Magenta

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Magenta uma cor entre o vermelho e o rosa; uma cor que só existe aos olhos humanos. Mais um vez o vermelho se fazendo presente na vida dos Cullen.

Um cor ilusória como essa pode significar muitas coisas como, outras ilusões; o fim das ilusões; ou até mesmo a realização de uma ilusão.

Magenta está presente no primeiro dia de aula da Flora, pois além dos comentários desagradáveis que ouviu dos colegas de classe sobre ser autista teve que lidar com um passado que tão pouco sabia que existia e entendia.

•••

O dia começou agitado no mundo interno e tranquilo no mundo externo de Flora.

Todos estavam tomando o máximo de cuidado com o dia tão esperado e preocupante de todos, o primeiro dia de aula da Cullen mais nova.

Esme passou a semana inteira com um mal pressentimento e a única que levou a sério foi Carmen que também tinha um mal pressentimento sobre o dia, que praticamente se tornou um evento dos mais aguardados e temidos de todos.

Flora passou a semana inteira calada, o que foi um choque a todos, afinal de contas, desde que a pequena aprendeu a falar está sempre falando. Outra que coisa no comportamento da mais nova que os deixou alarmados, foram os desenhos dela, desde que aprendeu as cores todos os desenhos também ganharam cor, mas na última semana eles voltaram a ser preto e branco.

As matriarcas dos clãs passaram a noite velando o sono do seu bem mais precioso. O medo estampado nos rostos das mesma, enquanto que o restante vivia em um mundo ilusionístico de que tudo daria certo e ninguém sairia machucado ou magoado.

As seis horas da manhã Carmen deixou Esme a sós com a filha, pois sabia que elas precisavam desse momento sozinhas. As seis e meia da manhã Esme acordava a pequena que se agarrou a mãe com medo de como seria o resto do dia.

— Jujuba, nada vai acontecer com você_ a morena repetia isso como um mantra na tentativa de se convencer de que sua intuição estava completamente enganada

— Mamãe, e se não gostarem de mim?_ perguntou com os olhinhos repletos de receios

— Jujuba, não tem como agradar a todos. Sempre terão pessoas que não vão gostar de nós, por isso devemos focar só em que gosta de nós_ tentou passar confiança em suas palavras_ E mesmo que ninguém na escola goste de você, quando você chegar em casa eu estarei te esperando, louca pra te abraçar e ouvir você falar como foi seu dia_ falou fazendo cócegas na filha na tentativa de tirar um sorriso dela

— Para mamãe!_ a mais nova dizia rindo

Quando a mais velha parou o pai da menina entrou no quarto achando fofo o relação mãe e filha.

— O que ouve aqui_ perguntou entrando na brincadeira

— A mamãe tava fazendo cosquinha em mim papai. Briga com ela!_ terminou de falar com um sorriso travesso no lábios

Apenas com o objetivo de ouvir a risada dela novamente, começou a brigar com a noiva de brincadeira que também ria.

— Por que está fazendo isso com a minha florzinha? Não pode!_ levantou o dedo pra dar a impressão de que estava repreendendo

— Tudo bem_ levantou as mãos em sinal de redenção_ Peço perdão a senhorita_ deu um sorriso lindo a filha

— Só perdoou por que gosto do seu sorriso mamãe_ abraçou a mesma e deixou um beijo na bochecha dela

— Obrigada Jujuba. Mas agora está na hora de se arrumar para a escola_ falou e a menina concordou meio contra a gosto_ Precisa de ajuda?_ perguntou

— Não mamãe, eu já sou uma mocinha. Tenho sete anos, mamãe_ respondeu com as mãozinhas na cintura

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