I Swear

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Regina

Eu não sabia se estava sonhando ou não, mas eu tinha certeza que aquele colchão não era o meu e também não era o do quarto de hóspedes da casa da Emma.

Abri os olhos devagar, com medo de estar despertando de um dos melhores sonhos da minha vida. Mas, assim que minha visão se acostumou com a leve claridade que adentrava pela fresta da janela, eu tive certeza que não estava sonhando. Senti o peso do braço de Swan em minha cintura e o calor do seu corpo colado ao meu. Me aconcheguei um pouco mais em seus braços e a loira me puxou para mais perto do seu corpo.

— Se você queria levantar, fique ciente de que eu não vou deixar — sua voz rouca soou bem no meu ouvido, me causando um leve arrepio.

— Eu não tenho a intenção de sair daqui tão cedo — virei meu corpo de frente para o dela e os nossos sorrisos já estavam lá, estampados em nossos rostos e já iluminando aquele dia que mal havia começado — Bom dia, Swan!

— Bom dia, Mills! — me respondeu e logo deixou um beijo casto em meus lábios — Você dormiu bem?

— Extremamente bem. E você?

— Dormi perfeitamente bem e acordei melhor ainda — um leve riso escapou da minha garganta — Obrigada pela noite, Regina! Foi simplesmente incrível!

— Eu quem tenho que agradecer. O jantar estava maravilhoso, a companhia era a melhor possível e o pós-jantar… Bom, eu não tenho muito o que dizer sobre isso — senti as minhas bochechas esquentando levemente — Foi tudo perfeito!

— Eu estava pensando no que comeríamos no café, mas você acabou de me dar uma ótima ideia — um sorriso malicioso brincava em seus lábios.

Não tive muito tempo para me preparar, pois logo o corpo de Emma estava sobre o meu e suas mãos já exploravam cada centímetro do meu corpo. Sua vontade logo fez a minha também gritar e pulsar, deixando claro o quanto nossos corpos já se desejavam outra vez.

Seus beijos passaram dos meus lábios para o meu pescoço, reivindicando todos os meus gemidos e arrepios. Sua boca era quente e macia, seus movimentos eram precisos o suficiente para acabar com qualquer resquício de sanidade. Ainda estávamos nuas, o que ajudava e muito, os nossos corpos a se tocarem em todos os lugares possíveis. Suas mãos já seguravam as minhas coxas, enquanto sua língua passeava em direção ao meu seio direito.

— Parece que alguém acordou faminta — soltei em meio a um gemido quando senti seus dentes se fecharem ao redor do meu mamilo.

— Você não faz ideia do quanto, Regina!

******
Depois do intenso momento que compartilhamos na cama, fomos tomar banho. Quando já estávamos vestidas, descemos para tomar café e eu fiz questão de deixar Emma sentadinha, apenas me fazendo companhia, enquanto eu preparava algo para comermos. O desjejum foi feito em meio a conversas descontraídas e relatos sobre as nossas vidas, o que nos fez dar risada na maior parte do tempo.

Organizamos a cozinha juntas, compartilhando um momento doméstico e que me precisa muito familiar, como se já fizéssemos isso há anos. Claro que havíamos feito aquilo algumas vezes já, mas aquela era a primeira vez depois de nos entregarmos totalmente ao que sentimos e uma à outra. Era leve, era reconfortante e extremamente aconchegante.

Já estávamos na sala, concentradas em nossos textos da peça, enquanto passava alguma coisa na televisão. Não estávamos prestando muita atenção, mas pelo o que dava para entender eles eram cientistas e estavam querendo derrubar uma corporação que fazia experimentos ilegais. As personagens principais se pareciam muito com Emma e eu, o que eu achei extremamente curioso. Em um dado momento, minha atenção foi direcionada para o que se desenvolvia na tela e então eu pude ver a personagem que se parecia comigo, sentada à mesa com uma mulher de pele clara, cabelo preto e olhos verdes. Elas pareciam estar tentando ter um jantar tranquilo, mas a tensão que pairava entre as duas era palpável.

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