capítulo 11

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Pela ventania causada pela chuva forte, os cabelos castanhos de Anne logo se espalharam pelo ar. A garota, sendo levada pelo tédio de passar a tarde inteira na reserva, logo se viu dando desculpas aos amigos e a sua irmã, indo em um local que não tem visitado recentemente. A biblioteca.  Não é um local muito longe da reserva e, por ter vindo em um só carro com sua irmã, resolveu ir caminhando, com a intenção de depois de sua compra, ir diretamente a sua casa, que também não fica muito longe da biblioteca, não de carro, pelo menos.



— olá, Theo! — abrindo a porta da biblioteca,  a garota cumprimenta o atendente que logo me retribui de forma tímida.

Antes de entrar totalmente no local, espreme seus cabelos de forma com que toda água da chuva caia e não fique pingando dentro do local. Não foi o mais eficaz, já que molharia, pelo menos um pouco da biblioteca, do mesmo jeito, já que não era só seus cabelos que estavam molhados.

Pingos inofensivos caiam no chão da biblioteca cada vez com que andava, mas isso não importou o atendente, Theo, já que logo o piso o absorveria, já que não é um piso comum.

Olhando para as prateleiras, mais enxuta, Anne pegou o livro de seu interesse, levando-o até o balcão para pagá-lo.

A chuva caia de forma mais amena lá fora e isso aliviou o coração da garota, de certo modo.


— volte sempre...— o tímido garoto repetiu sua comum despedida para clientes de forma tímida.

Com um sorriso gentil, a garota saiu do local, apressando seus passos até a sua casa.
Minutos e minutos se passaram, mas sua casa não lhe parecia perto e as nuvens voltaram a parecer carregadas, a frustrando.



— Droga!— praguejou assim que as gotas fortes começaram a cair, pensando em quão burra era. Logo cobriu o objeto em sua mão, o colocando por dentro de sua blusa.



Olhando ao redor tentou achar algum teto para lhe esconder da chuva, sem sucesso. Sua frustração foi interrompida pela buzina de um carro moderno, que logo parou ao seu lado.  Os vidros de suas janelas eram escuros como a cor do carro em si, mas logo a janela foi abaixada revelando um médico, um tanto quanto conhecido pela Swan.



— entra! — seu tom de ordem se fez presente dentre tantos barulho causados pela chuva. A garota não questionou e não questionaria. Não iria ficar na chuva, então logo sentou seu corpo molhado no acento de passageiro, fechando a porta.

Logo a áurea do Cullen a envolveu. Não era incomoda, mas diferente. Não sentia isso com ninguém além da família do mesmo e do mistério do homem que sempre aparecia para lhe assombrar.

Por milagre, seu livro permanecia em bom estado, porém, com medo de molhar o mesmo, a garota o tirou de dentro de sua camisa, o colocando na bancada do carro.





— obrigada.— disse agradecida, se virando para Carlisle, que já tinha voltado a dirigir. O mesmo só se contentou em sorrir gentilmente em direção a garota.


—  o que fazia fora de casa em tamanha chuva?— seu tom era divertido, arrancando um sorriso envergonhado da garota.


Ela não devia ter saído da reserva com claras evidências de chuva e, muito menos, sem saber o tempo decorrido para o caminho de sua casa.


— bom...— começou sua explicação, um pouco quanto envergonhada.— eu resolvi fazer uma caminhada da biblioteca até minha casa, mas não sabia que era tão longe.— a testa da menina se franze em frustração ao lembrar do caminho.

A risada de carlisle ecoa pelo carro, abafando ainda mais o som das gotas de chuva a cair lá fora.


— isso é bem sua cara.— seu comentário bem humorado faz a garota o olhar discretamente com confusão.



Estava agindo como se a conhecesse novamente.

— não é? — a garota riu, tentando não alertá-lo e conseguir mais informações sobre.



— eu sempre digo, tem que olhar no mapa antes.— alerta carlisle de forma divertida. Ele não falava como a realidade da garota, falava como se a conhecesse a anos e a alertasse sobre isso constantemente.



A garota se contentou a rir, não sabendo como lidar com a situação estranha a sua frente, logo virando seu rosto para a janela, tentando parecer entretida com a paisagem a fora. Por sua sorte, não demorou para o carro estacionar na frente de sua casa, a livrando de presenciar mais alguma estranheza Cullen.



Pegando seu livro, saiu do carro, agradecendo e se desculpando por molhar o interior do carro. Logo correu para dentro de sua casa, vendo o carro desaparecer de sua vista depois de pouco tempo. Finalmente estava em casa, mesmo que sozinha por seu pai e sua irmã estarem fora.





— Demorou, não? — a voz masculina se fez presente assim que a menina entrou em seu quarto,a fazendo pular de susto.



Logo bufou, irritada. Havia tido um péssimo dia até agora e não queria piorar ainda mais, agredindo o homem em seu quarto, então tratou de ignorar.



Se dirigiu para a cadeira onde sempre deixava sua toalha estendida, pegando-a para se secar. Começou pelos cabelos que, mesmo já tendo encharcado o banco do carro, não estavam nem um pouco secos, ainda pingando sem parar. Estava o ignorando e ignorando totalmente a voz racional em sua cabeça que alertava perigo, além do mais, já teria a matado caso quisesse.



"Se morrer, morreu. Enterra." Respondeu seus próprios pensamentos de alerta, mostrando seu amor pela vida.








— está fedendo a cachorro!— o homem em sua cama resmungou, fazendo uma leve careta pelo cheiro, supostamente, sentido por ele.






Ela o achava um bastardo folgado, mas não verbalizou isso, respirando fundo.





Pegando uma muda de roupa, foi até o banheiro, saindo de lá após alguns minutos, depois de um banho, já vestida.



Seus olhos pararam no homem, cujo nome ainda é um mistério, e logo franziu a testa em desprezo. Ele ainda estava alí.






Novamente o ignorando, logo foi para a penteadeira, pegou a escova para pentear seus cabelos, olhando de vez em quando o homem pelo espelho. O começo foi fácil, mas logo viu o nó feito pela situação ocorrida algumas horas antes. Era atrás e não importa quanta força usasse, não conseguia desmanchar e isso estava a frustrando, fazendo-a pressionar cada vez mais forte a escova.





— Calma...— o homem estava atrás da mesma em segundos, com uma velocidade anormal, pegando com delicadeza a escova de suas mãos. O mero toque de seus dedos juntos por míseros segundos com os do homem, a fez se arrepiar. Era ótimo.






Com delicadeza, os fios da mulher foram penteados e, rapidamente, foi desmanchado o nó. A sensação era boa, não havia dor, era como um cafuné.



— Pronto.— o homem tomou distância, fazendo a mulher abrir os olhos que não sabia que tinha fechado. Não demorou muito para que ele vá em direção a cama novamente com sua velocidade, deixando-a parada a frente da penteadeira.





Faltava algumas horas até que Bella chegue, de acordo com o combinado, e, depois de um período de tempo, seu pai chegue. Estava chovendo e seus olhos estavam pesados, em busca de se fecharem em um sono profundo.



Olhando para sua cama, o viu e suspirou.







"Se está no inferno, abrace o capeta..." repetiu a si mesma em pensamentos, enquanto se aproximava da cama.



E foi o que ela fez, alguns minutos após pegar no sono.



























Como vocês estão? Espero que gostem do capítulo...❤️







































𝐏𝐄𝐐𝐔𝐄𝐍𝐀 𝐒𝐖𝐀𝐍Onde histórias criam vida. Descubra agora