Antonio Carlos Monteiro Figueiredo Junior, também conhecido como Cara de Sapato. Lutador famoso, empresário e influeciador.
Após uma grave lesão no joelho, Antonio decidiu retornar ao seu país de origem, Brasil.
Mas com tudo que aconteceu, afastado...
Ob's: Nesse capítulo teremos gatilho de relacionamento abusivo de atitudes agressivas, caso isso te cause gatilho. Aconselho pular. 🩵
Amanda Meirelles
Uma semana trabalhando na team Figueiredo e por mais que eu deteste o meu chefe, eu to adorando trabalhar lá.
Já fiz vários vínculos com colegas de trabalho e até pacientes. Menos com o Antonio. Esse aí eu não suporto nem a voz.
Chego da academia exausta e antes que pudesse entrar no banho, escuto meu celular tocar. Olho para tela e vejo o nome da minha aparecer.
"Oi baby!"
"Oi Amandex! Trago noticias pra você, não sei se boa ou ruim."
"Fui demitida?"
"Não. Longe disso. Na verdade sua presença foi solicitada em uma viagem do Sr Antonio Cara de Sapato Junior."
"O quê?" –levantei-me rapidamente da cama, lhe indagando confusa. "Sem chances, Larissa."
"Amiga, é trabalho."
"O Caio nunca que vai deixar."
"Ele vai conseguir outro emprego pra você?"
"Arg! Que ódio desse cara. Que necessidade tem de eu ir?"
"Ele vai fazer alguns trabalhos publicitários e um ensaio em uma academias. Estamos com medo que ele faça algum esforço e machuque o joelho."
"Ah sim! Agora eu sou babá de um marmanjo de mais de trinta anos." –Escuto sua gargalhada ecoar do outro lado da linha.
"Enfim, você viaja amanhã a tarde e volta em cinco dias."
"Cinco dias? Eu vou perder meu noivo."
"Ah, me poupe, Amanda. O Caio nem em casa tá morando mais. Passa mais tempo no hospital do que em casa. Se é que ele tá realmente no hospital né?"
"Larrisa, não é porque não vai com a cara dele que você pode ficar insinuando que está me traindo, enquanto ele tá se matando de trabalhar pra sustentar a casa."
"Um dia você ainda vai me da razão Amanda Alice. Mas enfim, recado dado. Boa noite!"
"Boa noite!
Entro no banho com intuito de relaxar um pouco, o que funcionou. Saio do banho mais relaxada e me preparando para comunicar ao Caio sobre a viagem.
Decido então preparar um jantar para ele. Peço seu prato predileto em um restaurante que sempre costumamos ir juntos e aguardo a chegada enquanto termino de me arrumar.
Amanda via stories
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Aguardo a sua chegada a duas horas e nada dele. Não atende minhas ligações, não me responde. Nenhum sinal de vida.
Começo a ficar preocupada, mas decido não da muita bola, já que tem sido sempre assim nos últimos dias.
-Amorrr, que bom que você chegou. –falei me jogando em seus braços assim que ele abre a porta da sala.
-Oi, Amanda. Estava trabalhando.
-Tudo bem, amor. Vai tomar um banho, preparei um jantar para nós dois e dessa vez tudo comprado com o meu dinheiro.
-E você já recebeu dinheiro?
-Sim. A porcentagem de alguns atendimentos.
-Bom que você começa as dividas da casa.
-Sem problemas, amor.
-Vou tomar banho. Você já jantou? –encarou a mesa sem muita animação.
-Estava esperando você.
-Tô sem fome. Pode comer.
Sinto meus olhos se encherem de lagrimas. Caio nunca foi um príncipe encantado, mas sempre deu seu Maximo por mim. Coisa que recentemente não tem acontecido.
Coloquei toda a comida na geladeira, perdi totalmente a vontade de comer também.
Após guardar tudo e limpar a cozinha, volto para o quarto o encontrando já dormindo. Ou fingindo, não sei.
dia seguinte
No dia seguinte, ao acordar, percebo que ele ainda está dormindo e decido não lhe acordar.
Sigo até meu closet para preparar minhas malas e analisando tudo que estava colocando, chego a conclusão que preciso renovar meu closet.
Termino de fechar a mala e ele ainda continua dormindo, sigo para o banheiro já com a roupa de viagem separada.
-Que mala é aquela? –Ouço sua voz enquanto escovo os dentes. –Estou falando com você, Amanda.
-Eu estava escovando os dentes, não percebeu? –respondo de grosseiramente.
-Agora não está mais. Da pra me responder que mala é aquela?
-Vou viajar a trabalho. –respondo sem da muitas explicações.
-Com aquele lutador bombado?
-Ele é meu chefe.
-Você não vai, mas nem fudendo. Tu acha mesmo que eu vou deixar mulher minha viajar com famosinho comedor de puta? VOCÊ NÃO VAI. –Gritou.
-Primeiramente abaixa o tom. Eu suporto você viver no trabalho, vindo pra casa pouquíssimas vezes e quando vem, é sempre morto de cansado. Você vai suportar o meu trabalho também.
-Você tá se deitando com o lutadorzinho, Amanda? –me indagou se aproximando. –Responde, sua puta. –sinto suas mãos apertarem forte o meu braço, me machucando.
-Você tá me machucando, Caio. –falo olhando para o meu braço.
-Responde o que eu te perguntei. Você tá me traindo com o seu chefe?
-Não. Claro que não. Agora me solta. –supliquei com a voz embargada.
-Não ouse me deixar, muito menos me trair, entendeu? –Me puxou apertando ainda mais o meu braço e eu assenti. –Quando você volta? –me indagou finalmente me soltando e fingindo que nada havia acontecido.
-Em cinco dias.
-Tá. Me mande noticias todos os dias.
-Certo. –sai rapidamente do banheiro tentando conter as lagrimas.
