"Eu era muito novo para entender.
Para entender que... nada do que eu faça está bom o suficiente. Nada do que eu diga será ouvido totalmente. Nada que eu sinta tenha importância realmente...
E a cada dia vivendo no inferno...
Ouço meu cérebro abso...
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No dia seguinte, despertei um pouco perdido, não me recordando de onde estava, até sentir o peso em volta da minha cintura, e o corpo grande abaixo do meu.
Abro os olhos, sorrindo com a visão de Odd adormecido. Não sei como viemos parar na cama, mas lembro que acabei adormecendo nos braços dele enquanto víamos uma série na sala.
Acaricio seu peito desnudo e deposito um beijo. Ainda não havia caído a ficha de que eu realmente estava aqui, na cama dele, nos braços dele. Tudo parecia um sonho no qual eu não queria acordar.
Me remexo, tentando me levantar sem acordá-lo, mas falhei miseravelmente. Ele despertou aos poucos, abrindo os olhos e olhando diretamente para mim. Senti meu rosto queimar, e com receio de estar horrível. Nem sabia qual era o estado da minha maquiagem, mas eu não sentia nada na minha pele, o que era mais estranho ainda.
— Bom dia — Odd murmurou, grogue pelo sono, me fazendo sorri, escondendo meu rosto na curvatura de seu pescoço, depositando um beijo naquela região, deslizando minhas unhas por sua nuca em uma carícia suave. E pude apreciar vê-lo se arrepiar ao meu toque, suspirando profundamente.
— Bom dia… — O abraço apertado, apreciando seu cheiro gostoso e nem acreditando que tivemos uma noite incrível e que não foi voltada para sexo apenas, mas sim aproveitando a companhia um do outro, nos conhecendo, nos conectando. — Queria ver o mar — Comento, sentindo sua mão acariciar minhas costas.
— É lindo, especialmente quando o dia está amanhecendo. Vamos nos ajeitar e ir — Falou e eu prontamente concordei, me levantando e seguindo para o banheiro, tomando um susto ao me olhar no espelho.
— Como minha maquiagem sumiu do nada?! — Exclamo, assustado.
— Eu tirei — Odd falou, parando na porta do banheiro. — Dizem que não faz bem para a pele dormir com maquiagem. Achei melhor tirar.
— Mas… mas não tenho maquiagem aqui. E agora? — Questiono, virando de costas para ele, nervoso. Ouço Odd soltar uma risadinha, se aproximando e me abraçando por trás, o que me fez cobrir o rosto com as mãos rapidamente.
— Hany, por que está se escondendo de mim? Você é lindo de qualquer jeito. Aliás, você é muito mais bonito naturalmente — Falou, segurando meus pulsos e os puxando para baixo.
— Deixe de mentira. Minha cara é outra sem maquiagem, e não é das melhores! — Resmungo e ele me vira pela cintura, agora me deixando de frente para ele.
— Hany, apenas esqueça de querer se esconder de mim. Eu gosto de você assim, de todos os jeitos, de todas as formas. Vamos ver o mar juntos, hum? — Ele depositou um beijo em minha testa, me acalmando um pouco mais. Então sorri em desistência, concordando e me virando novamente, lavando meu rosto e pegando uma escova ainda embalada para escovar meus dentes. Odd fez o mesmo e logo seguimos para a praia.
O barulho das ondas era incrivelmente relaxante. Estávamos de mãos dadas enquanto caminhávamos para perto do mar.
Paro de andar ao ver que já estávamos pertos demais, soltando um gritinho quando a onda vinha em minha direção, querendo correr de volta, mas Odd me agarrou pela cintura, me erguendo do chão e me levando para o mar, gargalhando.
— Odd! — Exclamo, batendo em seu ombro, o fazendo ri ainda mais. Ele me pôs no chão e logo senti as pequenas ondas molhando meus pés. Enlaço seu pescoço, rindo, sentindo seus braços rodearem minha cintura, colando nossos corpos.
— Como se sente? — Odd questionou, com delicadeza e suavidade na voz.
— Feliz. Muito feliz — Respondo, respirando fundo, olhando nos olhos acastanhados, quase puxando para o mel. — Tudo que me proporcionou esta noite… eu nem sei dizer tudo que estou sentindo agora. Parece que ainda estou sonhando. — Ele sorriu, acariciando meu rosto e beijando meus lábios.
— E se depender de mim, muitas outras noites virão — Ditou, se ajoelhando em seguida, não se importando em molhar a calça moletom que ainda usava, me deixando surpreso. Ele segurou minhas mãos, me olhando nos olhos. — Hany Fontannelle, quer namorar comigo? — Questionou, e tive certeza que por um milésimo de segundo meu coração parou e minhas pernas quase cederam. Não me contive, pulando em seus braços, o derrubando na água e ficando por cima dele, o enchendo de beijos.
— Claro que sim! Sim, sim, sim! — Exclamo e ele gargalha, me abraçando pela cintura e retribuindo meus beijos, enquanto as ondas pequenas nos atingiam. — Devo ter sofrido um acidente, batido a cabeça e entrado em coma. Então estou em um sono profundo e vivendo esse sonho maravilhoso. Por favor, não me acordem! — Exclamo e Odd ri, dando um tapinha de leve em minha testa.
— Não fale bobagens! Você não sofreu acidente nenhum. Está mais vivo do que nunca. E agora é todo meu! — Ditou, em um tom sério e possessivo. Não consegui conter o sorriso ao escutá-lo.
— Seu, é? — Provoco e ele me encara, prepotente.
— Sim! Meu! — Frisou, me arrepiando por completo, agora sentado em seu colo, com uma perna de cada lado do seu corpo e abraçando seu pescoço.
— Todo seu — confirmo, beijando seu rosto e em seguida seus lábios. A onda batendo novamente contra nós. Movo meu quadril, rebolando devagar em seu colo, gemendo baixinho quando Odd apertou minha cintura com força.
— Estamos em público… — Odd ofegou e eu sorri ao sentir sua ereção.
— E excitados… — Rebato, ouvindo ele grunhir baixinho, pressionando minha cintura contra sua ereção, me fazendo gemer, rebolando com mais necessidade.
