Capitulo 14 ✨

613 30 0
                                    

*Carioca narrando*

Depois de ter passado a noite com a Renatinha, me senti mais tranquilo, posso dizer que até mais feliz, não sei o que senti... Acho que é coisa da minha cabeça.

Levantei, fui até a cozinha e peguei um copo de água, ainda era cedo, por volta as 5h40 da manhã. Olhei o celular e tinha uma mensagem do Alemão.

Mensagem on:

Alemão: Eai mermão, hoje o Vitinho me falo que vai ter mercadoria nova. - 4h34.

Mensagem off.

Logo o rádio toca, é um dos vapores dizendo que a mercadoria chegou. Achei estranho chegar tão cedo mas relevei. Subi, me vesti rápido e sai pra receber. Ao chegar perto da base percebi uma movimentação estranha. O que eu temia aconteceu: os vermes.

Fui aprendido sem nem conseguir reagir, foi muito rápido.

Xxx: Eai Carioca? Surpreso?
Carioca: Coé? Tá achando que venceu?
Xxx: Óbvio! Tu tá preso, seu bandido de merda.
Carioca: Não por muito tempo...
Xxx: É o que veremos.

Eles me levaram para delegacia. Esse procedimento já conhecia de cor, mas eu sabia que ia ter alguma brecha e eu ia sair.

Na noite seguinte, eu ia ser transferido para o presídio. Por volta da 21h os policiais me levaram para ser transferido, mas os caras chegaram e conseguiram me resgatar. Passado alguns minutos que os caras me tiraram daquele camburão, começou uma troca de tiros, fiquei pouco preocupado porque não tava armado.

Carioca: Coé Alemão? Não deslocou o pente?
Alemão: Foi na correria chefe - disse enquanto abaixava atrás do carro pra se proteger dos tiros.
Carioca: Eles não vão desistir. Atira pra matar - expressei com ódio.
Alemão: Tá maluco?
Carioca: Vai poh.

Peguei a arma da mão do Alemão e atirei no policial mais visível, mas não pra matar, apenas pra dar um susto, mirei no pé e acertei em cheio. Os outros vermes foram lá acudir o baleado e nos fugimos.

*Renatinha narrando*

Eu não conseguia parar por nenhum momento, eu sei que poderia fugir enquanto o Carioca estava preso e os caras bolando plano pra tirar ele de lá, mas eu realmente estava preocupada. Será que comecei ter sentimentos mais sinceros por ele? Não... não posso, ele é um traficante.

Em meio aos meus pensamentos, Liz me dirige a palavra:

Liz: Rê?
Renatinha: Oi!
Liz: Por que tu não fugiu?

Me senti desconcertada, eu não queria admitir que poderia estar sentindo algo pelo David. Eu sinceramente estava muito confusa.

Renatinha: Porque eu não acho correto. - falei rápido.
Liz: Achei que tu iria tentar assim que possível... com meu irmão preso é o passo mais rápido.
Renatinha: E iria pra onde?
Liz: Realmente... mas você não tem nenhum familiar?
Renatinha: Tenho alguns parentes distantes mas não tenho contato algum.
Liz: Assim é foda, né? Eu também tenho parentes distantes que sabem sobre o Da... Carioca. - olhou assustada pra mim, por "errar" o nome do Carioca. - m-mas não convivemos pra não dar motivo pra nos delatar. - gaguejou.
Renatinha: Entendi!
Liz: Enfim, os meninos estão demorando né?

Nesse momento a porta se abre e eu vejo Carioca, um pouco sujo e com roupas com alguns buracos.

VENDIDA AO DONO DO MORROOnde histórias criam vida. Descubra agora