Tema: foi inspirado em uma situação que eu passei na adolescência com um amigo
Por ser um tema sensível, eu quero avisar que quem estiver precisando de ajuda, o número do Centro de Valorização da Vida é 188. No site também tem o chat, caso alguém precise.
O imagine a seguir pode trazer gatilhos.
Diego point of view
Estava saindo da academia, hoje tenho treino e mais tarde tínhamos um jantar na casa dos jogadores do time. Subo para o meu apartamento, a minha namorada provavelmente estava se arrumando para o trabalho.
Havia trazido todo o café da manhã para tomarmos juntos, entro e estranho o silêncio. A minha namorada só se arruma com música tocando, além de ficar horas conversando sozinha.
Deixo tudo em cima da mesa e subo, estava tudo silencioso. Entro e meu coração aperta vendo ela encolhida, a minha mulher tem depressão e tem dias que ela não acorda nada bem.
Esses dias normalmente ela fica horas na cama, quando começamos a namorar eu estranhava os dias que ela sumia. Mas na verdade era a crise de depressão, ela se fechava e se deixasse passava o dia no quarto.
― Amor ― falo baixinho e ela me olha ― Eu estou aqui e vamos fazer tudo juntos, tudo bem?
Ela apenas assente, em momentos assim era difícil conversar com ela. Então tiro o edredom com cuidado, pego ela no colo e a coloco sentada na pia enquanto ligo a banheira.
― Cê sabe que esses dias o Galoppo esteve aqui e ele confundiu seu anticoncepcional com remédio para dor de cabeça ― solto um riso ― A galera passou a semana perguntando se o fluxo dele tava controlado.
Ela abre um sorriso e ri minimamente. Eu considerava um progresso, então com cuidado coloco ela na banheira e ajudo com o banho.
― O Dorival disse que está com saudades de você ― comento e ela me olha ― Sim, ele disse que não conseguiu te ver essa semana.
A minha namorada é auxiliar técnica do Dorival, mas com o departamento cheio ela estava aplicando treinos para o pessoal que estava voltando de lesão. Dorival sempre soube da doença dela, sempre se preocupou com ela.
― Você quer lavar o cabelo? ― pergunto e ela nega ― Estou pensando em passarmos o nosso aniversário de namoro viajando.
― Maragogi ― ela diz baixinho e eu sorrio.
― Gostei da ideia ― ajudo ela a sair da banheira ― Eu posso tomar banho com você? ― pergunto e ela me olha insegura ― Fique tranquila, eu vou colocar à mesa de café.
― Di... ― ela sussurra.
― Ei, não precisa chorar ― abraço ela ― E está tudo bem, eu trouxe aquelas carolinas que você gosta. Toma o banho tranquilamente e qualquer coisa é só me chamar ― ela assente.
Vejo ela ir para o box, verifico se não tem nada cortante na pia do banheiro ou nos armários. Eu sempre verifico isso antes de sair, não tem nada e fico aliviado. Vou para a cozinha.
Arrumo a mesa, estava quase mandando mensagem para o pessoal do CT avisando que ela não iria hoje, mas logo vejo S/n entrando com o uniforme de treinamento.
― Linda, você não precisa ir hoje. Eu ligo para p CT e aviso, ai podemos passar o dia juntos ― sugiro.
― Não, Di ― ela sussurra ― Eu quero ir, não quero ficar fechada aqui.
― Tem certeza? ― faço um carinho no rosto dela.
― Tenho, obrigada pela preocupação ― ela sorri.
Ela se senta, coloco todas as coisas para ela comer. Lentamente ela se serve e de pouquinho em pouquinho, sorrio e fico orgulhoso em ver ela se alimentando.
― Amor, a esposa do Rafael me mandou mensagem sobre a resenha de hoje ― olho para ela ― Nós vamos, né.
― Você quem sabe, linda ― falo.
― Vamos sim, eu quero espairecer ― assinto ― Eu vou me atrasar um pouco por conta da consulta com a psiquiatra. Só consegui horário de manhã.
― Eu te deixo lá, amor.
― Nada disso, eu vou dirigindo, estou bem ― suspiro ― Juro que estou bem, amor.
― Tudo bem, eu te amo muito ― sorrio e ela me dá um selinho.
― Eu te amo mais, jogador ― ela sorri.
Tento ficar tranquilo, tomamos nosso café e ela toma os remédios. Assim que ela saiu senti algo estranho no meu peito, tentei ignorar.
(...)
Já estava no CT e nada da minha namorada, liguei para a psiquiatra e ela me disse que a S/n nem passou por lá. Meu coração estava ainda mais apertado, suspiro e ligo mais uma vez para o celular dela.
― Atende ― digo nervoso.
Ligo para os pais dela e nada, já estava morrendo de preocupação. Meu celular vibra, suspiro e atendo.
― Diego Costa? ― ouço uma voz masculina.
― Sou eu, o que aconteceu? ― pergunto.
― A sua namorada deu entrada no hospital ― meu coração gela ― Ela acabou batendo o carro contra a traseira de um caminhão.
― E como ela está? ― pego as minhas coisas.
― Ela... ― a voz some.
Tento falar, mas a pessoa desliga o telefone. Corro para o meu carro e vou em direção ao hospital. Nem estaciono direito, entro correndo e pergunto dela na recepção.
― A minha mulher, doutor ― pergunto apreensivo.
― Você é o Diego? ― ele pergunta e eu assinto ― Sinto muito, mas ela não resistiu ― minhas lágrimas caem ― Ela acabou tendo uma overdose de remédios enquanto dirigia e por isso acabou batendo.
― A-a minha mulher morreu? ― meu corpo paralisa ― Não pode ser, doutor.
― Eu sinto muito ― ele aperta o meu ombro.
E o caos era só o começo.
Votem e comentem
Até a próxima
Beijinhos, amoras
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𝐂𝐇𝐀𝐎𝐒 𝐀𝐓𝐇𝐋𝐄𝐓𝐄'𝐒²
Fanfictiona parte dois do livro de imagines de atletas; apenas imagines; imagines de atletas de todas as modalidades ☞︎︎︎PEDIDOS ABERTOS☜︎︎︎ Plágio é crime; Não aceito adaptações; seja bem vind@!