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T e r c e i r a    P r o v a

Os campeões entraram no estádio de quadribol, que estava totalmente irreconhecível. Uma sebe de seis metros corria a toda volta. Havia uma abertura bem diante deles: a entrada para o imenso labirinto. A passagem além parecia escura e sinistra.

Cinco minutos mais tarde, as arquibancadas começaram a se encher; o ar vibrou com as vozes excitadas e o ruído dos pés de centenas de estudantes que ocupavam seus lugares. O céu se tornara azul profundo e límpido, e as primeiras estrelas começavam a surgir. Hagrid, o Prof. Moody, a Prof a Minerva e o Prof. Flitwick entraram no estádio e se aproximaram de Bagman e dos campeões. Usavam grandes estrelas vermelhas e luminosas nos chapéus, todos, exceto Hagrid, que carregava a dele nas costas do colete de pele de toupeira.

"Vamos patrulhar o lado externo do labirinto." Disse a professora aos campeões. "Se estiverem em apuros, e quiserem ser socorridos, disparem faíscas vermelhas para o ar e um de nós irá buscálos, entenderam?"

Os campeões confirmaram com um aceno de cabeça.

"Podem começar, então!" Disse Bagman, animado, para os quatro patrulheiros.

"Boa sorte, Draco." Sussurrou Hagrid, e os quatro saíram em diferentes direções para se postar em torno do labirinto.

Bagman, então, apontou a varinha para a garganta e murmurou "Sonorus", e sua voz magicamente amplificada ressoou pelas arquibancadas.

"Senhoras e senhores, a terceira e última tarefa do Torneio Tribruxo está prestes a começar! Deixe-me lembrar a todos o placar atual! Em primeiro lugar, com noventa e oito pontos – o Sr. Draco Malfoy, da Escola de Hogwarts!" Os vivas e as palmas fizeram os pássaros saírem voando da Floresta Proibida para o céu crepuscular. "Em segundo lugar, com oitenta e cinco pontos – o Sr. Cedric Diggory, também da Escola de Hogwarts! Em terceiro lugar, com oitenta pontos, Viktor Krum, do Instituto Durmstrang!" Mais aplausos. "E, em quarto lugar – a Srta. Fleur Delacour, da Academia de Beauxbatons!"

Draco conseguiu apenas reconhecer os Potters, Blacks, Ari, Severus e seus amigos aplaudindo Fleur educadamente, mais ou menos no meio das arquibancadas. Ele acenou para os amigos que retribuíram o aceno, sorrindo. Os olhos de Draco encontraram os de Harry.

"Então... quando eu apitar, Draco!", anunciou Bagman. Harry enviou a Draco uma piscadela, e o sonserino sorriu para o grifinório antes de suspirar e preparar-se.

"Três – dois – um..." O bruxo soprou com força o apito e Draco correu para a entrada do labirinto.

As sebes altaneiras lançavam sombras escuras sobre a trilha e, talvez porque fossem tão altas e densas ou porque fossem encantadas, o barulho dos espectadores que as cercavam silenciou no instante em que o menino entrarou no labirinto. Draco quase se sentiu novamente embaixo da água. Puxou a varinha, murmurou "Lumus". Depois de andarem uns cinquenta metros, o garoto chegou a uma bifurcação. Escolheu o caminho da esquerda.

Draco ouviu o apito de Bagman uma segunda vez. Cedric acabara de entrar no labirinto. Ele se apressou. A trilha que escolhera parecia completamente deserta. Ele se virou à direita e continuou depressa, mantendo a varinha acima da cabeça, tentando ver o mais longe possível. Mesmo assim, não havia nada à vista.

O apito de Bagman soou ao longe uma terceira vez. Então, instantes mais tarde, uma quarta. Todos os campeões agora estavam no interior do labirinto.

O labirinto foi ficando mais escuro a cada minuto que se passava, porque o céu no alto ia ganhando um matiz azul-marinho. Ele chegou a uma segunda bifurcação. Draco suspirou e murmurou um feitiço para sua varinha.

"Me guie."

Era um feitiço parecido com o simples Feitiço dos Quatro Pontos, mas diferente. Mais complicado e definitivamente mais obscuro. Estava no livro que Severus havia dado a Draco, um que o sonserino havia estudado sem parar desde que descobriu que a prova seria um Labirinto. O feitiço servia não apenas para guiá-lo até o Cálice, mas para mostrá-lo o melhor caminho.

O Torneio de Sangue - O menino que sobreviveu 4Onde histórias criam vida. Descubra agora