Nosso jantar foi agradável, apesar de tudo. Colocar nossas dores em jogo era essencial para podermos começar do jeito certo, ao menos eu acredito nisso. Hany e eu tínhamos muitas pendências emocionais a resolver, e só pelo fato de um já saber a vulnerabilidade do outro é um sinal de confiança, de entrega. Precisávamos disso se realmente quiséssemos colocar isso adiante.
Apesar de estar feliz por Hany ser tão honesto comigo, também me deixou preocupado e irritado. Preocupado com ele, com seus sentimentos que antes eu mal poderia imaginar pelo o que ele havia passado. E irritado pelo o que aquele desgraçado foi capaz de fazer.
Resolvi levá-lo para minha casa, onde teríamos mais privacidade. Minha família estava cada vez maior, e sei que se fôssemos para a mansão, não teríamos paz um segundo, tanto por conta dos meus irmãos, como das crianças.
— Você tem uma casa na praia? — Hany questionou, parecendo surpreso, assim que estacionei o veículo.
— Sim, gosto do som do mar. Geralmente me acalma — Falo, descendo do veículo e dando a volta, abrindo a porta para Hany, que sorriu, pegando minha mão e saindo do carro, olhando em volta. Pude notar ele abraçando o próprio corpo pelo frio que fazia. Me aproximo por trás, passando o sobretudo por seus ombros, vendo ele me encarar com um sorriso tímido, algo que não era muito comum vindo dele, mas o deixou ainda mais fofo.
— Vamos entrar — Chamo, abraçando sua cintura e o guiando para dentro da casa. Ela tinha estrutura moderna e rústica ao mesmo tempo.
Fecho a porta atrás de mim, nos protegendo do frio. Estávamos chegando ao final do ano, onde se iniciava a época de nevada e a aurora boreal. Particularmente, uma das épocas mais lindas e esperadas do ano.
— Aqui é tudo tão aconchegante! — Hany exclamou, respirando fundo. Sorrio, caminhando até a lareira, pegando as madeiras cortadas e jogando dentro. — Viu? Agora você parece mais ainda um modelo de lenhador! — Hany falou, me arrancando uma risada.
Ele não perde uma.
— Venha aqui — Peço, jogando alguns travesseiros no chão, próximos da lareira. Hany se aproximou e eu busquei sua mão, o puxando para perto de mim. — Eu quero fazer dar certo, Hany… mas preciso saber se também está disposto a isso. Se… podemos tentar — Murmuro, vendo ele sorri, soltando minhas mãos e enlaçando meu pescoço com seus braços, tendo que ficar na ponta dos pés para isso, por conta da nossa diferença de altura.
— Odd… eu sempre te quis, e não era apenas para noites casuais. Você me atrai de todas as formas. Eu quero você. Eu quero tentar — declarou, me fazendo sorri, abraçando sua cintura e colando nossos lábios em um beijo lento, sem pressa. Deslizo minhas mãos pela lateral do seu corpo, pousando em sua cintura e finalizando o beijo com um selinho.
— Vamos fazer o seguinte… Vá até meu quarto, vista uma camisa minha, algo que te deixe confortável, e depois, volte para cá. Vou arrumar tudo para que nossa primeira noite juntos valha a pena — Falo, vendo ele sorri largamente, concordando e me dando um selinho, subindo as escadarias em seguida. Então começo a preparar tudo em volta da lareira.
Queria que nossa noite e as próximas que viriam, se tornassem especiais e significativas.
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TURN OFF - Livro 4 da Série King Of Sex (ROMANCE GAY)
Storie d'amore"Eu era muito novo para entender. Para entender que... nada do que eu faça está bom o suficiente. Nada do que eu diga será ouvido totalmente. Nada que eu sinta tenha importância realmente... E a cada dia vivendo no inferno... Ouço meu cérebro abso...