós vamos sair! — veio em minha direção, rodeando seus braços no meu pescoço e roubando um selinho.

Eu amava a sensação de tê-la por perto.

— Como você sabe que eu estava indo ver o jogo dele?

— É o único time que eu gravei o nome — sorriu alegremente me beijando mais uma vez. — Vamos, não quero deixar seus pais esperando.

É, íamos conhecer meus pais.

E eu estava nervosa pra saber como seria a reação deles.

Muito nervosa.

[...]

— Uau — foi a reação de Roseanne ao ver a mansão dos meus pais.

E nós só tínhamos passado pelo portão de entrada.

Deixei meu carro ao lado do gigantesco chafariz e o manobrista fez o resto, guardando-o na garagem.

Estendi minha mão para que Roseanne a segurasse e juntas andamos pela parte de madeira até chegar na entrada.

— Esse cais é do seu pai? — perguntou, olhando para a lago particular.

— É, aquele jetski ali é meu — apontei para o amarelo e preto. — O resto é do meu pai.

— Acho que só agora a ficha de você ser bilionária está caindo — disse de repente quando chegamos na porta.

— Espera até conhecer a casa toda docinho.

Não mais te amo tanto                          📚Chaelisa☕Onde histórias criam vida. Descubra agora