Capítulo 10

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PARTE 1

Era uma tarde de janeiro, quando Beatriz estacionou o carro do Gabriel em uma das vagas do Maracanã. As notificações do seu celular eram anormais, mas naquele dia em específico ela as adorava, mesmo que uma parte do seu coração ansiava para receber uma específica, de Arthur.

— Vem, Teteu — ela saiu do carro e tratou de pegar os ingressos.

— O Gabi já tá esperando a gente?

— Sim, meu amor — ela ajeitou os cabelos rebeldes do garoto — Mas antes a gente vai encontrar a Helena.

Beatriz viu a morena esperando ao lado do balcão onde validavam os ingressos. Aos poucos a Loira começava a perceber que Helena era muito mais do que ela aparentava, e ela se sentia bem, por sua amiga confiar nela.

— Olha a aniversariante do dia. Feliz aniversário, amiga — Helena abraçou Beatriz, e lhe entregou uma sacola da pandora com um laço rosa em cima — eu sei que você disse que não precisava, mas caracas, é seu aniversário. Você merece demais!

Beatriz não gostava de receber presentes, mas aquele fez com que os olhos da menina se enchessem de água. Era um pingente da silhueta de um menino com boné para a sua pulseira, igual ao do colar que ela sempre usava.

— Eu amei, amiga, muito obrigada — ela abraçou mais uma vez a morena — Cadê o seu acompanhante?

— Está vindo — ela apontou para o rapaz usando a camisa do flamengo branca, e de óculos de sol.

— Marcos, essa é minha amiga Beatriz e o filho dela Mateus— Helena falou assim que ele se aproximou — Beatriz e Mateus, esse é o Marcos.

Eles se cumprimentaram, e a loira fez uma anotação mental para apagar o nome do Rodrigo da sua cabeça, que era ficante de Helena até semana passada.

Ela entregou os ingresso, e logo foram para o balcão, onde ganharam a pulseira amarela que dava acesso aos camarotes.

— Que milagre é esse que você tá usando o manto do flamengo? — ela questionou e o Mateus gargalhou — e ainda aquelas do jogador, com patrocínio e tudo. E com o nome do Gabi! — Helena se exaltou e a loira a repreendeu com o olhar.

Beatriz analisou sua imagem no espelho do elevador. E lembrou da noite anterior, onde ele lhe entregou a sua própria camiseta, que tinha separado especialmente para a loira.

Sim, pelo Barbosa ela faria esse esforço.

E esse era um dos motivos por que Mateus estava tão animado naquele dia. Mas algo dizia a ela que Gabriel tinha tido a infeliz ideia de contar a surpresa que faria a Beatriz para o seu filho, o garoto que não sabia guardar segredos de ninguém.

— E a gente vai ficar no camarote de quem? — ela perguntou enquanto lia as informações no ingresso.

Beatriz fingiu não escutar a pergunta feita, e saiu do elevador assim que as portas se abriram. O andar do camarote para a sua felicidade estava calmo.

— Bia, de quem? — Helena parou de andar, enquanto via sua amiga abrindo a mochila do Mateus.

— Do Gabriel — Beatriz pegou o protetor solar e passou no rosto do garoto, que reclamava com ela.

— Gabriel Barbosa? — dessa vez o companheiro de Helena que questionou.

— Ele mesmo — os dois encaram a Beatriz — Uai gente, que foi?

— Me conta direito essa história, amiga.

Beatriz riu, e andou até a placa onde indicava o nome do camisa 10 do Flamengo, e abriu a porta. Ela teria ficado admirando o local por horas, se não fosse o despertador do seu celular tocar.

Faltavam 15 minutos para o início do jogo.

— Depois eu te conto — ela deixou a mochila do garoto em cima da mesa — agora preciso levar o, Teteu.

  Beatriz só não estava perdida graças ao tour que o Gabriel tinha feito com Mateus, e ela só conseguiu se localizar, quando viu as escadas que davam em direção ao campo.

O garoto correu para abraçar o jogador, assim que ele saiu do vestiário. E fizeram um cumprimento que Mateus andou ensaiando a semana inteira.

— Feliz aniversário, gatinha — ele a abraçou e em seguida deu um selinho rápido na advogada — como foi o seu dia?

— Está sendo perfeito. Eu amei a sua surpresa e principalmente a cartinha.

— Tem certeza que não ficou chateada, por não conseguir ficar com você hoje?

— A gente já conversou sobre isso, Gabi — ela entrelaçou a sua mão com a do jogador — eu não fiquei, era seu dia de concentração, tá tudo bem. Só não esquece que hoje tem jogo do Corinthians, e você e o Mateus vão assistir comigo.

— Combinado, amor — ele riu, e observou ela de cima a baixo — Você já é bonita demais, mas com essa camisa do flamengo, caracas, você ta gata demais.

— É que você não me viu com aquela branca do Corinthians — ele gargalhou.

— Gabi — Mateus que tinha entrado no vestiário, voltou correndo — estão te chamando.

— Já to indo, Teteu.

— Vai lá — ela ficou na pontinha do pé, e juntou mais uma vez os seus lábios aos dele — Bom jogo, meu bem.

Beatriz foi até Mateus.

— Mãe, você vai estar aqui quando eu voltar? — ele entregou seu celular para a loira.

— Sim, minha vida — ela abraçou o menino — se comporte

Beatriz agradeceu os camarotes por não estar tão longe do vestiário, e suspirou cansada de correr assim que entrou no camarote.

Helena tirava várias fotos e assim que viu Beatriz a chamou para se juntar a ela.

— Essa vai para o insta — ela falou pegando o celular e sorrindo com a foto.

— Eu preciso ver antes de você postar, amiga.

— Você ficou perfeita, Bia. Tenho certeza que o seu jogador falou a mesma coisa — Helena sentou nas arquibancadas, e Beatriz desejou que ela não reparasse em suas bochechas vermelhas — Me conta essa história, amiga.

A advogada se deu por vencida, e sentou ao lado de Helena, e ela não hesitou em contar desde o dia do acidente até o primeiro beijo deles.

— Vocês estão apaixonados.

— Será? — Bianchi encarou sua amiga.

— Logico que estão — a morena respirou fundo antes de continuar — A Beatriz que eu conheci no final do ano passado, era muito diferente dessa que está ao meu lado. Você finalmente encontrou o amor pra sua vida, amiga.

— Será?

— Você sabe que sim — a morena sorriu.

E no fundo, Beatriz sabia que tinha encontrado o amor para a sua vida, quando ela menos esperava.

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NOTAS DA AUTORA

Oie pessoal, tudo bem?

Acharam que eu esqueci de postar o capítulo hoje?! Sim, eu realmente esqueci kkkk

Precisei dividir esse capítulo em dois, porque como uma boa autora eu sei que poucas pessoas encarariam um capítulo com exatas 2.258 palavras. Normalmente eu resumo minhas ideias quando o capítulo começa a ficar longo, mas felizmente dessa vez eu não consegui resumir, e no próximo vocês entenderam o porquê.

Enfim, até semana que vem!

SORTE NO AMOR | Gabriel BarbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora