MEW
Tive que me controlar para não fazer algo que não deveria. Corri para o banheiro e entrei debaixo do chuveiro frio. Mas, ao contrário do efeito esperado, meu corpo continuava quente. Eu ainda sentia o meu corpo corresponder ao desejo por aquele anjo inocente. Eu não quero que ele me veja assim, preciso dar um jeito. Peguei uma quantidade generosa de sabonete líquido em minha mão e fiz algo que não faço desde minha adolescência.
- Ahhh... Bebê... – Gemi baixo para que ele não ouvisse. Como pude fazer aquilo? Ele pode pensar errado. Não posso deixar isso acontecer. – Porra, Mew! Pense em outra coisa... Pensa nas mulheres que se jogam pra você... Não pense nesse anjo inocente... – Eu tentava trabalhar minha mente, porém a imagem que eu via e a voz que eu ouvia, era daquela criança. Seu sorriso tímido, seu rosto corado, seus olhos inocentes e brilhantes... – Puta que pariu... Porra, Gulf... Ahhh... – Acelerei os movimentos da minha mão e senti meu pau pulsar em minha mão, liberando jatos de gozo. Eu estava ofegante, apenas observando a água lavar os resquícios do meu prazer. Terminei o banho, enrolei a tolha em minha cintura e me aproximei da pia, olhando fixamente para o espelho. – Mew! Você é um filho da puta pervertido! Ele é uma criança! – Uma criança fofa e inocente de 16 anos que está me deixando louco de tesão. – Eu estou fodido!
Deixei a culpa me consumir e a briga interna entre minha mente e meu coração se estabelecer dentro de mim. Saí do banheiro e ele não estava no quarto. Troquei de roupa, colocando apenas uma calça moletom e me joguei na cama. Minutos depois, a porta foi aberta e ele apareceu segurando uma garrafa com água e um prato com torradas.
- Phi... Eu trouxe algo para você comer. – Ele diz baixo sem olhar para mim.
- Deixe o prato ali e deite-se aqui. – Eu pedi e ele fez, deitando do meu lado, de frente para mim. – Devia ter secado o cabelo, bebê. Vai ficar resfriado.
- Fiquei com preguiça. Não está com frio? – Apontou para meu peito desnudo.
- Não. Na verdade... Eu quero falar com você.
- É sobre o que aconteceu? – Assenti. – Ok.
- Eu quero te pedir desculpa. Eu não quero que pense que fiz aquilo pensando em ter alguma coisa. Você é alguém muito especial para mim e não quero te magoar.
- Eu sei, phi. Eu confio em você. Eu não quero atrapalhar a sua vida... Você tem uma namorada, eu sou apenas um garoto...
- Shii... Não quero que fale essas coisas. Você não me atrapalha em nada... Sobre namorada, não tenho uma. E mesmo que tivesse, eu não te deixaria escapar de mim. Então tenha consciência de que você é meu. – Vou me arrepender? Sim, não por gostar dele, mas de magoá-lo.
- Eu... – Ele ficou todo vermelho. Não aguentei e me aproximei dele roubando um selinho. Sorri escondendo o rosto na curva do seu pescoço, sentindo o cheiro de sabonete. – Isso faz cócega. – Ele ri se encolhendo.
- Quer assistir um filme? – Ele assente e se ajeita na cama.
Meses depois...
Os meses foram passando, estamos em janeiro. Gulf já estava mais confortável morando comigo, as sessões de terapia com minha mãe era todo fim de semana. Ele está indo bem na escola, terminou a 5° série com ótimas notas. Fizemos uma festa de aniversário para ele e o levei para a praia junto com meus sobrinhos e minha irmã.
Havíamos acabado de chegar em casa, quando recebi uma ligação de Mile.
- Fala!
- Encontrei algumas coisas sobre Gulf e a família. Se quiser me encontrar, estou no restaurante de sempre.
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Dança com lobos
FanfictionA vida de uma criança é marcada por uma tragédia. Aos 15 anos,é obrigado a dançar em uma boate para homens da alta sociedade tailandesa em troca de comida e um lugar para dormir. Até que um homem misterioso aparece. o garoto sente que esse homem pod...