CAPÍTULO #34

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— Hany…? — Ouço Odd me chamar do quarto, mas não consigo responder, caindo ajoelhado novamente no piso de mármore do banheiro, vomitando todas as minhas refeições do dia anterior no vaso sanitário

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— Hany…? — Ouço Odd me chamar do quarto, mas não consigo responder, caindo ajoelhado novamente no piso de mármore do banheiro, vomitando todas as minhas refeições do dia anterior no vaso sanitário. Hoje eu simplesmente madruguei, acordando às cinco da manhã passando mal. Odd sempre levanta mais cedo que isso para sua corrida matinal, então felizmente não presenciou meu estado de decomposição.

— Amor, o que você tem?! — Odd adentrou o banheiro, rapidamente se abaixando ao meu lado, preocupado. Por mais que eu tentasse falar, a ânsia me impedia e eu vomitava até o que não tinha mais em meu estômago, colocando tudo para fora.

Odd me ajudou, acariciando minhas costas e me ajudando a ficar de pé, enquanto eu lavava minha boca, me apoiando nele com receio de acabar caindo.

— Está melhor? — Odd questionou e eu prontamente neguei com a cabeça.

— Está tudo girando… acho que aquela pipoca doce da meia noite me fez mal… — Resmungo, mas fico confuso quando ouço Odd soltar um riso, mesmo tentando disfarçar. O encaro, bravo. — Eu estou morrendo e você parece feliz da vida! Qual é o seu problema?!

— Não, desculpe… é que… não sei, já faz alguns dias… será que você está… — Insinuou, me deixando sem entender.

— Estou o quê?! Finalmente descobrindo se irei para o céu ou inferno?! — Resmungo, vendo Odd ri levemente, me pegando pela cintura e me colocando sentado sobre a bancada da pia.

— Não, nem tão cedo você vai descobrir isso. Estou dizendo que… já faz alguns dias que você vem tendo esses enjoos e… não cogitou a possibilidade de que nossos planos funcionaram? — Insinuou, mas minha cabeça estava girando tanto que eu nem sequer estava conseguindo prestar atenção.

— Do que está falando, Odd?! Não sou bom com adivinhações, muito menos quando estou colocando todos os meus órgãos para fora! — Exclamo e ele ri, balançando a cabeça.

— Bem, não cogitou a possibilidade de que você possa estar grávido? — Questionou, o que me fez paralisar, o encarando sem conseguir reagir. E quando tentei falar algo, o enjoo novamente me atingiu, me fazendo ir às pressas de volta para perto do vaso, vomitando até o que não tinha mais.

Grávido…? Estou mesmo grávido?

Sei que sou louco para ter crianças, para construir minha família, mas se eu estiver mesmo grávido e toda vez tiver que sentir meus órgãos saindo do corpo, bem… fui iludido com a beleza que anunciam sobre gravidez, onde é só felicidade e as mil maravilhas.

Propaganda enganosa!

Odd novamente me ajudou a me lavar, esperando eu melhorar um pouco e me fazendo deitar na cama. Saiu às pressas do quarto para ir buscar algum remédio para enjoo, voltando em tempo recorde.

— Aqui, toma isso. Já marquei uma consulta com Óscar para amanhã — Odd ditou, me fazendo olhá-lo rapidamente, querendo reclamar, já que ele havia feito isso sem me perguntar nada. — Nem me olhe assim. Estou ansioso e por mim ele viria agora mesmo! Mas está de folga, passeando com a família dele… — Murmurou, se sentando de frente para mim, pegando minhas mãos. — Em um futuro próximo pode ser a gente… — Comentou, o que me fez abrir o primeiro sorriso daquele dia.

— Fica aqui comigo… — Peço, puxando sua mão, o trazendo para perto de mim. Odd sorriu, beijando meu rosto e me abraçando de conchinha, com as mãos repousadas em minha barriga.

— Não vou aguentar esperar até amanhã! — Odd falou, de repente, me fazendo ri.

— Não vamos criar expectativas, amor. Eu posso também só estar com mal-estar — Falo, mas ele nega, tirando o celular do bolso.

— Vou pedir testes de gravidez — Ditou, fazendo o pedido por aplicativo, me fazendo ri levemente.

— Quantos você pediu? — Questiono, estranhando a demora no celular.

— Quinze — Falou, simples, me fazendo arregalar os olhos e encará-lo rapidamente.

— Quinze testes?! No máximo três resolve, Odd!

— E as próximas gestações? Ao menos já teremos um estoque — Ditou, me deixando boquiaberto, rindo descrente.

— Você não existe — Falo, subindo sobre ele, o abraçando apertado, deitando minha cabeça em seu peito. Sinto seus braços rodearem minha cintura, me apertando contra si, sentindo ele roçar seu nariz em meus cabelos, beijando meu rosto carinhosamente.

— Por que o maldito farmacêutico está demorando tanto para entregar algo tão simples?! — Odd resmungou, me fazendo ri.

— Talvez porque acabou de fechar o pedido… — Insinuo e ele revira os olhos, impaciente. — Vou dormir um pouco… — Murmuro, cansado, mesmo sem nem sequer ter saído do quarto. Mas também mal consegui dormir esta noite por conta dos enjoos. Então eu merecia ao menos dormir alguns minutinhos.

Sou acordado com alguém me sacudindo gentilmente, tocando meu rosto e beijando minha testa, me arrancando um sorriso ao saber quem era só pelo toque, pelo perfume gostoso e pela delicadeza.

— Amor, acorda. Estou com os testes… — Odd avisou. Rolo na cama, gemendo preguiçosamente. Me sentia um pouco melhor agora. Me sento na cama, tentando recobrar minha lucidez, vendo Odd com um pacote grande até para o que deveria ser só teste de gravidez.

— O que tem aí?

— Os testes, remédios para enjoo, algumas vitaminas e fraldas. — O encaro ao raciocinar o final.

— Fraldas? — Ele sorriu sem jeito, assentindo.

— Não me contive… bem… aqui, faça alguns para ter certeza — Falou, me entregando os testes. Suspiro, um pouco nervoso, mas assenti, me levantando e seguindo para o banheiro.

Céus, somente agora a ficha está caindo.

Eu realmente posso estar com um bebê a caminho…!

Não, não. Também pode ser só um mal-estar.

Isso pode acontecer também…

Não é?

TURN OFF - Livro 4 da Série King Of Sex (ROMANCE GAY) Onde histórias criam vida. Descubra agora