Sumiço da Martins.

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                                                                          65° Capítulo.


POV SERGUEI.


Já se passou pouco mais de uma hora que levaram a Martins, e estou ficando preocupado.


    —Pai, o senhor tem certeza de que eles a levaram para esse tal Vladimir?


    —Foi o que ele disse. — Meu pai se ajeita no canto.


    —Também entendi isso. — A mulher de antes é quem fala.


    —Você entende a língua deles? — Pergunto.


    —É latim. — Ela se levanta e vai até o portão. —Ainda bem que eu não pulei essas aulas.


    —O senhor sabe latim? — Pergunto enquanto encaro meu pai.


    —Aprendi há muito tempo. — Ele dá de ombros.


    —Quietos, tem alguém vindo. — A mulher diz enquanto corre para seu lugar.


A mulher que acompanhava o idiota de antes aparece.


    —CADÊ A MARTINS? — Grito para ela.


Ela diz algo enquanto coça o pescoço. Seu cabelo preto antes era longo, mas agora está curto.Olho para o meu pai, querendo que ele traduza.


    —Ela reclamou do barulho que você está fazendo. — Olho para ela em seguida.


    —Pergunta a ela sobre a minha amiga, a Martins.


Meu pai faz a pergunta enquanto a mulher abre o portão.O padrão de roupa delas segue a dos outros.Ela diz algo para meu pai e termina dando de ombros.


    —O quê ela disse?


    —Ela falou que não tem a menor intenção de dizer algo para a gente. — A tal da Verônica diz, em vez do meu pai.


    —Tá de sacanagem com a minha cara.


A mulher me encara e diz algo.Meu pai começa a discutir algo com ela, e logo em seguida se levanta.


    —O que está rolando? — Pergunto preocupado a mulher.


    —Ela falou algo sobre trocar novos sangues e você, meu latim tá meio enferrujado. — Verônica pensa um pouco. —Seu pai falou para levarem ele no seu lugar.


    —O que está acontecendo, pai? — Pergunto e ele vira para mim.


    —Os outros foram levados, meu filho. Retiraram o sangue deles. — Assim que meu pai termina de falar, a desgraçada levantou ele pelo pescoço.


    —SOLTA ELE. — Vou para cima dela.


A reação dela ao meu avanço é gritar para mim e mostrar as presas.Confesso que aquilo me arrepiou. O som do portão ressoa no local.É o amigo dela.


    —Agora ferrou. — Volto para trás.


O parceiro dele não disse nada, só pegou no braço dela e a fez soltar meu pai.Isso causou uma discussão entre o dois, mas eu não entendo nada.Tentei entender com base nas expressões deles, principalmente na da mulher, que parecia incrédula com algo. Quando eles terminaram, ela saiu bufando de raiva. Já o seu amigo, foi logo atrás.


    —O senhor está bem? — Vou até meu pai e ele só sinaliza que sim com a cabeça. —O quê aconteceu aqui? — Pergunto a Verônica, já que meu pai foi enforcado.


    —O grandalhão Vampiro mandou ela não machucar nenhum de nós, porque serviremos de alimento para quando a futura rainha nascer. — Ela diz enquanto encara a parede.


Todos da sala ficam em choque, inclusive eu.


    —E quem é essa rainha?? — Pergunto apreensivo.


    —É a sua amiga. — Ela me olha de forma estática.


    —O quê? Isso é impossível, você deve ter entendido errado. — Chego bem perto dela, praticamente invadindo o seu espaço pessoal. —Diz que é mentira, vai. — Ela fica calada. —DIZ QUE É MENTIRA.


    —Filho... — Escuto a voz rouca de meu pai.


Me levanto e vou até o portão. Praticamente me bato nele, para que a minha próxima palavra alcance o mais longe possível.


    —MAAARTINS. — Grito o mais forte que eu consigo.

Marte avermelhadaOnde histórias criam vida. Descubra agora