Damian Wayne

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Avisos:

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Sn era a nova vizinha dos Wayne, diferente deles ela não era rica. O terreno do lado da casa dos Wayne foi dado a uma família pobre, os ricos quiseram fazer uma "boa ação" em relação a eles, e aqui estava ela, na cozinha seus pés tocavam o chão gelado enquanto suas mãos estavam quentes por mexer na sopa que ela fazia para os irmãos.

— Abby, a comida está pronta — a voz dela foi ouvida.

— Eu não quero comer, prefiro brincar — a pequena falava enquanto brincava com a boneca de pano feita pela irmã mais velha.

— É? — ela sorria abaixando para ficar da altura da pequena  — mas tem que comer, não é princesa? Temos que agradecer por agora ser diferente, por termos uma casa legal e comida quente.

— Você nunca deixava a comida fria quando a gente não tinha casa — a fala dela era melhor que a das crianças da idade dela.

— O seu aniversário está chegando, sabia? — ela pegava a pequena no colo indo para a mesa — você vai fazer 6 anos, eu posso ver se faço um bolo, o que acha? — a mais velha perguntava já sabendo a reposta.

— Bolo? — ela sorria fazendo aparecer sua covinhas.

O momento estava perfeito, perfeito demais.

Um clique foi ouvido e a porta foi aberta.

— Vai pro quarto, tomar banho — ela sussurrava colocando a menina no chão vendo-a  correr.

— Cadê a comida? — a voz embriagada de seu pai foi ouvida.

— Eu fiz sopa — ela respondeu passando as mãos em sua roupa. Ela estava nervosa.

— Que merda de comida é essa? — ele se apoiava no fogão olhando com nojo para a sopa.

— A Abby precisa comer coisas mais saudáveis — seu tom era baixo

— Eu quero a porra de uma comida que preste — ele quase gritava.

— Claro.

— O que? — sobrancelhas juntas, seu tom alto, o olhar bêbado, ele cheirava a bebida.

Ela o odiava com todas as forças.

— Claro, papai — ele estava bebâdo demais pra perceber o ódio na voz da garota.

Pov Sn
Eu tentava vestir a roupa da Abby rápido, enquanto vestia meu uniforme.

As coisas eram difíceis morando na periferia de Gotham, desde de que conseguimos essa casa elas "melhoraram" se é que eu posso falar assim. Depois de um mês aqui, eu consegui bolsas em uma escola daqui, e ficamos menos tempo em casa. E Deus sabe como eu lembro de agradecer sempre por isso.

— Pronta, princesa? — eu pegava nossas mochilas, mais uma das coisas que ganhamos quando viemos pra cá.

— Sim — eu tentava o máximo possível dar pra Abby o que eu não tive e ver ela feliz era a melhor coisa do meu dia.

...

Eu deixei a Abby na sala dela e entrei na minha, sentando em uma das únicas carteiras vagas no fundo da sala.

— Ela ainda não desistiu de vir? — os cochichos sempre aconteciam, na verdade aconteceu depois que um professor me pediu pra ler.

Quando você não tem uma casa, tem que cuidar de uma irmã e tem q obedecer seu pai, não sobra muito tempo para aprender a  ler. Não é que eu não sei. Eu sei. Eu só acho meio difícil.

Meus olhos evitavam olhar adolescentes, eu olhava o quadro limpo.

E a aula começa. Física, até que era legal só foi bastante confuso no início.

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