capítulo 08

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Os toques não pararam na cabeça e logo o homem estava com sua cabeça enterrada na curvatura do pescoço de Anne.

As sensações eram tão boas que não lhe incomodou, pelo contrário, a garota deu passe livre para o homem, inclinando sua cabeça para o lado oposto.

Anne não se lembrava a quanto tempo não se sentia tão bem, mas aquele homem, com um simples toque, a proporcionava isso.

Os toques não ultrapassaram os limites pessoais da garota, se concentrando apenas no aperto em sua Cintura e em seu pescoço, respirando profundamente lá.

Tudo desmoronou quando a garota se lembrou de quem estava lidando: um psicopata que estava a perseguindo.

Seu corpo a traía, dizendo para ignorar esse fato e aproveitar seu toque, mas a garota sempre foi do tipo racional.

Empurrou o corpo musculo do homem, mas não houve nenhum centímetro afastado. Ela não aguentaria muito em seu modo racional caso seu toque continuasse nela, então bateu desesperadamente no peito daquele homem, tentando o afastar.

Era tão duro que parecia que era feito de pedra. Seus socos não foram de muita ajuda e logo sentiu o homem apertar sua cintura como forma de alertá-la a ficar quieta.

A garota continuou socando cada fez mais forte até que sua mão se machucasse. Logo gemeu de dor.

O homem que não desgrudava por nada da garota, agora se afastou, pegando a mão machucada da garota, preocupado.

— tome cuidado.— seu tom preocupado deu um alerta severo na garota.

Os olhos da garota lacrimejaram com a dor. Será que ela teria torcido o pulso?

Olhando cuidadosamente ele de perto, ela tinha certeza de uma coisa: ele era a pessoa mais bonita que já conhecera. Sua beleza era semelhante a dos Cullens, mas de uma forma melhorada. Seus olhos não eram semelhantes a o dos Cullens, era azul, um azul brilhante que combinava exatamente com sua aparência.

— responda minhas perguntas!— a garota exigiu em tom doloroso, se assustando assim que foi levantada com facilidade pelo homem e deixada em sua cama.

O homem parecia frustado, olhando para a mão machucada, aborrecido.

—quem é você?— Anne olhava toda aquela preocupação com estranheza. Aliás, por que ele se importava tanto?

Suspirando e com —o quê aparenta.— dificuldade, desviou seu olhar preocupado da mão da garota.

—como sabe quem eu sou?— as perguntas de Anne não pararam.

— olha, linda...— o apelido fez um conforto nascer no coração da garota.— irei lhe explicar tudo, prometo, quando estiver pronta. Agora, me deixe ver sua mão.

Logo a Swan sente seu toque, junto as faíscas maravilhosas de conforto em seu corpo. Ele estava examinando sua mão.

Um suspiro saiu de sua boca.

— parece que quebrou o pulso, Anne...— seu tom mostra sua preocupação e um tico de irritação.— você realmente não fica quieta.—se refere aos socos.

Normalmente, a garota tiraria sua mão das mãos do homem e gritaria por explicações, mas não. Ela estava hipnotizada pela sensação maravilhosa de estar perto do homem e não queria, naquele momento, se separar.

— linda...— sua voz a chama, fazendo os olhos da mesma os fitarem.— você quer que eu o coloque de volta? Poderá doer um pouco, já que você não é...— o mesmo interrompe sua fala.

A garota não responde, se inclinando para mais contato. Queria aquelas faíscas e sensações.

Irritado pela demora e preocupado com a saúde do braço da garota, ele o coloca de volta com uma velocidade sobre humana.

Os olhos da garota se arregalam, saindo do transe pela dor, gritando.

Em tentativas de consolo, o homem levou o corpo da garota até o seu, tentando distrair a mesma com a sensação dada pelo toque dos dois. Ao decorrer de uns poucos minutos, a garota não sentia mais dor e seu pulso estava no lugar.

A garota ainda estava traumatizada pela dor sofrida e logo levou a mão a seu pulso.

A sensação da dor a fez sair do transe de imediato.

— está louco?!— pergunta, furiosa. Sua vontade era de bate-lo, mas logo se lembrou de seu pulso quebrado, se contendo.— sabe quanto doeu?

Os lindos olhos azuis do mais alto são revirados.

— eu te ajudo e é assim que agradece? — fala, sarcástico.

Os olhos da garota se voltam a ele.

— "me ajudar?"— repete, indignada.—  não estaria com o pulso quebrado pra começo de conversa se você não estivesse aqui! — fala, enfatizando o ' você '.

Os braços do homem se cruzam e um sorriso provocativo aparece em sua face.

— recapitulando... não estaria com pulso quebrado se não fosse tão ignorante e não tivesse me batido.

Aquilo foi a gota d'água pra a garota.

"Ele me chamou de ignorante?!" Os pensamentos o xingava de todas as formas.

O sorriso do homem aumentou ao ver que sua provocação tinha dado certo.

— eu? Ignorante?!— a garota riu, olhando pro chão em descrença, sorrindo perigosamente.— não teria batido se não tivesse...— o grito da garota é interrompido, quando a mesma olha pra frente encontrando, agora, seu quarto vazio.

"Infeliz!" Pensou a Swan, enquanto massageava sua testa.

Seus pensamentos foram interrompidos pela buzina do carro de seu pai e, agora, sabia o motivo de seu desaparecimento.

Charlie estava de volta pra casa depois de um longo dia de trabalho.
























𝐏𝐄𝐐𝐔𝐄𝐍𝐀 𝐒𝐖𝐀𝐍Onde histórias criam vida. Descubra agora