"Eu era muito novo para entender.
Para entender que... nada do que eu faça está bom o suficiente. Nada do que eu diga será ouvido totalmente. Nada que eu sinta tenha importância realmente...
E a cada dia vivendo no inferno...
Ouço meu cérebro abso...
“[...] Estive fugindo disso por um bom tempo tantas manhãs eu acordei confuso Nos meus sonhos, eu faço o que quero com você Minhas emoções estão expostas Elas estão me enlouquecendo Agora, eu estou sem vergonha Gritando a plenos pulmões por você [...]
— Shameless, Camila Cabello
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— Quero o fuzil — Caius falou, trocando a arma. Entrego o fuzil de longa distância, com mira a lazer e potência superior a qualquer fuzil comum. Se uma bala atingir a cabeça de alguém, certamente não restará nada dela, assim como todas as armas que produzo.
Abro a maleta pesada e com senha, exibindo todas as minhas armas de fogo prontas, distribuindo para meus irmãos, mas logo me surpreendendo quando vejo Hany parar na minha frente.
— O que faz aqui? — Questiono, recuando com a arma. Hany me encarou como se fosse óbvio.
— Não vou ficar aqui em casa como uma princesinha indefesa. Vou ajudar e preciso de uma arma — Ditou, e todos os meus instintos negaram prontamente.
— Não mesmo. Nós vamos lidar com isso, Hany. Por favor…
— Posso escolher? — Falou, me ignorando completamente e vasculhando com cuidado nas maletas, pegando um conjunto de arco e flecha, onde usei material de alta qualidade, com ponta de caça, feito para atravessar até mesmo um tanque de guerra, ou um carro blindado, com veneno letal cobrindo as pontas das flechas.
Me aproximo, segurando o braço de Hany, tendo seu olhar prontamente voltado para mim.
— Hany, podemos cuidar disso…
— Keera também irá ajudar. Você falou isso para ele? — Questionou, o que me arrancou as palavras da boca, suspirando pesado.
— Não…
— Então por que se importa se irei ou não? — Questionou, me fazendo engolir em seco, perdendo qualquer argumento existente.
— Hany… eu só… — Não consigo falar, firmando o aperto em seu braço, vendo ele sorri e se aproximar de mim, fechando qualquer espaço entre nossos corpos, me deixando nervoso e paralisado quando sua mão acariciou minha barba.
— Está com medo que eu me machuque, querido? — Questionou, em um tom sedutor e baixo. Precisei respirar fundo para recolher todo o meu autocontrole, fitando seus olhos.
— E se eu estiver? — Rebato, notando suas sobrancelhas se arquearem um pouco, parecendo surpreso com minha resposta à sua pergunta audaciosa.
Pela primeira vez, pude ver Hany sem fala, sem uma resposta pronta na ponta da língua. Nossos olhares se mantinham conectados, e minha mão ainda agarrava seu braço, mas agora eu não precisava exercer força alguma. Podia sentir seu corpo colado ao meu, sua respiração acelerada se misturando a minha.
