Chá de Bolhas

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Casa de Becky. Narrador.

Após algumas insistências e chantagens, Irin finalmente topou ir para casa de Becky numa quarta-feira ensolarada. A veterana a convenceu não só de a visitar, como de voltar a participar da investigação a respeito de seus pais.

Depois do almoço, ambas subiram para o quarto de Rebecca e Irin decidiu finalmente revelar que...

-Eu, na verdade, já estava seguindo com a investigação por minha parte - Irin explicou e a morena sorriu orgulhosa.

Na realidade, Becky não esperava menos de sua antiga melhor amiga, que assim como ela, já estava imersa nessa história da cabeça aos pés.

-O que você conseguiu nesse meio tempo?

-Mês passado, meu pai me pediu pra pegar a chave do carro na mesa do escritório dele antes de sair, e eu vi que tinha uma agenda aberta na mesa - Disse Irin e Becky rapidamente assentiu - com números e ao lado, algumas quantias de dinheiro. Mais tarde, ainda naquele dia eu pesquisei sobre a quantidade de dígitos dos números e eu descobri que é um padrão pra números de contas de banco.

-Acha que tem algo haver com a "empresa" - A veterena faz aspas com as mãos - que eles trabalham?

-Pois é, eu não tinha essa certeza até ver que tinham algumas páginas que eram nomeadas com Robert, e outras com Hugo - Irin explicou.

-Então são registros deles, de entrada de dinheiro...

Por qual outro motivo eles teriam anotações sobre transferências de valores em contas diferenciadas? Não deixou de passar na cabeça de Rebecca a palavra "lavagem"...

-Irin, você pode anotar alguma combinação numérica dessas para que eu possa localizar o proprietário?

-Eu vou dar um jeito, nem sempre essa agenda está em casa, mas até semana que vem eu dou um jeito de anotar algumas contas - Ela diz e pega o notebook de Becky, o ligando - Me diga, e você? O que conseguiu?

-Eu...

As estudantes escutam duas batidas na porta e Robert aparece na fresta após a abrir.

-Oi Irin! Quanto tempo - O pai de Becky a cumprimenta com o sorrisinho simpático de sempre. O que, há uns três anos atrás convencia Becky de que seu pai não era responsável pelo estado silencioso e traumático de sua mãe - Só pra te avisar que o papai está indo resolver algumas coisas agora. Volto após o jantar, então não me espere.

-Ok pai, Irin talvez vai jantar aqui em casa - Ela o avisa e o homem apenas assente, fechando a porta.

-Seu pai é tão simpático, nem parece que rouba empresas e lava dinheiro - Irin comenta.

-Muito menos que fez algum mal pra minha mãe, né? - Becky sorri irônica - É o jeitinho manipulador de Robert.

-Meu pai é meio instável, eu não fiquei tão surpresa assim quando começamos a desconfiar deles. Mas mudando de assunto, e seu probleminha que começa com "f"e termina com "n"?

Becky se jogou na cama de forma dramática com seus braços abertos.

-Freen é alguém que estou tentando decifrar - Becky disse, pensativa.

-Como assim, "decifrar"?

-Se ela é o tipo de pessoa que ignoraria nossos planos ou tipo Jonathan, puxa-saco de Robert.

-É - Irin se deitou ao lado de Becky, com seus braços também abertos e os olhos no teto - Isso é algo que só dá pra se descobrir com o tempo. Mas lembre-se que ela não é o Jonathan.

The Bodyguard.Onde histórias criam vida. Descubra agora