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P r o m e t a

Madame Pomfrey parecia esperar Draco quando ele finalmente alcançou a enfermaria com Severus ao seu lado, imediatamente se aproximando e tocando seus ombros com gentileza para guiá-lo até uma das camas. O menino involuntariamente fraquejou com a sensação de suas mãos o encostando, as lembranças dos dedos de Voldemort em sua pele brilhando em sua mente. A enfermeira não o pressionou, apenas indicando para que ele a seguisse, sem tentar encostá-lo novamente. Draco pôde sentir o olhar preocupado de Severus nele quando obedeceu, mas não teve forças para dar atenção ao seu padrinho naquele momento.

Quando Madame Pomfrey levou Draco a uma cama próxima, ele sentou-se quando a porta se abriu, Minerva entrando enquanto levitava atrás de si quem Draco supunha ser o verdadeiro Moody, desacordado. Madame Pomfrey arregalou os olhos, surpresa, e indicou para a professora deixar Moody na cama ao lado da de Draco.

"Quem era? O impostor." Perguntou Severus com uma voz tensa, e Minerva suspirou, parecendo nervosa.

"Barty Crouch Jr."

"Merda." Exclamou Severus. Draco o encarou, lembrando-se da explicação de Regulus sobre Barty Crouch Jr. "O pai de Draco está com ele?"

McGonagall assentiu. "Albus permitiu que os dois tivessem um instante à sós, está esperando perto da sala e me pediu para que levasse Alastor para a ala hospitalar.

"Ele está bem?" Murmurou Draco para a enfermeira.

"Ele vai ficar bom." Respondeu Madame Pomfrey, parecendo terminar seu trabalho com Moody e retornando para o sonserino, entregando ao garoto um pijama e colocando os biombos à sua volta.

Ele despiu as vestes, pôs o pijama e entrou na cama. Ele ouviu Minerva murmurando para seu padrinho, e logo Severus contornou e sentou-se em uma cadeira ao lado da cama. Draco escutou a porta da enfermaria abrir e fechar, e assumiu que McGonagall tivesse saído para lidar com o que quer que estivesse acontecendo com Barty Crouch e Regulus.

"Vou dar uma olhada no seu braço rapidamente, tudo bem?" Perguntou Madame Pomfrey depois de afastar os bimbos novamente, e ele a encarou hesitante por alguns instantes antes de estender seu braço machucado, virando o rosto para o outro lado e trincando a mandíbula ao sentir o toque que veio nos próximos instantes. Ele sabia que ela tentava ser delicada e o mais eficiente possível, mas sentia sua pele queimar com o contato.

Seus olhos encontraram seu outro braço enquanto Madame Pomfrey cuidava do corte feito por Julian Nott, procurando distrair-se da sensação de algo rastejando sob sua pele. Ele encontrou-se encarando o bracelete que usava desde seu nascimento, os quinze pingentes ali pendurados. Quinze. Draco surpreendeu-se por um instante que já havia completado seus quinze anos. Seu aniversário esse ano havia passado despercebido.

Não pelas pessoas ao seu redor, claro. Havia ganhado presentes de todos próximos a si, incluindo o pingente de um dragão prateado que cintilava levemente em seu pulso dado a ele por Regulus. Então não, não havia passado despercebido para ninguém... além de Draco. Ele estava tão focado em passar por esse torneio, vencer, que nem mesmo parou para entender que tinha quinze anos agora.

Vencer parecia a ele a coisa mais estúpida do mundo naquele momento.

Ele pensou escutar Severus fazendo perguntas sobre a saúde de Draco para Pomfrey, mas apenas tomou as poções que a enfermeira empurrou em sua direção, sem conseguir manter sua atenção na conversa. Repetidas imagens do que havia presenciado apenas uma hora antes passando como um filme em sua cabeça.

Draco apenas sentiu-se despertar quando a porta abriu-se escancarada, revelando um frenético Harry Potter, seguido por seus pais, seus padrinhos, Pansy, Blaise, Hermione e Ron.

O Torneio de Sangue - O menino que sobreviveu 4Onde histórias criam vida. Descubra agora