-SOLIDARIEDADE-

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Narra Kamari


*(7:00 a.m... Na parte mais destruída de Tokyo...)*


  Bom.. cá estou eu andando tranquilamente pelas ruas vazias cheias de destroços procurando alguma comida, e desde que me despedi do Shoto na Tokyo Skytree, já consegui conter quatro vilões que estavam roubando algum comércio que estava inteiro ou só meio detonado, e por mais que eu passasse na frente de várias lojas em estado sustentável, nem me atreveria a pegar alguma coisa, justamente porque seria roubo descarado e poderia ter alguma gangue ou algo do tipo estocando seus próprios recursos lá então.. poucas ideias.

Pensamentos de Kamari: ''.. Que pacato este pedaço, não tem quase ninguém... Não daria certo eu conseguir comida à força aqui.. acho que as gangues de cidadãos revoltados não gostariam muito da minha presença, e confirmo isso por dois dos quatro malfeitores que incapacitei tentaram me assaltar então.. não dá'' - após essa análise, olhei para a minha mão direita e toquei delicadamente nas costas do dedo em que o anel que o bicolor me deu estava, e fiquei com uma feição nostálgica - ''... Me desculpa por isso, Shoto.. mas te juro que planejo voltar... só não sei quando...'' - e distraída com meus pensamentos, só acordei deles quando senti meu pé bater em alguma coisa, então mirei pro chão e vi algo meio desconfortável.. um cara morto deitado de barriga pra baixo e com um sanduíche marcado com uma mordida perto da mão esquerda.

Kamari: .. Uou.. Amigo, você se importaria se eu comesse aquilo? Você não vai mais ter que se preocupar com isso né..? - falei enquanto me agachava pra pegar o alimento, e então voltei a caminhar enquanto mordia o sanduíche - Hm, tá cheio de poeira e o que o alface tem de saudável ele tem de pedras na folha, mas é melhor que nada já. - disse mais contentada enquanto comia o lanche cuspindo as pedrinhas que eu sentia a cada mordida.

  Eu fiquei andando e andando até o fim da tarde, tendo que me sustentar com os nutrientes daquele lanchinho que peguei do falecido lá atrás, sem muitos objetivos na verdade, porque assim.. o que mais eu poderia fazer não é? Mas bem.. chegou um momento em que passei na frente de um beco escuro pela hora do dia e que aparentava ser bem fundo, mas não dei importância nenhuma até que senti um cheiro estranho, e então parei meu andar pra analisar do que seria aquele aroma.

Pensamentos de Kamari: ''Cheiro de algo fresco parece.. um odor meio doce e fresco.. vou ver o que é isso'' - assim, dei meia volta e me pus a entrar no corredor enquanto procurava o olor, mas.. uma voz me impediu de continuar e me pôs em estado de alerta.

??: Opa opa.. olha o que temos aqui.. - disse com um certo eco uma voz jovial mais profunda, e quando prestei atenção, num segundo me vi sendo enrolada pelo corpo de uma cobra bem grande de cor esverdeava bem escura e azulada, que inclusive tinha aquele efeito de reluzir diante da luz, até que, quando estava coberta e sendo pressionada até os ombros, a estrutura do réptil se estendeu mais até me revelar a figura de um tronco humano, o que me deixou meio confusa até eu ver um cara com pele meio pálida e de cabelos pretos e um pouco mais soltos, com olhos verde-água brilhantes, com escamas aparecendo nitidamente em seus ombros e outras um pouco escondidas por uma faixa preta que o rapaz usava em seu pescoço, fora que um pequeno brinco de argola dourado estava em sua orelha com característica mais pontuda assim como a outra e um colar um tanto diferenciado dourado e com pedras verdes estava sendo usado por ele, e ainda juntando isso com uma pulseira de corda e uns lenços amarelados amarrados no limite da sua pelve, e o homem também estava com aquela capa que as najas tem nas costas aberta.

Quatro metades.. duas inteiras (Shoto Todoroki x Oc)Onde histórias criam vida. Descubra agora