Depois da noite do baile, o Carioca ficou mais frio do que antes, eu não entendo o motivo pelo qual ele muda de humor tão rápido.
(...)
Acordei pela manhã com o sol rachando, as 9h, o Carioca já não está, logo ouço alguns barulhos vindos da sala. Vou até lá, bem devagar para não percebam minha presença. Lá esta a Ellen, discutindo com o Carioca.
Ellen: Qual foi dessa garota tá aqui - abriu os braços, se referindo a casa - na sua casa?
Carioca: Porra, qual a parte que eu não te devo satisfação tu não entendeu?
Ellen: O arrependimento vai bater na tua porta, tu vai ver. - saiu batendo a porta.Eu desci e pude ver o estresse dele.
Renatinha: Tudo bem?
Carioca: Tranquilo.
Renatinha: Estou causando estresse?
Carioca: A Ellen é assim mesmo, daqui a pouco tá pianinho, quando eu...
Renatinha: Acho melhor você nem terminar essa frase.
Carioca: Hoje eu tô com zero paciência de resolver os b.o na boca. Vamo subir?Oi? Ele me chamando pra subir pro quarto?
Renatinha: Achei que você só dava ordens - ri.
Carioca: E dou mesmo, porque isso é uma ordem. - sorriu de volta.
Renatinha: Ui. - me virei para subir e ele deu um tapa na minha bunda - Que isso?
Carioca: Eu quero ficar contigo hoje, já é?Ele me pegou no colo e me levou até a cama. Deita, se coloca por cima de mim e começou a sussurrar no meu ouvido.
Carioca: Tu mexe comigo.
Renatinha: De qual jeito?
Carioca: Eu não sei... tu vai me enlouquecer.Mordisca minha orelha de leve, que me faz suspirar. Ele me beija, pude sentir meu corpo incendiar.
Carioca: Tu gosta? - sussurrou.
Renatinha: S-sim...
Carioca: Tu quer que chame o Ph pra ficar aqui, no meu lugar - reclamou.
Renatinha: Nossa, um belo de quebra clima você.Ele levanta e sai. Fiquei deitada apenas assimilando o ocorrido.
(...)
*Carioca narrando*
Não sei o que essa garota faz, ela mexe comigo, me faz sentir coisas que não entendo. Depois do ocorrido pela manhã, eu me direciono para boca, não quero ficar perdendo meu tempo com essas fitas.
Alemão: Ei - me chama, desfazendo meus pensamentos. - pensei que nem ia brotar aqui hoje...
Carioca: Tô na neurose. Não vem de caôzada pra cima de mim.
Vitinho: Coé chefia?
Carioca: Hoje é dia de chega mercadoria.
Vitinho: Confirmado.
Alemão: Vamo resolver essas paradas agora pra mais tarde resolvermos os bagulhos da boate.
Carioca: Que bagulho da boate? - questionei.Desde que voltei da prisão, estou meio avoado. Deixei os caras resolverem boa parte do b.o's.
Vitinho: Ah, é que tem uma mina lá que tá de caô, os caras tão pagando pelos serviços e ela não tá querendo trabalhar.
Carioca: Como?
Alemão: Já tamo resolvendo essas fitas patrão!
Carioca: Caralho, como vocês não me falaram isso? Coé?
Alemão: Foi mal...
Carioca: Papo reto, essa vadia sair, pode mandar.
Vitinho: Mas ela é que mais dá lucro pra casa.
Carioca: Achem outra.
Alemão: Mas Carioca que mina vai querer trabalhar na boate assim, sem mais nem menos.
Vitinho: O nosso setor não é tráfico humano não. - brincou.
Carioca: Deixa que eu resolvo essas fitas.Sai, os caras vieram atrás de mim. Vou ir até a boate e se eu não encher a cara daquela vadia de bala é por bem pouco.
(...)
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VENDIDA AO DONO DO MORRO
Novela JuvenilRenatinha tem 16 anos e veio de São Paulo pra o Rio de Janeiro faz pouco tempo. Seu pai conheceu Ana, uma viciada, nos bailes do morro, e a levou para morar com ele. Ela é literalmente a versão má de madrasta. Os dois batem e forçam Renatinha a trab...