Capítulo 2 - Quando Você Chegou

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GULF

Assim que empurro aquele homem, sai correndo e me tranquei no banheiro. Ao contrário do que eu sentia quando era tocado pelas pessoas, eu me senti aliviado. Os seus olhos não tinha aquele brilho perverso, era um brilho diferente. Mas, ainda sim, eu tinha medo. Olhei no espelho e vi o pequeno corte na minha bochecha. Eu sabia que o que eu fiz seria passível de punição. Joguei um pouco de água no meu rosto para amenizar a ardência nos meus olhos devido a vontade de chorar. Ajeitei minha roupa, destranquei a porta e saí. Eu andei pela boate e de repente fui puxado pelo braço.

- Me solta! - Eu tentava empurrar o homem, mas o aperto em meu pulso era forte e começava a me machucar.

- Calma ai. Eu só quero sentir o seu corpo e seu perfume.

- Não toque em mim - Assim que eu disse, dei um tapa no braço dele, mas ele revidou com um em meu rosto.

- Moleque insolente... Acha que é quem pra me bater? - Ele diz e me puxa novamente, me apertando.

- O que está acontecendo aqui? - Lauren diz ao se aproximar.

- Esse filho da puta me bateu. Apenas lhe dei o que merecia.

- Causando problemas novamente, Type? - Ela diz me olhando com raiva.

- Não senhora. Eu... Só queria sair um pouco. Não estou muito bem. - Eu menti, mas essa seria a única forma de sair dali.

- Hm. Então... O que posso fazer pra compensar o Senhor? - Ela diz sorrindo para ele.

- Quero uma noite com ele.

- O QUE?! - Falei espantado. Ela não permitiria isso. Não é?

- Uma noite com ele é impossível. - Respirei aliviado. - Mas, pode fazer o que quiser com ele por 15 minutos. 18 mil bahts. - Ela diz e eu me recuso.

- Não! Eu não vou fazer isso. Eu não quero.

- Você vai! Me obedeça ou você vai ficar de castigo sem comida. Tá me ouvindo. - Ela dizia baixo apenas pra mim.

- Por favor mãe. Eu faço qualquer coisa, qualquer coisa menos isso. - Eu implorava em meio ao choro. Se eu tivesse ficado com Waan eu não estaria assim.

- Ele é seu filho? - O homem perguntou.

- Não. Ele é sobrinho de uma funcionária. Então... Vai quer 15 minutos com ele?

- Pago 36 mil por 30 minutos.

- Hmm... Ele é todo seu! - Ela diz e o homem se levanta me puxado e me apalpando.

- NÃO!!! POR FAVOR MÃE! ME SOLTA... ME SOLTA!!! EU NÃO QUERO!!! - Eu me debatia nos braços dele, até que senti uma picada no meu braço. E então, tudo ficou escuro.

MEW

Após o garoto sair correndo e eu ler aquele papel, eu paguei a conta e saí da boate junto de Mile. Eu não sabia o que fazer ou o que pensar. Aquele pequeno papel com um pedido de ajuda mexeu com algo dentro de mim. Liguei para Tong, que atendeu no quinto toque.

- Alô? O que aconteceu? - Ele pergunta assim que atendeu.

- Preciso de uma resposta agora. Se você visse um bilhete de ajuda, o que você faria? - Eu dizia atropelando as palavras. Eu me sentia nervoso sem saber o motivo.

- Bom... Hmm... Eu ajudaria a pessoa. Porque?

- Nada. - Falei e desliguei o telefone. - Vamos. - Chamei Mile, que entrou no carro sem fazer perguntas.

Deixei Mile na porta do seu prédio e fui para minha casa. Assim que cheguei, nem bem passei pela porta, a mulher loira veio pra cima.

- O que está fazendo aqui? - Falei irritado empurrando ela, que caiu no chão.

Dança com lobosOnde histórias criam vida. Descubra agora