{ NOVA ROTINA }

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  POV S/N

   Mais uma manhã se inicia, hoje faz doze anos que meu pai faleceu, e todos os dias desde então se tornaram iguais para mim. . Amélia parece ter acordado de bom humor hoje, ela nem parece que sente falta de meu pai, vai ver que não sente mesmo, só Deus pra aguentar e entender essa mulher. Assim como todos os dias, me levantei, fui ao banheiro e fiz minhas higienes, lavei meu rosto e fui aprontar o café da manhã. 

  Fiz alguns ovos mexidos e um suco de laranja, coloquei a mesa e chamei Amélia para comer. Faz um tempo que não a chamo de mãe, não tenho motivos para isso, comecei chamá-la de Amélia a partir do momento em que eu me dei conta de que ela não me fazia bem, mas ainda consigo conviver com ela, agora sei me defender das palavras e ofensas que ela joga contra mim.

- Bom dia princesinha... o que tem pra comer? Espero que não seja aquele mingau asqueroso que você faz, ninguém merece comer aquilo! - fala se sentando à mesa, quase se jogando na cadeira.

- Bom dia Amélia... não é mingau, são ovos mexidos, suco de laranja e tem pão na cesta - apontou para uma cesta que estava na mesa coberta por um paninho - tem frutas também se quiser. - terminou colocando uma bandeja de frutas na mesa.

- Menos mal.... credo, essa fruta passou do ponto! Esta querendo me matar com essas coisas vencidas princesinha? só pode. - pegou a maçã meio passada e jogou em s/n.

- QUAL É O SEU PROBLEMA AMÉLIA?? O QUE EU FIZ PRA VOCÊ SER ASSIM COMIGO MULHER? - Perguntou a garota, recebendo um olhar surpreso da mais velha, que logo se transformou em um olhar de pura repulsa e ódio.

- Você nasceu! - cuspiu as palavras na cara da meninas esta que, já estava com os olhos cheios d'água. - Perdi a fome, graças a você... sua estúpida. - e assim saiu do cômodo, deixando a garota ali, chorando silenciosamente, agoniada.

  O dia se passou de uma maneira estranhamente rápida para s/n, quando se deu conta já estava de noite e tinha que ajeitar-se para ir dormir. No dia seguinte, s/n estranhou o fato de Amélia não estar em casa logo pela manhã, eram raras as vezes em que a mulher saia de casa, então o desespero começou a tomar  conta. Mas Amélia já era bem grandinha para precisar de alguém a cuidando 24h por dia, a garota apenas deixou esse sentimento de lado e foi fazer suas obrigações matinais.

  Era por volta das seis da tarde quando Amélia chegou em casa, estava alegre e por algum motivo, sorria de forma descomunal. S/n não entendia o motivo dessa alegria toda, chegava até assustá-la mas preferiu ficar quieta em seu canto, não queria mais confusões com a mais velha. Amélia estava estranha, estranha até de mais na concepção de s/n, na hora do janta, a mulher sentou-se à mesa, comeu e se retirou sem dizer uma palavra se quer. E ainda continuara com um pequeno sorriso em seus lábios.

  Na manhã do dia seguinte, s/n se levantou, foi ao banheiro e se arrumou para começar seu dia. Estava com um vestido camponês cor vinho, uma bota preta, era algo simples, nada chique porém estava radiante. Ao terminar de se arrumar, s/n foi fazer o café da manhã, e chamar Amélia para comer. Mas surpreendeu-se quando viu que Amélia não estava em seu quarto, e que também não estava no banheiro, e sim ao lado de fora de sua casa. Confusa s/n decide ir até lá e descobrir o que a mais velha estava fazendo plantada em frente a sua casa. Quando decidiu abrir a porta para chamá-la, pode ver minuciosamente uma carroagem parar em frente a mulher que se encontrava sorridente, e dela saiu dois homens... eram guardas reais, que ao trocarem algumas palavras com a mulher olharam para casa e confirmaram com a cabeça um para o outro antes de começarem a se aproximar da residência, em passos largos e decididos os homens adentraram a casa. S/n estava confusa e assustada, não estava entendendo o por que dos guardas reais estarem em sua casa, e muito menos o por que deles estarem a pegando a força.

A COMPRA PERFEITA  - KIM TAEHYUNG +18Onde histórias criam vida. Descubra agora