Capítulo 16

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 Enquanto Ari dormia tranquilamente no sofá da sala do apartamento de Nico, com Boris deitado ao seu lado, ele folheava os velhos cadernos que ganhou

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Enquanto Ari dormia tranquilamente no sofá da sala do apartamento de Nico, com Boris deitado ao seu lado, ele folheava os velhos cadernos que ganhou. Ela estava ansiosa ao saber que Theo havia voltado de viagem, era quinta-feira e Nico pretendia ir ao hospital. Por isso, resolveu fechar os olhos e tentar dormir enquanto estava com o colar, assim o tempo passaria mais rápido. Não sabiam se seria o dia em que ele tentaria algo, mas Nico prometeu aos fotógrafos que iria e queria cumprir.

Nico parou na última página escrita no caderno roxo, era uma música inacabada que escrevia quando descobriu que Ari estava noiva. Não voltou nela, e desde aquele momento não conseguiu mais terminar nenhuma composição. Todas que criava ficavam pela metade, como se faltasse algo sempre, o que deixou a banda preocupada. Ele a olhou e sorriu antes de levantar e ir até o quarto, que transformou em um escritório e estúdio, fechando a porta para não vazar o som e acordá-la.

Pegou um dos violões, um lápis e sentou na cadeira em frente a uma mesa. Pensou por um tempo, dedilhando o violão e lendo o que já tinha escrito, tentando lembrar do que planejava para aquela música e como se sentia. Riscou algumas palavras, escreveu outras no lugar, testou acordes. Pouco a pouco tudo parecia se encaixar e fazer sentido para ele. Cantarolou baixinho enquanto tocava. Sentia-se bem compondo, o ajudava a colocar para fora os sentimentos que não conseguia expressar de outra forma.

Nesses momentos não via o tempo passar, não sentia nem mesmo fome. Quando terminou, tirou foto da folha do caderno e gravou um áudio tocando e cantando para enviar no grupo da banda. Disse apenas que gostaria de colocá-la na lista da festa de comemoração, fariam um pequeno show com algumas músicas para relembrar os velhos tempos. Convidaram bandas que também tocavam na quinta-feira e que ainda estavam ativas para compartilhar o palco. Enquanto enviava a mensagem, ouviu Ari abrir a porta e a olhou.

— Nico? Tudo bem? — disse se aproximando dele.

— Sim, dormiu bem? — falou, colocando o violão no suporte, o celular em cima da mesa e a puxando devagar para o seu colo. — Acho que perdi um pouco a noção das horas.

— Dormi, com o colar consigo até sonhar. Pelo que vi no relógio da sala já passou das seis da tarde.

— Então está quase na hora de irmos para o hospital. Só esperar o trânsito do horário melhorar e saímos, ok?

Ari concordou e olhou para o caderno roxo aberto em cima da mesa. Iniciou o movimento para pegá-lo e Nico fechou rapidamente rindo.

— Ei, não posso ver?

— Agora não, curiosa.

— Estava compondo algo?

— Talvez — ele sorriu e deu um beijo no rosto dela.

— É sobre mim?

— Talvez.

— Ai, Nico, quando vai me mostrar?

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