Sexual Healing

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Regina

Emma, Ruby, Zelena e eu, estávamos próximas à saída do estacionamento da escola, esperando Mary, David e Ingrid para almoçar. O horário de aula daquele dia já havia acabado, mas estávamos ansiosos e também um pouco preocupados com a peça, que aconteceria no dia seguinte.

Eu, particularmente, estava um pouco mais nervosa do que deveria estar, mas as minhas motivações eram outras. Emma e eu havíamos decidido contar para os mais próximos que estávamos morando juntas naquele almoço mesmo e isso estava me deixando mais agitada que o normal. Era curioso estar daquela forma, pois era um sentimento novo, provindo de uma experiência que já havia vivenciado antes. Mas com Emma as coisas eram sempre diferentes, mais intensas e capazes de me deixar exatamente como eu estava naquele momento: com as mãos agitadas e os lábios presos entre os dentes.

— Regina, você vai acabar arrancando seu lábio fora! — a voz de Zelena surgiu com um tom divertido, me arrancando dos meus pensamentos — Está tudo bem?

— Está sim! Eu só estou ansiosa para amanhã — os olhos azuis se estreitaram em minha direção.

— Eu te conheço há tempo demais para saber que não é apenas isso, porém não vou estragar o seu disfarce.

Revirei os olhos para o seu comentário. Em seguida, Emma piscou em minha direção, tentando me deixar um pouco mais calma, mas a pequena caixinha que eu carregava dentro da minha bolsa não me deixava relaxar. Obviamente ela não sabia da sua existência e isso potencializava e muito o meu estado.

— Vai dar tudo certo, Gina! — a voz de Emma veio seguida de um leve carinho em minha mão, destinado a me deixar mais tranquila. Mas a verdade é que ouvi-la me chamar pelo apelido, na intensão de me acalmar, me causou um tipo diferente de nervosismo, um que ainda não havia sentido ao seu lado.

Um sorriso largo, junto a uma longa encarada naqueles orbes verdes, arrancaram um suspiro de mim. Me perdi por alguns instantes na intensidade daqueles olhos e, só assim, consegui respirar mais profundamente e acalmar um pouco meu coração.

— Desculpem a demora, mas a babá ligou para vermos Neal por alguns minutos. É um costume que temos, para que ele não sinta tanto a nossa falta — todas nós falamos que tudo bem e Mary prosseguiu — E o David?

— Está vindo ali! — Emma respondeu.

— E não está sozinho — completou Ruby. Há alguns metros de onde estávamos, David caminhava acompanhado de uma mulher e, conforme eles se aproximavam, seus dedos se entrelaçaram. Não esperava vê-lo com alguém tão cedo, ainda mais com uma mulher.

— Desde quando eles estão juntos? — perguntei, mas era claro que todas estavam surpresas com o que víamos.

— Eu não faço ideia! — Ingrid acrescentou, já com um sorriso receptivo nos lábios.

— Meninas, me desculpem a demora! Espero que não se importem da Ana ir conosco.

— Claro que não! Boa tarde, Ana!

— Boa tarde, meninas!

Todas nós a cumprimentamos e decidimos seguir a pé até o restaurante que iríamos almoçar, pois não era distante a ponto de precisarmos ir de carro. Não demoramos muito para chegar lá e, durante o caminho, conversamos sobre como havia sido aquele dia e sobre como estavamos todos agitados com a peça no dia seguinte.

Assim que chegamos, já pedimos nosso almoço e nos envolvemos em assuntos voltados para o nosso trabalho e para como iríamos lidar com o final do ano. Sempre tínhamos aquela conversa; sobre alunos que achávamos que mereciam repetir alguma série e quais iriam passar direto. Eu adorava esses momentos com eles, porque sempre tínhamos ótimas coisas para falar sobre o ano letivo. E naquele ano estava sendo ainda mais especial, pois tinha Emma ao meu lado.

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