Precisamos conversar.

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como vocês estão, leitores? peguem um café ou um suco e sentem aí, fiquem a vontade para ler esse capítulo :))

A ausência de luz no restaurante preencheu a visão de Freen, essa que tinha quase atravessado a porta do banheiro para fugir de uma conversa/possível deslize há menos de minutos atrás. Se sentou a mesa após cruzar todo o caminho até a mesma, escutando um silencio curioso por parte da plateia, que aguardava Noey começar com seu violino.

Mas os olhares de Freen ainda se prolongavam na porta do banheiro, atenta a qualquer movimento mínimo na porta, vindo de Becky. Essa atenção a qual obviamente era 100% direcionada a fins profissionais...

-Tente soar menos desesperada e falhe miseravelmente - Nam sussurrou no ouvido Freen, a tirando de sua alienação - Falou com ela, é isso?

A mulher se acomodou na cadeira ao lado enquanto Irin observava a preparação de Noey no palco, apesar dos ouvidos atentos na conversa delas duas logo ao lado.

-Morreu o assunto, Nam - Disse, Freen. Já decidida.

-Mas você está bem? - Nam questionou.

-Estou - O tom impaciente da guarda-costas bem nítido. Não estava tudo bem, afinal.

-Como sempre, uma péssima mentirosa - Nam repousou sua mão na de Freen e começou um carinho sutil.

-Apenas um pouco insatisfeita, deixar de beijar alguém não vai me abalar tanto quanto está pensando - Declarou. Nam apenas concordou com a cabeça.

Assim que a porta do banheiro foi aberta, um som aveludado passou a ecoar do violino de Noey. O arco acompanhava os movimentos da mão da violinista, subindo e descendo em acordes harmoniosos.

Becky enfim encontrou os olhares intensos de Freen pela multidão. Não sabia o que tinha dado nela em rebater a pergunta de Freen no banheiro, porém era verdade. Não era uma pergunta fácil, e já estava acontecendo tanta, mas tanta coisa com relação a investigação, que era bem mais simples não pensar demais e apenas viver o que quisesse.

Mesmo que o que ela quisesse fosse...sei lá, beijar sua guarda-costas repetente até que perdesse todo o fôlego do seu pulmão. E a parada era que ela tinha essa certeza, que Freen queria tanto quanto ela. Mas, deixa pra lá, não dá mais pra pensar nisso.

Respirou profundamente e se juntou as outras na mesa, se forçando a não encarar Freen a cada segundo. Observou uma mulher diferente ao lado da guarda-costas, uma que parecia estar na faixa dos vinte e pouco, com cabelos longos e escuros, de traços orientais e concentrada na apresentação.

Mas o que mais lhe chamou a atenção foi a proximidade, a mão da mulher fazendo carinho na de Freen...

Que intimidade, hein!

Becky se arrastou até o lado de Irin, e, inevitavelmente perguntou:

-Quem é essa aí?

-Não faço a mínima ideia. Apenas sei que elas estavam conversando sobre o que rolou no banheiro entre vocês duas. Aliás, não rolou nada, né? - Irin questionou apreensiva e Becky assentiu.

-Conversamos depois. Você já pediu alguma coisa? Estou pensando seriamente em um Mocaccino para já me preparar para a maratona de café e investigações que vem por essa madrugada.

-Anda perdendo muitas noites de sono com... você sabe o quê? - Irin perguntou mais baixo.

-Até que sim, mas enquanto não estiver afetando tanto o treino, tá tudo certo. Além disso, estou finalmente acabando a última temporada de Killing Eve - Becky sorriu, orgulhosa de si mesma.

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