capítulo 06

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" Calma é a melhor virtude que alguém poderá ter."

Franzindo a testa, jogo o livro longe.

Faz um dia que a visita inesperada aconteceu, e durante esse tempo venho pensando sobre como eu estava só de sentir ele me tocando.

Era uma sensação tão boa que chega a ser irritante, pois é provável que me renda só pra senti-lá novamente.

Não! É óbvio que não...

Nunca mais deixarei que me toque do jeito que bem entender!

Estou furiosa, com ele e, principalmente, comigo.

Durante essas horas, escondi facas por todo quarto. não sei quando virá de novo e tenho que estar preparada.

Depois de mais horas, cheguei a conclusão que estava louca.
Não era possível isso ser real, eu devo ter alucinado.

Não! Eu senti!

Um demônio?  Isso, levando em conta o fato que 'isso' parou de me atormentar quando me mudei, o problema deve ser a casa.

Levantei-me e fui em direção a mala, pegando uma pequena bolsa de dentro e voltei a sentar na cama.

Abro a bolsa, pegando o terço que minha mãe avia colocado na bolsa, tanto na minha, quanto na de Bella.

Sinceramente, nunca fui religiosa. posso contar nos dedos as vezes quais orei ao Deus, mas não tenho outra opção agora.

Me ajoelhando ao lado da cama, aperto o terço, torcendo pra que minha ideia dê certo.

O que eu falo?

Caralho, você não sabe orar?!

Não quis falar palavrão, desculpe...

Bem... Eh... Deus? Me ajuda! Tem um demônio maníaco me perseguindo, teria como dar um fim nele... Quero dizer... agora, por favor!

— Anne?— Bella está parada na porta do meu quarto, sorrindo sarcástica.— não sabia que era do tipo religiosa.

A vejo rir da minha cara e contento para não lhe dar um bom tapa.

Levanto depressa.

— não sabe mais bater?— pergunto, emburrada.

Vejo ela segurar a risada.

— estou surpresa. Não era você quem fez um show dentro da igreja, falando mal sobre o cristianismo com cinco anos?
É, mas eu tenho que apelar pra o que eu conheço, caso dessa não der estou pensando em outras opções.

Satanismo talvez?

— tá tá...— reviro os olhos.— o que quer?

Vejo ela entrar em meu quarto, sentando na cadeira da escrivaninha.

— eh que...— ela olha só redor, claramente nervosa. Seu olhar para onde antigamente era o meu antigo abajur.— onde está o abajur?

Saio da porta, indo em direção ao terço, guardando-o.

Eu quebrei em um surto de frustração. Bom, não posso falar isso...

— quebrou. Fala logo o que quer!— desconverso rapidamente, a vendo voltar ao jeito que estava, nervosa.


Como se estivesse criando coragem, vejo ela suspirar e olhar para mim.

— você sabe que eu e o Edward estamos mais próximos e...— uma pausa é feita.— ele me convidou para conhecer sua família,  na casa dele.

𝐏𝐄𝐐𝐔𝐄𝐍𝐀 𝐒𝐖𝐀𝐍Onde histórias criam vida. Descubra agora