Narrador Onisciente
... ... Uma perseguição de carros entre a Liga dos Vilões e alguns heróis... três carros destruídos.. alguns heróis feridos.. e um carregamento misterioso sendo levado no caminhão da liga... Endeavor aparece e faz o caminhão capotar pro lado da floresta, e ele e Hawks vão investigá-lo, e acabou que os integrantes dentro do veículo eram clones de barro.
Endeavor: Hm, você já chegou Hawks. - disse caminhando até o dito cujo, que estava agachado em frente ao transporte capotado - Já que estava perto podia ter dado uma mão. - o loiro se levanta.
Hawks: Poxa.. eu acabei de chegar aqui senhor Endeavor. - respondeu com um sorrisinho.
Endeavor: Pra onde foi a liga?
Hawks: Eles eram todos clones do Twice, acredita? - quando o Enji chegou mais perto, ele abriu uma das portas do caminhão e olhou dentro, para então ver uma espécie de cápsula adequada para transportar um humano dentro.
Endeavor: Ah? O que é isso?
Hawks: Parece ser um sistema de suporte à vida de alta tecnologia pra transportar um novo tipo de acéfalo.
Endeavor: Um acéfalo?
Pensamentos de Hawks: ''Eles estavam transportando alguma coisa.. mas o que era..?''
*(Num morro gramado afastado...)*
Um homem de cabelos médios, lisos e brancos, com sua roupa sendo preta e com diversos desenhos de linhas roxas passando por ele, assim como sua máscara que cobre só até o nariz, caminha vagamente por uma trilha específica até chegar na frente de outras três pessoas.
???: Cansamos de tanto de esperar Nine.
Nine: Valeu a pena esperar tanto tempo. - se virou para uma grande cidade que estava na vista aérea do morro - O experimento foi um sucesso.. - no mesmo instante... seus olhos adquirem uma cor amarelada e ganham um brilho singelo por causa.. do experimento...
Narra Kamari
Bem... já começamos o nosso serviço de heróis faz algumas horas já, estava mais ou menos depois da hora do almoço, e eu estava enérgica com todo o café que eu tomei antes pra poder ficar mais acordada, eu tinha mais energia do que o Kaminari, mas também.. ele já tinha saído pra arrumar a bateria do tratorzinho do senhor Makisuda umas sete vezes só hoje. Mas enfim.. enquanto isso eu ficava dando dados sobre o vento ou sobre maiores eventos e correntes do mar no telhado da agência enquanto esperava um serviço um pouco mais complicado pra fazer.
Mina: Agência de heróis da U.A... claro, já vamos mandar alguém aí rapidinho. - desligou o telefone - Kaminari, vai pro distrito Oeste, a bateria do senhor Makisuda morreu de novo. - ''Opa.. oitava vez no dia de hoje''
Kaminari: Mas outra vez? Por que aquele tio não compra um novo logo hein.. (suspiro)..
Kamari: Cadê o ânimo Chargezuma? - falei num tom mais alto de cima do telhado mesmo.
Kaminari: Tô indo. - disse com mais animação.
Kamari: Ah... agora.. mudou. - desci do telhado e apareci de cabeça pra baixo na janela do primeiro andar - Vento a 20 nós, atualiza aí. - avisei para a Ochako, quem estava cuidando de atualizar dados gerais da ilha também, e depois voltei pro telhado, me sentei de pernas cruzadas e apoiei minha cabeça em minhas mãos - (suspiro profundo).. Fico feliz em ajudar, mas bem que poderia surgir algo mais complicadinho pra mim né.. Deus.. se for pra eu fazer algo mais sério, por favor me mande um sinal. - meio segundo depois...
Mina: Kamari, precisamos de você! - ao ouvir isso.. nossa.. eu quis quebrar o teto pra poder descer, mas acabou que só fui correndo até a porta e tropecei quando entrei, e raspei meu nariz no chão.
Kamari: .. Ai... - me recuperei e rapidamente me levantei - Mas diga, o que preciso fazer agora? - perguntei com uma grande emoção e balançando minha cauda animadamente.
Mina: Te chamaram pra ir pra um berçário que tem num lugarzinho um pouco mais afastado daqui, te pediram pra cuidar dos bebês por um tempo enquanto a segunda funcionária está fora cuidando de umas coisas.
Kamari: (espasmo).. Obrigada Deus.. - disse sussurrando
Mina: O quê?
Kamari: Nada não. Beleza, já vou indo. - quando eu estava prestes a passar pela porta, eu fui freada por uma voz.
Yaoyorozu: Espera Döbutai. - me virei para vê-la - Vá até a praia e peça que o Todoroki te acompanhe até lá, acabei de receber um comunicado que o termostato do berçário está falhando por causa do superaquecimento do motor dele, quando for pra lá diga que eu vou substituir o serviço dele até ele voltar.
Kamari: Entendido, fui. - me preparei e fui correndo de quatro numa velocidade razoável até chegar na praia, e logo eu me levantei e me dirigi até onde o Shoto estava, que era na frente de umas barracas de uma feirinha - Ei! Shoto! - ele se virou para me ver.
Shoto: Diga Kamari, algum relatório novo?
Kamari: Sim, me siga até o berçário porque nós dois temos serviço lá.
Shoto: Mas e a minha parte aqui?
Kamari: A Momo vai te substituir até terminarmos tudo e aí você volta pra cá, vamos rápido. - ele concorda e me segue até o berçário, no caso estávamos andando no ambiente em volta dele, o qual era bem arborizado e pacífico - (suspiro profundo) Que ambiente fresquinho.. me surpreenda que o termostato esteja superaquecido.
Shoto: Ahh.. foi por isso que eu fui chamado?
Kamari: Foi, e eu estou de babá até a segunda funcionária voltar pra cá. Ela tinha que resolver umas coisas então eu fui convocada também. - depois de uns segundos nós chegamos no dito lugar, um bem simples aliás, mas aconchegante, externamente feito de paredes brancas e ornamentos em madeira escura, juntamente com um jardim bem bonitinho, a placa com o nome do local e umas janelas, e então eu bati à porta, já que ela estava fechada.
??: Já vou. - veio uma voz feminina de dentro do lugar, e logo a porta foi aberta - Ah, olá, devem ser os heróis profissionais.
Kamari: Sim senhora, e viemos ajudar com os serviços para os quais fomos convocados. - nós dois fizemos uma reverência - Sou Döbutai.
Shoto: Sou Shoto. - ''Não me diga..''
Ochu: Meu nome é Ochu, e sou uma funcionária daqui, por favor entrem. - nós assentimos e entramos no lugar, ''Mas que ambiente adorável''.
Shoto: Fui informado que o termostato daqui está quebrado não é?
Ochu: Ah sim, o motor esquentou demais, a sala que você deve ir fica à esquerda aqui, segunda porta de madeira.
Shoto: Certo senhora. - foi até o dito local.
Kamari: E quanto a mim, me disseram que eu precisaria ficar no lugar da segunda funcionária daqui até que ela chegasse.
Ochu: Sim sim, a Rikki está resolvendo umas coisas de saúde com a família dela, então é exatamente o serviço dela que eu preciso que você faça, inclusive.. ela é esta mulher aqui. - apontou com sua mão para uma foto num porta-retratos pequeno e sinalizando uma mulher com aparência igualmente jovem e de pele mais escura, cabelos médios e marrons, e olhos um pouco verdes.
Kamari: São só vocês duas que cuidam daqui?
Ochu: Bom.. também temos os responsáveis pela limpeza, eles vem aqui todo fim de dia pra poder revisar tudo. No caso, eu cuido da sala 1 aqui do lado direito do corredor, e a Rikki cuida da sala 2, que é logo em frente, nela tem tudo completo, tem os banheiros pra troca, tem gavetas e armários com o que se precisa, como cobertas e roupas, tem um rádio caso ache melhor uma ambientação sonora, todos os bebês já estão nos berços, e também há uma dispensa climatizada com os alimentos deles ok? - me guiou até a dita sala enquanto me explicava tudo, ''Meu Deus... nunca vi tanta criança acumulada num lugar só..''
Kamari: Tudo bem senhora, vou cuidar deles direitinho. - falei num tom mais baixo, já que já estávamos dentro da sala.
Ochu: Ótimo, vou avisar o herói Shoto que você está aqui. - se virou e começou a andar, mas logo ela freia seu passo de imediato - Ah, quase esqueci, se precisar de uma ajudinha, vou te emprestar este livro aqui. - andou até uma cômoda e me entregou um livro bem grossinho chamado 'Tutorial materno e paterno', e eu pego o exemplar.
Kamari: Tudo bem, obrigada senhora Ochu. - fiz uma reverência.
Ochu: Eu que agradeço heroína Döbutai. - retribuiu o meu gesto e saiu da sala, para assim fechar a porta.
Kamari: (suspiro).. Muito bem.. agora eu estou tomando conta de todos vocês seres humanos gordinhos, bem.. deixem-me ler um pouquinho. - abri a primeira página de conteúdo do livro e pesquisei um pouco - Vejamos... horário pra dar banho.. 'Depende da estação do ano presente. Se estiver frio, o melhor é dar banho no horário mais quente do dia', vixi.. melhor começar agora então. Am.. dois, três, oito, doze no total, beleza. - depois de saber dessa informação, eu criei mais quatro cópias de planárias, eu mais três iríamos dar banho nos bebês e a última iria continuar lendo o manual e informando a gente - Pessoal, movimentação livre e a missão de dar banho nisso aqui tudo que vocês tão vendo ó.
Cópias: Entendido. - falaram em voz também baixa.
Kamari: Menos você Cópia 4, você continua a ler este livro aqui e informa agente sobre como dar banho num bebê ok? - entreguei o livro a ela.
Cópia 4: Certo. - após isso, as outras cópias e eu pegamos um neném cada e fomos aos banheiros, e nos dois haviam duas banheiras e um lugar bem espaçoso pra podermos trabalhar, ''Ô beleza de lugar..'' - Ok, primeiro, qual sabão que vocês tem aí?
Cópia 1: Neutro líquido.
Cópia 4: Belezura. Tem já as roupas e toalhas deles aí?
Cópia 1: Tem, de todo mundo, eu peguei tudo antes.
Cópia 4: Tá. Vocês precisam lavar as mãos e as banheiras antes de darem banho nos meninos aí. A água tem que ser morna, entre 37° e 38°, e deve-se ir testando a água com a região interna do braço.
Kamari: Beleza, gente, comecemos. - estávamos prestes a iniciar o processo, quando a quarta nos interrompe.
Cópia 4: Esqueci, se for um bebê de mais de seis meses, jamais se deve preparar a água com o bichinho no colo, foi mal aí. - nós somente acatamos a informação e preparamos tudo até colocarmos os infantes na água, a qual estava mais baixa obviamente, afinal é um bebê e não um pano de chão.
Cópia 2: Tá tremendo assim por quê Cópia 3? - reparou olhando rapidamente para ela, mas voltando seu foco.
Cópia 3: Eu estou literalmente sendo mãe de primeira viagem de um filho que nem é meu, tem como estar mais nervosa do que isso?
Kamari: Todo mundo aqui tá sendo, fica tranquila, se você quiser aprender a cuidar dos seus futuros filhos é melhor você ficar calma pra momentos como este.
Cópia 3: Os filhos vão ser seus criatura. - ''É verdade''
Cópia 4: Pessoal, nova instrução, comecem lavando a face e rosto do molequinho, depois o tronco e o resto do corpo, mas deixem o que tem entre e atrás das pernas deles por último pra evitar contaminação, e não se distraiam tanto.
Kamari: Custou a falar a penúltima parte viu.. - e logo em seguida da ordem, todas nós fazemos o procedimento todo, até que terminamos de lavá-los e vesti-los, ''Gente... que bonitinho este menino que eu botei a roupinha.. que fofo...''
Enfim... as cópias e eu fomos dando banho em cada um até terminarmos todos, até deixamos eles brincarem um pouco na banheira, até porque isso melhora a coordenação motora deles, e aproveitando.. já fomos conferir outras coisas, tipo alimentar, e graças à Deus todos já tinham mais de seis meses, porque suponho que o meu estoque de leite materno está vazio, e também aproveitamos pra verificar a temperatura, agora mais fria do cômodo, e colocamos uma música baixinha de Mozart, pois diz no livro que melhora as atividades cerebrais do bebê, então.. mil maravilhas, e o melhor é que só ficamos uma hora lá.
Cópia 1: Ufa.. pronto, foi a última que precisava dormir. - disse falando em voz bem baixa e pondo a pequena no berço, e todas as cópias e eu nos olhamos com um sorriso de orgulho e tranquilidade no rosto, já que.. o serviço que fizemos foi bem nobre.. e bem satisfatório.
Kamari: Bom.. obrigada por terem me ajudado a cuidar deles gente. - me dirigi às duplicadas em baixo tom.
Cópias: De boa, quando precisar. - disseram na mesma tonalidade, e então eu agradeço fazendo uma reverência enquanto desfaço-as, para então erguer-me novamente e observar todo aquele local com um sorriso um pouco mais extenso e um mínimo rubor nas bochechas, ''Hmp.. que legal cuidar de alguém... É tão.. satisfatório deixar alguém bem, ainda mais essas crianças...''. Uns segundos depois de eu olhando a sala calma, um barulho chama a minha atenção, que é um bater à porta, então eu vou até ela e a abro.
Kamari: Ah, Shoto, fale um pouco mais baixo tá? Pode entrar. - dei espaço para ele entrar, e logo fechei a porta.
Shoto: Precisa de ajuda pra algo? - perguntou ficando ao meu lado e falando em uma voz um pouquinho mais baixa e grave.
Kamari: Não obrigada, eu já cuidei de tudo. - depois que eu disse isso, ele foi andando pela sala olhando os arredores.
Shoto: Uau, está tudo impecável por aqui.
Kamari: (pequena risada) Obrigada.
Shoto: Você cuidou de doze crianças sozinha?
Kamari: Na verdade não, eu fiz algumas duplicadas com as planárias pra me ajudarem.
Shoto: Ahh.. um bom trabalho.
Kamari: E.. como foi com o termostato?
Shoto: Foi um pouco difícil por causa que a temperatura tinha que chegar num grau específico, e também o motor ficava desligando toda hora, ainda que tinha lá um parafuso solto atrás do motor que quase que não alcanço, mas pelo menos eu consegui.
Kamari: Que bom que tudo correu b... - minha fala foi interrompida por um barulho, mas foi o barulho de um bebê com o nome de Yuji, o qual começou a chorar um pouquinho - Oh não.. - eu rapidamente mas silenciosamente fui até a frente do berço do menino e o tirei de lá com calma pra tentar acalmá-lo, e então eu sacudi ele um pouco, e logo em seguida o bicolor fica ao meu lado com uma expressão mais preocupada.
Shoto: O que aconteceu? Tá tudo bem com ele?
Kamari: Até agora sim, mas agora não sei o que pode ter acontecido.
Shoto: Fome ou sede?
Kamari: Não, já cuidei disso antes com as cópias.
Shoto: Ah... você deu banho neles?
Kamari: Foi a primeira coisa que eu fiz.
Shoto: Hm... algum incômodo?
Kamari: Não é coceira, não é cólica, não é roupa apertada, (espasmo).. falta de conforto próprio, Shoto você é um gênio, já sei o que fazer, pode fazer o favor de segurá-lo pra mim? - com minha fala, ele ficou um pouco surpreso com o que eu tinha pedido.
Shoto: M-mas.. eu não sei como segurar.
Kamari: É simples, primeiramente tenha calma e fique relaxado, os bebês sentem quando você está aflito ou incomodado, só fique tranquilo, você pode se sentar no chão pra ser mais fácil pra você, e agora siga os passos que eu vou te dar. - ele concorda e se assenta no piso - Seguinte.. tá aqui o menino apoiado nos meus braços, ou seja, uma superfície, deslize uma mão por baixo do pescoço e a outra sobre a parte inferior e os quadris, na horizontal. - depois da minha explicação ele faz o dito e eu entrego a criança - Ótimo, agora aproveita que a sua mão é grande e abre um pouco mais os dedos pra ter uma sustentação melhor, e depois leve a mão do pescoço para perto da mão no quadril, pronto, já volto. - ele fez o ordenado, e muito bem feito aliás, mas tadinho.. ele estava quase tremendo quando eu falei pra ele segurar o bichin. Enfim.. depois daquilo, fui andando até o armário para procurar alguma coisa mais leve pro humano em miniatura, até que eu achei uma cobertinha que era mais macia, e eu a pus esticada no berço e voltei para onde o heterocromático estava.
Shoto: E então..?
Kamari: Eu peguei uma cobertinha macia e pus no berço dele. - estiquei os braços para ele me entregar o neném de volta, eu o seguro novamente e o Shoto se levanta do chão.
Shoto: Por que você não pôs a coberta nele?
Kamari: Movimento, bebês assim precisam se movimentar pra se comunicarem conosco ou só pra não serem uma pedra imóvel, mas agora.. o melhor a ser feito é isso. - após minha frase, eu transformei minha cauda numa de gato e a acerquei do Yuji, praticamente o envolvendo, mas deixando a ponta sobre o torso do ser humaninho, o qual desacelerou seu choro e alcançou minha cauda com suas pequenas mãos.
Shoto: Ah, talvez ele só queria brincar um pouco.
Kamari: É, mas eu também percebi que ele estava um pouco desconfortável já que ele não parava de mexer os braços. (suspiro) Sério.. esse menino tem pés que parecem pãezinhos, super fofo ele, e todos, to.. dos.. tem bochechas gordinhas, se eu pudesse eu iria amassar a todos de tanta fofura, quase tenho um ataque de diabetes. - depois da minha fala, o Shoto dá uma pequena risada.
Shoto: Pelo visto o trabalho foi bom enquanto eu estava fora.
Kamari: .. É... é muito satisfatório cuidar de outras pessoas, ainda mais em miniatura. - terminei a frase sacudindo um pouquinho o Yuji, o que faz com que ele dê uma pequena risada, ''Isso é mais doce do que uma bacia de caramelo'' - Shh.. calma menininho, está tudo bem agora tá? - falei numa voz bem calma enquanto movia mais a ponta da minha cauda, e o neném a persegue com suas mãozinhas.
Shoto: .. Hmp.. você seria uma ótima mãe.. - ''O quê..!?''. Depois dessa frase, eu o observei com bastante surpresa em minha expressão, e com um rubor considerável em meu rosto, e o Todoroki estava com um sorriso simples mas expressivo, além de uma pequena vermelhidão em suas bochechas.
Kamari: É-é.. sério? - falei num tom mais acanhado.
Shoto: Sério, você sabe muito bem o que tem que fazer pra cada situação, instrui bem sobre o que precisa ser feito, sabe como se comportar... é o que eu penso. - mesmo após essa fala, nós ficamos nos observando por uns segundos, até que eu noto uma movimentação diferente do bebê em meus braços e volto a olhá-lo.
Kamari: Opa, ele tá com frio.
Shoto: Como sabe?
Kamari: Olha como ele encolhe essas pernas gordinhas, talvez ele esteja assim por causa de a roupa ser mais fina, mas é o adequado, portanto.. faça-me um favor?
Shoto: Claro.
Kamari: Esquente só um pouco a sua mão esquerda e a aproxime dele, só um pouco. - o bicolor assente e acerca sua extremidade um pouco mais quente do quadril do ser humaninho - Um pouco mais perto do rosto dele. - ele aproxima-a um pouco mais, e logo o neném segura o dedo do heterocromático com sua mão em miniatura e solta uma pequena risada, ''Awww... que bonitinho... eu não tenho coração pra isso... ... e pelo visto o Shoto também não, ele foi cativado com sucesso''.
Shoto: ... (suspiro calmo)... ... Ele.. tem mais sorte do que eu..
Kamari: Por quê?
Shoto: .. Ele vai ter uma infância tranquila... fico feliz que a vida dele seja assim daqui pra frente.. - disse com um sorriso muito tranquilo, um olhar bastante satisfatório e ainda um pouco ruborizado, e então ele passa carinhosamente seu dedo pela bochecha esférica direita da criança, fazendo-a mover seu rosto na direção da extremidade do bicolor e fechar seus olhos um pouco, ''.. Não minto que você também seria um ótimo pai Shoto..''
Lobo: Ótimo pai dos seus filhos? - inconscientemente eu aumentei muito o rubor no meu rosto.
Pensamentos de Kamari: ''Q-q-quê?! U-ué.. talvez.. nem sei se ele planeja ter filhos futuramente...''
Lobo: Uhum.. entendi... Ô Kamari.. para de pensar essas coisas
Pensamentos de Kamari: ''Foi você que começou lobin.. Aliás, eu não sei do que você tá falando''
Lobo: Ah tá
Depois de uns minutos de o Shoto e eu estarmos ninando o filhotinho de gente, um barulho chamou a nossa atenção.
Ochu: Prontinho, tá tudo bem com voc... - ela estava entrando na sala, mas parou sua fala na hora em que nos viu com o neném, e então ela sorriu um pouco mais calmamente - Correu tudo bem aqui?
Kamari: Ah, sim, tudo bem, é só que o Yuji começou a chorar um pouquinho, aí tranquilizamos ele.
Ochu: .. Hmp, fico feliz que tudo ficou em ordem, e vejo que ambos fizeram um excelente trabalho, tudo corretinho.
Kamari e Shoto: Agradecemos senhora Ochu. - curvamos levemente nossas cabeças para fazermos uma reverência, só que nesse intervalo de tempo, o Shoto afastou um pouquinho sua mão do bebê, o qual arqueou um pouco as suas costas para segurar seu dedo novamente e fazendo um barulhinho bem fofo, o que fez com que nós dois déssemos uma pequena risada.
Ochu: ... (suspiro calmo).. Vocês dois seriam ótimos pais. - afirmou numa voz bastante tranquila, mas depois disso, o Todoroki e eu olhamos para ela com um rubor bem grande na cara - (pequena risada) Me desculpem, os peguei de surpresa.
Kamari: N-não.. não tem nada não. - neguei com bastante vergonha.
Shoto: T-tá tudo bem senhora.. t-tá tudo bem.. - negou do mesmo jeito que eu, mas desviando o olhar.
Ochu: Ok. Ah, o turno de vocês acabou já, podem voltar pra agência de vocês, a Rikki vai chegar num minuto, obrigada pelos seus serviços de ajuda Döbutai e Shoto. - fez uma reverência curvando as costas, e então nós assentimos, para logo eu ir em direção ao berço do Yuji para deixá-lo lá, ''Ah não... eu não quero deixar ele aqui, eu quero levar ele pra casa..'', mesmo sem vontade, eu deixei o neném dorminhoco no berço dele e o cobri um pouquinho com a coberta que eu havia posto lá mais cedo, para então voltar a ir junto com o bicolor em direção à porta de saída - Novamente muito obrigada a vocês.
Kamari: Por nada senhora.
Shoto: Fizemos o que tínhamos que fazer. - acenamos levemente com a mão enquanto andávamos para longe do berçário, e ao decorrer do caminho.. eu reparei como o Shoto ficou olhando o dedo da mão que o neném havia segurado, mas eu não fiquei de fora, eu fiquei observando os meus braços juntos ao meu torso, não vou mentir.. cuidar de bebês mexeu comigo violentamente... e com o meu bicolor favorito também..
Kamari: ... Shoto.. você realmente acha que eu vou ser uma boa mãe no futuro?
Shoto: Claro, por quê?
Kamari: ... É que... eu não quero que os meus futuros filhos passem o que eu passei.. eu quero que eles tenham uma vida plena... ... eu quero ser a heroína que os meus filhos vão merecer, uma heroína que protege, guarda e alegra as pessoas... quero ser alguém que traga paz.. - falei num tom um pouco mais baixo, assim como meu olhar, e alguns segundos de silêncio se passaram.
Shoto: .. Kamari, por que você acha que seus futuros filhos vão passar pelo que você passou? - eu o olhei dissimuladamente.
Kamari: Bem.. não é bem isso, é só que eu não quero que eles passem por aquilo assim como eu.
Shoto: Mas eles não vão passar por nada daquilo.
Kamari: Como sabe?
Shoto: Bom... porque vai ser você que vai cuidá-los. - nessa hora... eu nem sei explicar o que eu senti, eu somente o olhei com muita surpresa e choque, e parei o meu andar imediatamente - Eu.. simplesmente tenho certeza de que você nunca iria deixar aquilo acontecer com eles.. ou elas.. não sei, mas... pelo que eu te conheço bem, eu sei que você é bastante cuidadosa com qualquer um, ainda que você procura sempre o melhor de todo mundo, além de você.. ser quem você é... Acho que isso já explica o meu ponto. - nesse momento eu nem pensei.. eu só fui até ele para abraçá-lo fortemente, e uns segundos depois ele corresponde o enlace.
Kamari: Hmm.. obrigada Shoto... penso o mesmo de você.. - disse numa voz um pouco mais baixa e tenra.
Lobo: Tu quer dizer que considera o Gelinho como um ótimo pai pros futuros filhos dele?!
Pensamentos de Kamari: ''... Uai... sei lá.. pode ser''
Lobo: Legal legal, qual nome você acha que ele vai escolher pro primeiro filho de vocês? - perguntou satirizando um pouco.
Pensamentos de Kamari: ''Para de pensar essas coisas lobin, eu hein.. não tenho nem vinte anos''
Lobo: Ué, mas não se supõe que você quer manter o sangue da sua família pensando desse jeito já bem jovem?
Pensamentos de Kamari: ''Existe uma grande diferença entre pensar no futuro e planejar o futuro todo daqui pra frente''
Gato: Concordo com o Lobo
Pensamentos de Kamari: ''Silêncio todo mundo ou eu penso em tosar vocês dois''
Lobo e Gato: Tá bom tá bom, calma..
Pensamentos de Kamari: ''Imaginei..''
*(Um longo tempo depois... Quase fim de tarde...)*
Todos da turma já haviam terminado de fazer todas as tarefas que precisavam, e quando eu digo todos eu digo.. 'todos', até eu mesma fui chamada pra fazer mais sei lá quantas tarefas, e por consequência, a maioria da turma estava bem cansada e sentada nos sofás da sala.
Kaminari: (suspiro de cansaço).. A gente foi mais além no Plus Ultra do que no permitido nas leis trabalhistas..
Sero: O que acham de pegarmos menos trabalhos pequenos?
Iida: É claro que não. Todos os trabalhos possuem a mesma importância.
Yaoyorozu: É verdade que viemos aqui pra atuar como heróis, mas nós ainda somos estudantes, temos que trabalhar duro e mostrar que os habitantes da ilha podem confiar em nós.
Mineta: Isso funciona com quase todo mundo aqui, porque tem um cara que tá bem folgadinho desde que chegou na ilha. - apontou pro Bakugo descaradamente.
Bakugo: Alguém tem que ficar pra trás e tomar conta da agência imbecil. O que você vai fazer se um vilão surgir do nada enquanto todos os gênios por aqui estão fazendo idiotices?
Kamari: E você ia bater no vilão com a revistinha que você estava lendo esse tempo todo? - falei rindo um pouco.
Bakugo: Cala a boca!
Kirishima: Ei, pera lá, não tem vilões nessa ilha não. - falou tranquilo e com sua cabeça apoiada na mesa, até que um som de porta abrindo chama a nossa atenção.
???: Com licença jovens. - todos olhamos na direção da voz para ver quem era.
Iida: Senhor prefeito. - sim.. era o prefeito de Nabu e com diversas outras pessoas cidadãs da ilha, as quais traziam diversas porções de comida, e o Tenya foi recebê-los, e uma senhora agradeceu-o por ajudar uma senhorinha com problema de coluna, e logo outra mulher agradeceu a Yaoyorozu, e foram agradecendo todo mundo até que... a mesa de jantar lotou toda..
Rikki: São só umas comidinhas pra a gente mostrar o quanto somos gratos pela ajuda de vocês.
Quase todos: Oba!! Vamos comer!! - festejaram como se nunca tivessem comido antes.
Iida: Pera aí pessoal, vamos fazer um pouco de cerimônia. - falou num tom firme.
Rikki: Heroína Döbutai e herói Shoto, venham aqui por favor. - falou nos chamando para nos acercarmos, e assim fizemos - Muito obrigada por cuidarem do berçário, Shoto por concertar o termostato, e Döbutai por cuidar das crianças. - falou com um sorriso bem expressivo, o qual eu retribuo.
Kamari: Sem problemas senhora, faria aquilo cem vezes se precisasse.
Rikki: (pequena risada) Tudo bem, aqui um presente de agradecimento. - fez uma reverência enquanto estendia uma cesta cheia de cerejas e com uma fitinha azul em volta.
Kamari: .. Uau.. nem sei como agradecer senhora, muito obrigada. - segurei a cesta com uma feição um pouco sem graça.
Shoto: Também não sei como ser grato, agradeço o reconhecimento. - também fez uma breve reverência.
Rikki: Que nada, vocês fizeram o suficiente pra muito mais do que essa cesta, mas fico feliz que tenham gostado do presente. - finalizou a frase sorrindo com os olhos.
Logo de uns minutinhos, o Tenya e a Yaoyorozu foram acompanhar os cidadãos para fora da agência e dar os devidos agradecimentos, e depois disso nós todos da turma nos empanturramos de tudo o que tinha lá... quase tudo.. deixaram eu guardar as cerejas na geladeira porque eu disse que iria fazer uma torta com elas no dia seguinte, e agora nós estamos descansando de tanto comer.
Izuku: Ahh.. caramba, eu comi demais. - disse tendo devaneios.
Shoji: Dá pra ver que capricharam pra valer na comida.
Tsuyu: Momentos assim me fazem pensar 'que bom que eu decidi virar heroína'.
Kamari: Concordo..
Kaminari: Kazinho da família dos Bakugo. - pararam em frente a mesa que o Katsuki estava - A gente vai tomar uma ducha e capotar agora.
Kirishima: O turno da noite é seu Kazinho.
Bakugo: O quê?! Por que eu?! - falou num tom bem irritado.
Kaminari: Porque você não fez nada o dia inteiro hoje.
Kamari: Ahh.. por que não deixam comigo também?
Kirishima: Você fez muita coisa hoje.
Kamari: Eu vou ficar acordada a noite inteira mesmo.
Kirishima: Ué, pode até ficar acordada, mas a função da vez é do Bakugo. - me explicou com um sorriso simples
Kamari: Ah.. tá bom então.
*(Meio da noite...)*
Basicamente todo mundo da classe havia tomado banho e ido dormir, exceto eu, o Izuku e o Bakugo, que só tomamos banho mesmo. O Katsuki estava patrulhando, o Deku estava treinando, e eu estava observando o Brócolis, ''Hm.. já contei mais de mil chutes no ar, se continuar desse jeito os seus tendões vão arrebentar meu filho..'', e então eu finalmente saí do prédio e apaguei as luzes da sala, para então andar até mais perto do Midoriya.
Izuku: Ah, Kamari. - parou seus chutes e me mirou - Não sabia que estava aqui ainda, o que veio fazer?
Kamari: Bem.. eu estava meio que sem fazer nada, então eu fiquei te observando treinar até agora, e... eu estava pensando.. por que não levar isso um pouco mais a sério? - quando eu terminei a última frase, eu fechei meus olhos e liberei o DNA do lobo em meu subconsciente, e então abro meus olhos, os quais já estavam amarelos e brilhantes.
Izuku: A-ah.. bem.. não tenho certeza, até porque os outros podem ouvir a luta e acordarem, e também... eu estou preocupado quanto a sua transformação no treino em equipes. - falou num tom mais receoso e segurando em seu outro antebraço.
Kamari: .. Oh.. isso... mas.. os DNA's me disseram que eu só me transformo daquela forma quando uma emoção muito forte me invade, as emoções negativas no caso, mas eu até que entendo o seu primeiro ponto, tudo bem.. deixemos pra depois. - me virei para começar a andar de volta pra sala, mas a voz do Izuku me freia.
Izuku: Espera... poderia me explicar mais sobre essa transformação se você souber mais sobre? É que.. eu queria verificar se o meu potencial bate com o seu. - eu não falei nada por uns segundos, mas logo eu o observei e sorri um pouco.
Kamari: Claro, eu explico. - logo antes de eu começar a falar, o Bakugo entra pelo portãozinho aberto de muros baixos, e ele estava vestindo seu traje de herói, já que estava de patrulha.
Izuku: Kazinho.. oi.. como tá indo a ronda?
Bakugo: Parece que você tá conseguindo lidar um pouco melhor com o One for All. - com essa frase, o Midoriya põe seu indicador na frente de sua boca e fica com um semblante mais cauteloso.
Izuku: Ah? A gente não pode falar disso aqui, e se alguém ouvir alguma coisa?
Bakugo: Você sabe que eu não gosto de esperar.
Izuku: Ah sim, pode ter certeza que eu sei muito bem disso. Afinal, a gente se conhece desde criança. - após essa frase, o Katsuki para o seu andar de costas pro Brócolis e eu.
Bakugo: Então agiliza e faça com que esse dom seja seu logo, aí sim a gente vai poder lutar, e então eu vou provar pra você e pra todos que eu vou ser o herói número um e você vai ficar só comendo poeira.
Izuku: .. Sim, eu vou dar o meu melhor pra conseguir falar que este poder é meu, e assim eu vou ser o maior herói do mundo. - finalizou a frase com um sorriso encorajador.
Bakugo: E eu vou te superar e ser o maior dos maiores. E a mesma coisa vale pra você sua vira-lata. - apontou desdenhosamente pra mim - Não importa que poderzinho novo você consegue com qualquer desgraça que aconteça, esses seus olhos amarelos não me intimidam, eu também vou te superar e vou parar de ter que ficar atrás de você. Hmp.. você vai ver como eu vou cobrir a sua vista estando na sua frente, mal vai conseguir ver o quanto eu vou avançar a mais do que você. - depois da fala dele, eu esbocei um pequeno sorriso.
Kamari: Claro primo, eu também vou mostrar pra você o máximo que eu posso, e talvez seja você que fique tão no chão que não consiga me ver avançar. - uns segundos de silêncio se passaram com nós três nos encarando mutuamente, até que uma voz nos chama a atenção.
???: Com licença. - falou uma voz de criança, mais especificamente um menino, e nos viramos para vê-lo, e era exatamente isso, um garotinho de cabelos ruivos-castanhos, com sardas no nariz, um chapéu, macacão com suspensório e com camisa branca por baixo, tênis e uma bolsa amarela.
Izuku: Ué, Katsuma? Por que você tá aqui?
Katsuma: Eu.. vim avisar que aqui... tem um vilão. - falou a última frase numa voz um pouco mais alta.
Izuku: Um vilão? On... - foi interrompido bruscamente pelo Bakugo, quem afastou o rosto do Brócolis com uma bela bolacha.
Bakugo: Anda logo pirralho, fala pra gente onde ele tá!!! - gritou num nível desnecessário.
Katsuma: Eu vi ele indo por ali. - apontou pra um caminho de pedras depois de um quarteirão pra frente da agência.
Bakugo: Então vamos logo! - segurou o pobre do menino de uma forma muito inadequada, e então eu e o Deku fomos atrás do Kazinho, e andamos em alta velocidade até chegarmos numa trilha de asfalto no meio de gramas altas, e continuávamos seguindo em linha reta - Por que você tá vindo junto Deku?
Izuku: É que se for um vilão de verdade você pode precisar de ajuda.
Bakugo: Eu já disse que dou conta sozinho! E você prima estúpida?!
Kamari: Vou me assegurar que você não mate esse menino antes de chegarmos no local ora bolas.
Bakugo: Sai daqui de uma vez! - deu um grande impulso com uma explosão pra cima, e eu liberei minhas asas para acompanhá-lo - Vai.. me fala onde tá o desgraçado do vilão moleque!
Katsuma: Olha, bem ali naquele castelo em ruínas.
Bakugo: Ah você devia ter dito isso antes! - deu outro grande impulso com a explosão, mas desta vez para frente, pois as ditas ruínas ficavam em outra pequena ilha conectada a Nabu.
(Essa aqui ó:)
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Quatro metades.. duas inteiras (Shoto Todoroki x Oc)
FanfictionUma menina com uma vida ''maravilhosa'', com pais maravilhosos e um passado ''maravilhoso'', numa história maravilhosa como essa é certeza de que absolutamente nada iria dar errado... não é?... - Eu sou.. uma arma... (Tem um motivo pra capa ok :3) M...