34° Capítulo.
Ao retornar à terra, penso em ir falar com Adamus e Eva, talvez conseguir alguma informação que possa ajudar a achar as duas. No entanto, fico com receio de deixar eles ainda mais preocupados, especialmente considerando que o local onde pensávamos que elas estariam se revelou vazio.
Acho que é melhor procurar por conta própria.Então começo a procurar por lugares que conheço pela região.
☆
Realizo um apanhado geral pela região. Para ser mais rápida, ativo minha transformação e escondo minhas escamas por debaixo da roupa.
Passo mais de um dia passando pelos locais, mas nada de achar alguma das duas.É quando eu me lembro do que eu achei no berço da Orbis em Terforme. A loja que vende aquele iogurte fica perto da minha casa. Será que ela pode estar lá?Não penso muito sobre; é a minha única opção no momento.
☆
Chego ao mercado e começo a perguntar se viram tal mulher, falo algumas características para a mulher do atendente, mas ela diz que não ter visto ninguém parecido. Certamente, Gwenella chamaria atenção por onde quer que fosse.
Durante grande parte da nossa conversa, a atendente parece fixar o olhar em minha cicatriz. Será que é assim que Gwenella se sente?
Compro um iogurte e saio do mercado, sentindo-me totalmente derrotada e cansada.Já está de noite e decido ir para casa tomar um banho e descansar um pouco. Vou ter que ir falar com Adamus e Eva pela manhã, estou sem ideias.
Chego em casa, tomo meu banho e descanso por algumas horas.
☆
Aqui estou eu na sorveteria/prisão. Se não fosse o clima ruim, eu pediria um sorvete a Dorotéia.Ignoro esse pensamento e desço até o porão.Ao chegar à porta, me lembro que é preciso uma chave.
—Merda, preciso pegar a chave com Christopher. — Digo, dando meia-volta.
Mas ao virar, me deparo com Dorotéia vindo em minha direção.
—Você veio falar com os dois prisioneiros? — Ela pergunta, parecendo triste.
—Sim, você tem a cópia da chave? — Pergunto, e ela assente com a cabeça.
—Aqui está — Dorotéia me entrega a chave. —Mas voce não precisa entrar lá dentro.
—Por que não? — Fico confusa.
—Eles foram levados para serem executados ontem à noite. — Ela diz com pesar.
Por um instante, perco o fôlego e abro a porta o mais rápido possível. Escancaro a porta ao entrar e vejo o local.As celas onde eles estavam, agora estão vazias.
—ONDE ELES ESTÃO? — Praticamente rosno para a mulher.
—Christopher os levou ontem a noite, eu já disse isso. — A mulher se encolhe com medo.
—Não, não, não. NÃO. — Sem pensar duas vezes, dou um soco com toda a força em uma das celas, amassando o local acertado.
Se não fosse a raiva que agora eu sentia, com certeza eu iria reclamar da minha mão latejando de dor.
Simplesmente passo pela Dorotéia e saio do local.Não pode ser verdade isso, Dorotéia deve ter escutado e visto errado.Tenho que falar com Christopher, ele me prometeu tempo.Ele me prometeu tempo...
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Marte avermelhada
FantasíaBianca, uma jovem sonhadora e romântica, encontrava-se imersa em um turbilhão de emoções naquela noite de virada de ano. Enquanto as estrelas brilhavam no céu noturno, ela aguardava ansiosamente pelo momento em que poderia revelar seus verdadeiros s...