CAPÍTULO #14

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“[...] Eu me lembro de quando te conheci
Eu não queria me apaixonar
Senti que minhas mãos estavam tremendo
Porque você parecia tão lindo
Eu me lembro de quando você me beijou
Eu sabia que você era único [...]”

— My Only One, Sebastian Yatra feat. Isabela Moner

Termino de fechar minha bota

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Termino de fechar minha bota. Nunca estive tão coberto em toda a minha vida. Mas era o conjunto mais adequado para a situação atual. Um traje de couro, justo e o equipamento para as armas. O coldre na cintura portava uma Glock e diferentes tipos de armas de corte, assim como o coldre em minha coxa, apesar de ter quase certeza que não iria precisar usar elas.

Eu era profissional em Arco e Flecha desde os meus 12 anos de idade, sem contar que obviamente fui treinado, sei atirar e lutar. Mas Keera não exigiu minha participação assídua na máfia, porque ele sempre se preocupou, tanto comigo quanto com Yuny. De qualquer forma, hoje era por uma boa causa. Algo que também me envolve, porque me preocupo com o menino Miguel. É só uma criança, e eu sei bem como é passar a infância sendo torturado por alguém que deveria protegê-lo.

— Ricky, Cass, estarei com vocês, ok? — Falo, me aproximando dos dois, que apenas assentiram. Ricky também portava Arco e Flecha, enquanto Cass terminava de equipar um fuzil de longa distância.

As equipes estavam formadas, organizadas em grupos especializados.

Caius e Vee comandavam o grupo de combate físico. Eles atacariam primeiro, porque treinam força bruta, são treinados para matar com as próprias mãos. Ricky, Cass e eu, entre mais cinco homens, estávamos encarregados de atacar à longa distância, eliminar antecipadamente.

Elliot estava controlando nossa comunicação, além de estar encarregado de se infiltrar na rede dos Braganças e desligar toda a segurança. Por isso ele estava isolado em um jato particular. Todos foram proibidos de interrompê-lo, então ele viajaria sozinho para conseguir invadir à tempo. Ele tinha cerca de quatro horas para conseguir isso.

Rebeka liderava seus soldados, todos levando cargas pesadas em caminhões e vans blindadas. Eles saíram antecipadamente, já que demandariam mais tempo de viagem.

E Odd estaria encarregado de reabastecer nossas armas, carregando todas as munições que não conseguiríamos levar no corpo.

Embarco no avião, me sentando próximo a janela, deixando meu Arco e a bolsa de flechas no cantinho para conseguir ficar mais confortável. Alguns soldados adentraram no avião, e meus olhos logo pousaram em Odd, que também embarcou no mesmo avião que eu. Achei que ele faria conpanhia a sua família, ou simplesmente se enganou, mas parecia determinado. Falou algo com alguns soldados e logo viu o lugar reservado ao meu lado, se aproximando.

A cada passo mais perto dele meu coração disparava de forma assustadora. Me ajeito na poltrona, nervoso, vendo ele se acomodar ao meu lado. A cada dia ficava ainda mais difícil ficar perto desse homem e não poder pular em cima dele. Eu o queria tanto, mas tanto. Como nunca quis ninguém.

Era assustador pensar assim, mas já admiti para mim mesmo que estou seriamente obcecado por Oden Bergan, desde o primeiro momento em que o vi. Algo nele me chamou a atenção, conquistou meu corpo e alugou hospedagem na minha mente sem permissão.

Queria muito que ele fosse um babaca sem coração, que me humilhasse, me odiasse. Só assim para eu perder essa vontade de querê-lo tanto.

— Está com colete, não é? Mesmo sendo da equipe de longa distância, é bom estar prevenido — Odd falou. Bem, esse era o problema. Ele era educado, gentil e se preocupava. Mas o pior de tudo, é que nunca cedia, nunca me dava uma chance. Travo o maxilar para conter um xingamento devido a minha própria frustração, assentindo.

— Estou, vou colocar quando chegarmos — respondo e ele assente.

— Se alimentou direito? — Questionou e eu o olhei. Pude notar ele batucando os dedos na coxa, sem parar, algo que também notei ele fazer durante a reunião, onde assumiu ser o responsável por trazer essa ideia para jogo.

Respiro fundo, o observando mais calmamente. Sua respiração estava um pouco acelerada, e assim como seus dedos batucando na coxa, seu pé direito também batia contra o piso do avião.

— Estou bem — Confirmo, arriscando pegar sua mão, o assustando. — Estamos bem — friso, o olhando nos olhos. Odd engoliu em seco, um pouco nervoso. Trago sua mão para meu colo, sorrindo compreensivo, a segurando e fazendo uma massagem singela em seus dedos, o distraindo e notando ele parecer consideravelmente mais calmo.

É, estamos bem…

TURN OFF - Livro 4 da Série King Of Sex (ROMANCE GAY) Onde histórias criam vida. Descubra agora