capítulo 14

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O dia estava frio, como sempre, em Forks.
As árvores balançavam pela ventania vinda com a chuva, mas, mesmo assim, Anne Swan estava a caminho da escola. Estava confusa e assustada com a nova realidade  e se recusou a aceita-la facilmente ontem, onde fez diversos testes ao vampiro.

Seus olhos viram o que duvidaram e, mesmo assim, não acreditaram. A velocidade, a frieza da pele, tudo não era invenção de sua cabeça, por mais que desejasse ser, era tudo real.

Vampiros, lobisomens...

Estava com medo, aliás, acabara de descobrir que existe seres que podem lhe quebrar ao meio com total facilidade, acabou de descobrir que uma ficção é real.
Seu corpo ainda estava arrepiado, tentando se controlar, mas era quase impossível para  Anne. Era algo muito chocante, de fato.

Seu subconsciente gritava para que ela corresse, se afastasse o mais rápido de Forks e de sua estranheza, mas não podia.  Seu pai, sua irmã... Como eles ficariam? Claro, ela não podia os contar o que a angustiava, não acreditariam.

Os Cullens. Os Cullens eram vampiros, vampiros que conviviam com humanos, isso soava tão horrível para Anne. Sua irmã estava relacionada com um, ou melhor, com um romanticamente e com laços com o resto da família. Tinha que acabar com isso, tinha que livrar Bella o mais rápido possível disso.

Seu coração doía ao pensar em se afastar. Alice, Jasper, Emmet e até mesmo Rosalie com sua arrogância, a fariam falta, mesmo que não admitisse em voz alta.
Isabella era teimosa e Anne conhecia sua irmã. Mesmo que lhe desse um motivo plausível, não iria cortar seus laços, então resolveria por si só, de uma vez.

— você está bem? Está meio pálida...— Bella olha pra sua irmã, ainda dirigindo, perguntando com preocupação em sua voz.

Os olhos de Anne se curvam em um sorriso falso que, aparentemente, enganou a outra garota. Não demorou muito para chegarem na escola. O ar do lugar havia mudado para Anne. os irmãos do outro lado do estacionamento não lhe pareciam mais normais, para ela, pareciam caçadores perigosos.

Os olhos predadores a olhavam com ternura, como de costume, o que confundia Anne e a assustava mais. Estavam assim porque não sabiam que ela havia descoberto seu segredo, claro.

Precisava falar com Edward, principalmente, tinha que cortar o laço antes de que envolva o pescoço de Isabella.

Audição vampiresca foi algo que algo aprendido por Anne ontem, descobriu o poder de sua audição, a sua capacidade.

— Edward...

Com sua irmã já dentro da escola, seguiu em rumo á floresta próxima, uma atitude que seria considerada burrice pela mesma tempos depois. Não olhava pra trás e não precisava de super audição escutar os passos.

— eu sei o que vocês são.— sua voz é convicta e confiante, totalmente diferente de seu corpo traiçoeiro que tremia com a situação.

Seus passos foram diminuindo até que o som parou.

—  o que somos?— a voz de Edward soou atrás da garota, lhe refazendo a pergunta.

Os olhos da garota se reviram. Seu medo não diminui, mas sua raiva aumenta. Como ele foi capaz de se envolver com uma humana, apenas a colocando em risco?

— vampiros, Edward.—  disse ela.— lhe chamei aqui para lhe dizer para que se afaste de Bella! Não o quero a colocando em perigo. Sei que minha irmã negará de começo e posso parecer um pouco egoísta, mas é pra o nosso bem, então, por favor, suma.— seu tom é angustiado. As palavras saem rapidamente assustando a garota e vampiro que está calado.

[...]

Os quadros mostrados por carlisle eram velhos e bem conservados. Suas pinturas eram realistas e de ótima qualidade. Eram resquícios de sua vida há algumas décadas. Tudo tão único e verdadeiro que fizeram Anne acordar mais uma vez de sua realidade humana limitada.

Depois de seu surto de informações, Anne foi levada até a casa de Edward, junto a sua irmã, que mais tarde conta para sua irmã seu conhecimento sobre o fato anormal. Anne não poderia estar mais nervosa e confusa, estava em uma casa cheia de vampiros, aliás.  As palavras gentis e esclarecedoras de Carlisle e um chá feito por Esme fizeram seu coração encher de um alívio inevitável, mesmo ainda cheio de hesitação.

— esses são os volturi...— os contos de carlisle são ouvidos pacientemente pela garota, enquanto seus os olhos observam com atenção ao quadro antigo.

— têm a mesma dieta de seu clã?— a garota de fios castanhos deduziu, olhando para um carlisle de trajes de época, na velha foto.

Carlisle nega quase de imediato.

— na verdade, há poucos clãs que seguem esse tipo de dieta, apenas o olimpo, o de nossa família, e os Denali, amigos próximos.— o fato surpreende Anne.

Os olhos astutos da garota não param apenas na pintura do clã antigo, varrendo todo local, finalmente parando em algo de seu interesse e curiosidade. A pintura de cores frias retratava uma mulher de aparência bonita e poderosa, seus cabelos castanhos combinavam com seus olhos, olhos da mesma cor de chocolate. Em seus cabelos haviam cachos que combinavam perfeitamente com seu perfil. Suas vestimentas de luxo mostravam ser de um tempo mais antigo do que o da pintura anterior. Seus traços finos eram familiares, semelhantes á Anne.


— quem ela é?— Anne percebeu de imediato suas semelhanças. A pintura lhe parecia uma versão mais velha e mais atraente de si mesma.

— Catherine Petrova, única integrante do clã mais poderoso da história, o clã Petrova.— os olhos de Anne não saiam da tela pintada, parecia hipnotizada.  Estar sob efeito de hipinose, no entanto, não a impediu de ouvir com atenção as palavras do médico loiro.

— ainda vive?— Anne não se referia a vida no literal,  sabendo da falta de tal característica dentre a raça vampira. Carlisle, no entanto, pareceu entender perfeitamente suas palavras curiosas.

— não, está morta há séculos.— carlisle parecia entender o motivo de tal curiosa, era capaz de ver, melhor de que um humano, as semelhanças.

Assim que os olhos surpresos e curiosos de Anne desgrudam da tela, é capaz de ver o homem em sua frente a observando com cautela, o quê era comum de se esperar. Anne soube de muitas coisas de uma noite para o dia, era de se esperar mais alguns surtos de sua parte. Entretanto, a garota estava calada, calada até demais.



[...]

— esclareceu as informações?— a voz do homem em sua cama é ouvida assim que entra em seu quarto.

A garota parecia estar organizando as informações em sua mente confusa e o homem, pela primeira vez desde seu primeiro contato, respeitou seu silêncio. Estava calado, enquanto observava atentamente cada passo dado pela garota. Ao tirar seu casaco, Anne sente a temperatura fria da casa, estranhando um pouco esse fato. Seus olhos se voltam para a janela aberta, entendo o motivo de tal frio.

— sim...— a humana responde de forma simples, não se incomodando com a presença do homem.— algumas coisas.— seus olhos se encontram com os do homem, deixando claro seu interesse pelas informações ocultas por ele.

O homem logo nega firmemente.

— não, não, não...— fala bem humorado.— saberá assim que eu achar que estiver pronta.— seu controle sobre as informações irritava Anne.— lembra de nosso acordo, não?

Anne lembrava como se fosse ontem, aliás, foi mesmo na noite anterior que lhe prometeu não lhe exigir as suas informações por outras informações sobre a raça vampira. Grunhindo em aborrecimento pelo seu ato idiota e impulsivo, a garota logo corta o contato visual.











𝐏𝐄𝐐𝐔𝐄𝐍𝐀 𝐒𝐖𝐀𝐍Onde histórias criam vida. Descubra agora