Capítulo 6 - Novo Lar

231 51 100
                                    

GULF

Já tinha um tempo desde que P'Mew estava no closet arrumando as malas. Já tinha muitas coisas no carro, como cobertores, roupas de cama, lençóis e os travesseiros. No canto, perto da porta estavam as malas com minhas roupas e roupas dele.

- Phi... Posso ajudar em alguma coisa? – Eu perguntei vendo ele andar de um lado a outro.

- Não. Eu estou acabando. Durante a semana eu venho pegar o restante. – Ele diz pegando uns papéis na gaveta.

- Filho... – A mãe dele entra no quarto.  – Não precisa ir...

- Mãe... Eu... Gulf. – Olhei para ele assim que ele me chama. – Vá ficar com os outros. Eu aviso quando eu terminar.

- Tá.

Saí do quarto e caminhei pelo corredor. Antes que eu descesse, a porta do quarto abre.

- Gulf! Vem... – Jom me puxa para entrar no quarto. Olhei ao redor e me impressionei. O quarto tinha uma mistura de rosa, lilás e branco. A parede tinha vários ursinhos de pelúcia em prateleiras.

- Terra chamando Gulf! Tudo bem? – Ela chamou minha atenção estralando seus dedos na frente do meu rosto.

- Sim. Eu estou bem. Eu só fiquei... Impressionado. Gostei do seu quarto.

- Obrigada. E ai... O que vocêp está achando de morar com meu irmão? Tipo... Vocês vão morar sozinhos...

- Pare de enrolar tia Jom. Fala logo que você quer saber se eles vão namorar. Pera! Isso pode? – Yin falou e eu arregalei os olhos.

- N-namorar?

- É. Vai dizer que não acha meu irmão um gatão? Eu shippo vocês dois.

- Eu não vou namorar seu irmão.

- Quem sabe no futuro? – Ela disse.

Ficamos conversando por um tempo até que Mew apareceu na porta. Descemos as escadas e quando saímos para a entrada onde o carro já estava, me despedi dos meninos, da Jom e da mãe dele.

- Vai ficar tudo bem, meu querido. Qualquer coisa me liga. – Ela diz me abraçando e dando um beijo no topo da minha cabeça.

- Ok.

MEW

Estava dirigindo há um tempo até o apartamento. De canto de olho pude ver Gulf olhando para a janela, calado. Ele não tinha culpa do que estava acontecendo e nem sobre o fato de eu odiar o meu pai. Chegamos no prédio de luxo que fica no centro de Bangkok, entramos na garagem.

- Onde estamos? – Ele pergunta assim que estaciono o carro.

- Eu tenho um apartamento aqui  nesse prédio. Vamos morar aqui agora. – Falei olhando pra ele.

- Oh... Quer ajuda pra pegar as coisas?

- Vamos subir primeiro. Depois pegamos as coisas.

Saímos do carro e fomos até o elevador privativo da cobertura. Aproximei o cartão no leitor  e em pouco minutos já estávamos subindo.

- Eu vou mandar fazer uma cópia do cartão do elevador e do portão de entrada pra você. Esse elevador só funciona com o cartão, então não tem perigo de qualquer pessoa entrar. E o mesmo cartão é o que abre a porta. – Falei e ele me olhou. – Quer tentar? – Ele assentiu e pegou o cartão. Assim que o elevador abriu, um pequeno hall separava o elevador da porta de entrada do apartamento. Gulf apontou o cartão no leitor e segundos depois a porta foi destravada.

Liguei as luzes e me arrependi de ter vindo pra cá hoje. Em todo canto, tudo o que se via era uma vasta cobertura de poeira e lixo. Os vidros das janelas estavam opacos devido a sujeira. Alguns móveis estavam cobertos com lençóis, mas outros estavam descobertos. Gulf andou pelo lugar e a cada passo, suas pegadas ficavam visíveis.

Dança com lobosOnde histórias criam vida. Descubra agora