Capítulo 48

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Lorenzo e eu,acordamos juntos na mesma hora.Nos levantamos da cama.Enquanto Lorenzo tomava seu banho,eu fui fazer o café e em seguida chamar a Rafa,que para minha surpresa já estava pronta.

-Não acredito que ainda não está pronta!?-Rafa gritou ao me ver de pijama.

-Eu sou rápida para me arrumar.-falei.

-Aham sei.-Rafa duvidou.Quando eu ia abrir a boca,escutei algo sendo derramado na cozinha.Saí correndo,e era a água que já estava fervendo,e por conta da grande quantidade,ela caiu sobre o fogão.

Terminei de fazer o café e fui tomar um banho super rápido no banheiro do fim do corredor,porque o Lorenzo morreu no banheiro,só pode!

Vesti um vestido soltinho.Apesar da minha barriga nem estar parecendo de uma grávida,gosto de me vestir confortável.

Saí do banheiro ajeitando os cabelos com as mãos e indo direto para a cozinha,onde Lorenzo e Rafa já tomavam seu café da manhã.Sentei-me ao lado do Lorenzo,e virei um pouco de café na xícara.Não sei o que me deu hoje,só sei que me deu vontade de tomar café,ao invés de comer uma fruta.

-Que foi?-Lorenzo e Rafa me encaravam.

-Você tomando café?-Rafa continuou me encarando.

-Sou um grávida,e grávidas são bipolares.-dei de ombros.

-Quem te disse isso?-Rafa começou a rir e eu a encarei com cara de tédio.

-Toma logo teu café Rafaela,senão não vai dar tempo de levar vocês no shopping!-Lorenzo disse bravo e Rafa parou de rir.

Terminamos nosso café da manhã,e nem lavamos a louça,fomos direto para o carro.

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Lorenzo nos deixou no portão de entrada do shopping e voltou logo em seguida para o morro.

-Por onde começamos?-Rafa perguntou empolgada.

-Eu estava pensando em comprar algumas roupas para mim também,porque daqui alguns meses as minhas nem vão servir mais,mas vamos começar pelas coisas que o bebê precisa.-falei sorrindo.

-Tá bom.-Rafa falou assim que passávamos pela porta do shopping.

Assim que entramos,avistamos de longe uma loja de móveis para bebê,nem preciso dizer que quase fomos para lá correndo né?

-Posso ajudar?-estávamos olhando alguns berços quando uma vendedora apareceu.

-Claro!-respondi empolgada.-Estamos procurando alguns móveis para o quarto do meu bebê.

-É menino ou menina?-a vendedora perguntou.

-Bom,ainda não sei.-respondi.-Estou apenas de algumas semanas.

-Então vamos escolher os móveis nas cores brancas,ok?-a vendedora até que era atenciosa.

-Ok.-Rafa e eu falamos juntas.

Compramos um berço,uma cômoda e um guarda-roupas,tudo na cor branca.Os móveis serão entregues daqui a dois dias.Eu mandei entregar direto na nova casa.

Saímos de loja de móveis,e entramos na loja de roupas para bebê.Rafa e eu fizemos a festa,compramos diversas roupinhas,tanto para menina quanto para menina,mas sempre nas brancas e/ou amarelas.

-Estou com fome.-falei quando minha barriga roncou e passávamos as roupas no caixa.

-Também.Vamos comer algumas coisa,por favor?-Rafa riu.

-Claro.-ri e paguei a vendedora.Pegamos as bolsas com dificuldade e fomos em direção ao pátio de alimentação.

Avistei de longe o McDonald e parecia que havia encontrado paraíso.Começou a caminhar depressa em sua direção quase tropeçando em minhas sacolas,quando em um momento de distração vejo meu pai sentado em uma das mesas,e nossos olhares se cruzaram.Assim que me viu,se levantou e começou a andar em minha direção,e eu paralisei.

-Agnes!?-ele falou olhando fixamente para mim.

-Pai!?-falei e esqueci que ele havia me deserdado.-Desculpe,senhor Mendonça.

-Eu não te deserdei filha.-papai continuava me olhando fixamente.-Você é única coisa de precioso que tenho.

-Agnes,estou com fome vamos?-Rafa me empurrou de leve,e eu nem ao menos saí do lugar.

-De quem são essas coisas de bebê?-papai agora olhava para as sacolas.

-Minhas!-Rafa gritou antes que eu pudesse abrir a boca.

-Não Rafa!-falei,pois não suporto mentiras.-Ele precisa saber,uma hora outra ele vai saber.-disse olhando para Rafa.-São minhas pai,eu estou grávida.

-Você está o que?-papai gritou chamando a atenção da pessoas em volta.-Eu não acredito que você deixou isso acontecer,Agnes!Logo você que tinha um futuro brilhante pela frente!

-Eu continuo tendo este futuro brilhante!-falei com raiva.

-Não vou discutir com você,Agnes.-papai desviou o olhar.-Eu não criei você no melhor conforto e nas melhores escolas para me retribuir assim,me dando um neto aos 17 anos,Agnes!

-Foi um descuido.-meus olhos já estavam cheios de lágrimas.

-Então por descuido,esqueça que sou seu pai.-ele se virou e nem sei para onde foi,pois meus olhos embaçaram pelas lágrimas.O que papai acabara de me dizer,parecia que ele estavam cravando uma espada em meu peito.

A dama e o vagabundoOnde histórias criam vida. Descubra agora