O Torneio de Sangue - O menino que sobreviveu 4

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MEU DEUS
eu acabei de perceber quanto tempo faz que eu não apareço aqui
perdão gente, eu tava sem motivação e sem tempo para escrever aqui
mas voltei, eu juro
fiquem com um capítulo grande que eu fiz para vocês <3

T o r n e i o  -  T r i b r u x o

Havia uma inquestionável sensação de tristeza pelo fim das férias apertando o peito de Draco quando acordou na manhã de primeiro de setembro. Não era como se o garoto tivesse feito grandes coisas desde a Copa além de estabelecer-se em sua rotina familiar e trocar algumas cartas com seus amigos, mas ainda sim. Por mais que amasse Hogwarts, sabia dos problemas que a escola trazia consigo e iria sentir falta da calma de sua vida em casa.

A chuva forte continuava a fustigar a janela enquanto ele vestia uma jeans e um moletom; trocaria pelas vestes de escola no Expresso de Hogwarts. Realizou sua higiene matinal, deixou que Onyx se envolvesse ao redor de seu braço direito e desceu rapidamente as escadas, dando de cara com seu pai e padrinho na mesa aproveitando o café da manhã.

"Essa Rita Skeeter é mesmo uma mulher desagradável." Severus murmurava, observando o jornal, enquanto Draco pegava uma caneca na cozinha e a enchia de café com leite.

"Ah sim." Regulus concordou, assentindo, e puxou a cadeira ao seu lado para Draco se sentar. "Vi a reportagem que ela fez sobre a Copa Mundial de Quadribol."

Draco bufou. "Podemos não falar dela na mesa? Já tive o bastante dessa mulher apenas pelas reportagens sobre o 'famoso menino que sobreviveu' ao longo dos anos." Resmungou ele. Regulus lhe enviou um pequeno sorriso apologético.

"Está certo." Disse Regulus. Ele se levantou, usando uma de suas mãos para afagar carinhosamente o cabelo de seu filho, desapareceu por alguns instantes na cozinha antes de retornar com um prato cheio de duas torradas, ovo mexido e bacon. "Come. Não quero que fique com fome no trem. E não demore ou vai se atrasar."

Salivando com o delicioso cheiro do café da manhã, Draco não demorou para obedecer, devorando até o último pedacinho de sua refeição. Severus fez algum comentário rabugento sobre modos e elegância na mesa, mas Draco o ignorou. Eram apenas eles três ali, seu pai e Sev sabiam coisas muito piores sobre ele para julgá-lo, por quê diabos escolheriam seus modos?

"Ouviu sobre quem vai ser seu novo professor em Hogwarts?" Severus questionou, arqueando uma sobrancelha para Draco acima do jornal. O menino balançou a cabeça.

"Olho-Tonto Moody." Murmurou Regulus, suspirando. "Vi na lista de materiais."

"O Auror?" Draco questionou. O nome certamente não lhe era estranho.

Sev assentiu. "Ex-Auror, mas sim. Encheu metade das celas em Azkaban, então já ouvi coisas... peculiares sobre ele, certamente. Sempre levou seu trabalho muito a sério, mas está extremamente paranoico ultimamente. Tome cuidado com ele em Hogwarts."

"Cuidado?" Perguntou o loiro, intrigado.

"A chance dele julgar grande parte de sua sala pelas conexões com bruxos das trevas é... grande." Disse Regulus.

Draco não precisou de mais que isso para entender. Não era segredo para ninguém que muitos dos Sonserinos vinham de linhagens de bruxos das trevas. Se Moody fosse realmente como Regulus e Severus o estavam alertando, aqueles como Pansy e Theodore Nott iriam certamente sofrer. Ele, por sua vez, não estava preocupado com a conexão que fariam com Regulus e Severus. Não eram muitos que sabiam que Snape era seu padrinho, o conhecimento era longe de ser público.

E Regulus... Bem, havia apenas um grupo pequeno de pessoas que tinham conhecimento da criação que ele havia proporcionado a Draco. Todos eram de extrema confiança, tendo lutado contra o Lorde das Trevas na última Guerra. Claro, tinham aqueles vendedores de lojas que eles passavam, pessoas com quem cruzavam nas ruas... Mas Draco não se preocupava com elas. Seu pai era um legilimente extremamente poderoso, e essas pessoas citadas certamente não lembram do rosto de nenhum deles.