Capítulo 6: A Historia de Terror Mais Curta do mundo

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Acabei de sair do banheiro, o cheiro de esgoto não esta mas em meu corpo. Eu preciso ajeitar o gerador antes de anoitecer, não quero passar mais uma noite a luz de velas.

Estou vestindo minha roupa para começar o dia, tenho uma lista de coisas para fazer hoje:

LISTA DE AFAZERES

-Verificar se a bomba esta drenando água

-Verificar se a plantação esta dando fruto

-Concertar o gerador

-Montar os painéis solares na casa

-Botar ração para o Bob

:)

A parte boa é que não preciso fazer ela numa ordem certa.

Estou vestido com umas roupas que eu consegui em um shopping aqui perto, uma camisa quadriculada preta com uma calça moletom leve, e claro, minhas botas reforçadas.

Saio do quarto e vou ate a cozinha, Bob salta do sofá e começa a miar para mim "Ele deve esta com fome" me pego pensando. Vou ate a cozinha e pego um pedaço de carne que estava secando encima da mesa, corto um pedaço e dou para Bob que agora estava sobre as duas patas pedindo comida, eu faço carinho nele e me dirijo até a porta da frente, o dia esta bonito hoje, pelo visto a chuva resolveu da uma trégua. Eu vou deixar o mais fútil pra depois, vou ate a parte de trás da casa e pego uma caixa de ferramentas que estava perto de uma babosa, e carrego ela ate o gerador que se localiza a esquerda da casa.

Uma caixa feia de metal escorada em um muro de madeira, encima dela tem um funil para gasolina, infelizmente toda a gasolina saiu da validade nesses últimos anos. Pego a caixa de ferramenta e tiro de dentro uma chave de fenda e começo a desparafusar uma chapa de metal que fica na lateral do gerador, quando tiro a chapa eu vejo um embolorado de fios torrados, o cheiro de queimado arde no meu nariz, tenho um trabalho longo pela frente.

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Depois de trocar toda a fiação do gerador e limpar profundamente por dentro, eu recolho minhas ferramentas e aproveito para da uma volta ao redor do terreno e ir até a plantação que fica a direita da casa. A plantação é simples e pequena, mas me da muitas dores de cabeça por causa das pragas, devido ao fato de todos terem sumido, os insetos ficaram livres para se reproduzirem e destruírem tudo, pela falta de pesticida eu quase ia perdendo minha plantação no ultimo ano, graças a alguns animais, esses insetos foram sendo devorados aos poucos.

Dou uma breve caminhada pela área da plantação, as batatas estavam crescendo e os tomates também, algumas arvores perto também estavam dando frutos, vou ate uma sacola de pano que esta encima de uma cadeira na direita da plantação, pego ela na mão e começo a colher as verduras e as frutas, depois eu separo elas.

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Não muito longe da plantação, tem uma casinha de tijolos e la é onde esta o drenador de água. Eu caminho até a casa com a maleta de ferramentas na mão, chegando na casa eu empurro a porta e escoro ela na parede, o lugar tinha uns cinco metros quadrados e bem no meio da casa tinha um motor que drenava agua do chão, eu vim morar nessa casa 5 anos depois da Grande Tempestade, por um azar gigantesco um dos prédios que foi atingindo quando o avião caiu, era onde eu morava, então eu resolvi me mudar para o campo.

Chego mais perto do motor e ele esta funcionado perfeitamente, dou uma olhada dentro do poço de onde ele esta drenando a água e parece esta tudo limpo. Dou meia volta e saio da casinha, me viro para a esquerda e coloco a caixa de ferramentas no chão, e pego uma escada de madeira que estava escorada na casinha, coloco ela por cima dos ombros e caminho até o chalé e depois encosto ela em pé na parede do chalé, agora tenho que pegar os painéis e a caixa de ferramenta.

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Com a caixa de ferramenta do lado da escada e os painéis de baixo do meu braço, eu começo a subir as escadas para a instalação dos painéis, coloco eles seguros encima do telhado e desço pra buscar alguns parafusos e ferramentas. Subo no telhado e pego um painel e o coloco de baixo do braço, vou subindo devagar ate o topo do telhado, chegando lá eu encontro o velho painel solar que tinha sido acertado por uma raio, eu desparafuso ele e taco de cima do telhado pro chão, e pego o que estava de baixo dos meus braços e o parafuso no lugar. Estou terminado de instalar o segundo painel, quando vejo no horizonte algo que chamou minha atenção, um rastro de fumaça parecia vim por traz das arvores ate o céu, minha intuição diz que um raio pode ter caído numa arvore ou coisa parecida, mas eu teria ouvido se fosse o caso.

Estou descendo as escadas quando eu escuto as coisas ligando dentro de casa, eu deito a escada no chão e pego a caixa de ferramentas na mão, e vou pra dentro de casa. Ainda bem que consegui terminar tudo antes de anoitecer, dentro de casa eu começo a desligar algumas luzes para poder economizar energia, tenho que aproveitar a luz natural. Resolvo comer algo e depois vou tomar outro banho, estou um pouco cansado e então resolvo tirar um cochilo.

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Muito escuro, não consigo enxergar nada ao redor, me levanto da cama e vou ate a penteadeira que fica do lado da porta, encima dela tem uma vela e um fosforo, eu pego o fosforo risco ele e uma luz fraca ilumina o cômodo, acendo a vela saio do quarto e vou acendendo algumas velas no caminho. Vou ate a cozinha e ligo a luz do teto, ela termina de iluminar o resto da casa, eu estou com vontade de beber e pego um vinho que estava guardado no armário, a parte do boa do fim do mundo é poder beber vinho caro de graça. Me sirvo uma taça e vou ate a sala e me sento na minha poltrona, me sinto muito bem e calmo, eu mereço um repouso depois do que aconteceu no esgoto.

Eu acabei adormecendo no sofá e acordo no susto depois de um raio, passo a mão no rosto e coloco a taça no chão encostada na poltrona, me levanto e vou ate a cozinha para desligar a luz, só as velas iluminam a casa agora. Estou saindo da cozinha e indo em direção ao quarto, quando meu corpo trava como se eu tivesse esperando algo, balanço a cabeça e continuo andando em direção ao quarto, estou quase na porta quando de repente eu consigo oque queria.

Toc...toc...toc...

Alguém bateu na porta da frente.

Solum: IntempérieOnde histórias criam vida. Descubra agora