Marte avermelhada

Ordem impossível.

                                                                                    35° Capítulo.

Não demora muito para que eu chegasse na casa de Christopher. A segurança ao redor do local era muito maior agora. Depois do ocorrido, Christopher deve ter insistido em deixar o local mais protegido. Os guardas que estavam protegendo a porta logo abrem caminho para a minha passagem, até porque eu sou a irmã e o braço direito de Christopher, e também pela minha cara de poucos amigos.

Se algum deles tentasse impedir a minha passagem, certamente ele iria se arrepender amargamente dessa decisão. Dentro da casa, assim como do lado de fora, também havia guardas agora. Não faço ideia se eles sabem o motivo deu estar aqui, mas pelas suas expressões, talvez eles saibam de algo.

    —Você aí. — Chamo a atenção de um guarda aparentemente novato. —Onde que o Christopher está? — Me aproximo do guarda e ele se encolhe.

    —Por favor, não me machuque. — Eu dou um passo para trás, surpresa com o que ele diz.

    —O quê? Eu não vou te machucar. — Apoio a mão na cintura. —Só quero saber onde está o meu irmão.

O guarda passa mão pela própria boca, como se analisasse rapidamente a minha cicatriz. Ao perceber o que tinha feito, ele se desculpa rapidamente, e me diz que Christopher está no salão principal.

                                                                                                     ☆

Chego no salão já empurrando as grandiosas portas, dando a mínima se ele está tendo uma reunião ou não.

    —Christopher. — Todos na sala me olham, guardas, Epaminondas e Christopher.

Christopher está discutindo algo com Epaminondas. O senhor que agora está com uma tipoia no braço esquerdo, por conta do que houve naquela noite.Epaminondas não parece muito feliz em me ver.

    —Lauren. — Christopher diz sem olhar para mim. —Senhores, peço que saiam por um momento. Quero ter uma conversa com a minha irmã, a sós.

Os guardas rapidamente saem sem fazer rodeio, mas Epaminondas continua ao lado de Christopher.

    —Epaminondas, você também. — Epaminondas olha para Christopher e depois para mim, como se já soubesse que teria que sair.

    —Essa cicatriz está horrível. — Epaminondas diz saindo do salão, com um tom de pena. —Sinto muito.

Cubro minha boca rapidamente enquanto o senhor saia do local. Passo alguns segundos olhando por onde ele saiu, confirmando se ele foi mesmo.Logo em seguida, me viro para Christopher.

    —Acho que sei o porque de estar aqui.