Marte avermelhada

Retirada forçada.

                                                                                   15° Capítulo.

POV AKANNI.

                                                                                       PASSADO

Martins e Bianca começam a sair da casa.

    —Lauren... — Tento argumentar.

    —Eu já fiz muito por essas duas, Akanni.

    —Mas você vai deixar elas irem sozinhas e despreparadas? — Lauren não fala nada. —Mesmo depois de tudo que você fez pela Bianca? — Continuo

    —Você sabe do que a Orbis é capaz, ela não deve ter problemas. — Lauren cruza os braços.

    —Sei sim do que ela é capaz, basta olhar para o seu rosto. — Ela cobre momentânea a boca.

Talvez tenha pego pesado ao mencionar isso.

    —Por conta disso que ela precisa de sua ajuda, para não repetir tal feito com outra pessoa.

    —Eu não posso simplesmente aparecer lá depois de todos esses anos. Para eles, eu estou morta. — Lauren levanta e meche em uma foto na estante em que aparece ela e Christopher.

    —Ela acha que você a odeia, você sabe disso, né? — Chego perto dela.

    —Contanto que ela esteja segura, então eu não ligo para o que ela pensa de mim. — Encaro ela.

    —Se você não for ajudar elas. Pelo menos me ajude a ajudá-las. — Lauren suspira em desistência.

    —Aqui, seu moleque chato. — Ela tira uma chave de trás da foto.

    —É aquela chave? — Pergunto.

    —Sim, ela dá acesso a uma parte do local, que dificilmente alguém vai estar vigiando, elas podem entrar pelo lado nordeste. — Eu pego a chave e já saio correndo.

Fico todo animado com a situação.

    —Akanni, espera. — Paro e viro rapidamente.—Você é um bom garoto. — Eu só respondo com uma sorriso.

Mesmo eu não sendo novo assim, gosto quando ela diz algo do tipo. Saio correndo bem rápido para tentar alcançar as garotas. Vejo-as quase dobrando a esquina e grito.

Consigo entregar a chave e dizer onde devem ir.Depois disso volto para a casa de Lauren.

    —Conseguiu entregar? — Lauren está sentada de volta em sua poltrona.

    —Sim, elas ficarem bem felizes.

    —Ainda bem. — Ela pega uma livro.

    —Eu sabia que você queria ajudar elas. — Digo sorrindo a ela.

    —Eu quero é que você vá tomar um banho, está todo suado.

    —Oxe, nem estou suado. — Falo analisando meu próprio corpo.

    —Mas vai soar, lembra do que prometeu que iria fazer para mim? — Eu automaticamente lembro o que tenho que fazer.

    —Está bem, vou lá limpar o sótão. —Consigo escutar ela rindo.

Caramba, mas demorou para limpar esse sótão. Mereço um belo de um banho.