love and hate

Capítulo 47

Antonio Cara de Sapato

Retornamos para casa já anoitecendo, mas com um sorriso imenso no rosto por enfim termos conversado sobre o que sentimentos.

Não é fácil pra mim admitir esse tipo de coisa, mas eu não quero perder absolutamente mais nada de bom que a vida tem pra me oferecer. Principalmente se for sobre a Amanda.

*

Os dias que passamos na fazenda foram incríveis. Eu e a Amanda  aproveitamos cada momento juntos.

Esse lugar é simplesmente incrível, toda a paisagem nos fizeram viver momentos absurdamente incríveis, principalmente na praia.

Eu tive a oportunidade de construir um vinculo com minha mãe e com meus irmãos. Por mais que a idéia ainda me assuste um pouco e mexa comigo, confesso que tá sendo incrível.

Mas é inevitável não voltar para o Rio de Janeiro. Minha vida é lá. Eu tenho minha empresa que larguei na mão dos outros. Pessoas de confiança minha, mas ainda sim, é abusar demais passar tanto tempo fora, enquanto eles cuidam de tudo.

-Promete que vai voltar? –Helena me indaga chorando.

-Claro que sim. E  a gente vai se falar todos os dias por ligação, quero te levar para o rio também. Prometi ao Julio que eu o ensinaria a surfar.

-Vou cobrar essa promessa em! –Meu irmão que antes desconfiava de mim, fala também emotivo.

-Eu prometo pra você que eu volto, mas vou ficar esperando vocês lá também.

-Tá bom, meu amor. Boa viagem! –Ela beija minha testa e uma lágrima escorre por meu rosto.

Se distanciando de mim, Helena se aproxima da Amanda que nos encarava chorosa.

-Eu também quero que você volte viu? E volte com o meu neto no colo, porque aqui dentro eu tenho fé que ele já tem. –Helena fala colocando a mão na barriga da Amanda e nos fazendo rir da sua fala.

Amanda Meirelles

Á volta para o Rio foi apreensível. Antonio estava inquieto, nervoso, por dois momentos quase tinha uma crise de ansiedade, o que me deixava aflita junto com ele. 

-Você vai voltar pra casa da Lari? –Ele me indaga assim que desembarcamos.

-Sim. Mas pretendo começar a procurar meu próprio apartamento, não quero ser um encosto na vida da minha amiga.

-Porque você não fica lá em casa? –Lhe encaro surpresa com o convite. –Tô falando sério. Lá em casa tem espaço suficiente pra nós e não seria incomodo alguém te ter lá.

-Vamos com calma, Antonio. Não quero estragar tudo.

-Tudo bem! Você tem razão. Vou pedir um uber e adiciono duas paradas.

-Tá bom! Vou avisar a Lari que já estou indo.

-Você vai direto pra sua casa ou vai ver dona Wilma primeiro?

-Vou pra casa mesmo. A tarde eu vou na empresa e a noite vou até a casa do Dindinho ver ela.

-Quer que eu vá com você?

-Sempre quero né.

-Perfeito! Vou aproveitar a manhã para organizar minhas coisas, a tarde vou pra empresa também, Cecília marcou uma reunião comigo e a noite você passa na minha casa pra irmos juntos, tudo bem?

-E depois você dorme lá em casa? –Ele me encara com cara de menino pidão e me arranca uma boa gargalhada.

-Enjoa não? –O indago brincando.

-Nunca.

-Espero que não enjoe mesmo.

*

Como havia planejado, aproveitei a manhã para organizar minhas coisas, descansar um pouco e selecionar alguns apartamentos que pretendo visitar.

Lari e Fred não estavam em casa, mas me convidaram para almoçarmos juntos e depois irmos para a empresa.

-Cadê o Fred? –Indago minha amiga que me aguarda na mesa.

-Dias fora e você não me da nem um abraço, diz que tava com saudades já vai perguntando pelo o Fred. –Larissa faz drama.

-Só estranhei ele não está aqui, mas claro que eu tava morrendo de saudades de você.

-Dispensei a presença dele, preciso saber de tudo dessa viagem com detalhes e sei que com ele presente você não faria isso.

-Seu espírito de fofoqueira é uma graça.

-Enfim, fala logo. Como foi tudo lá? A onde vocês estavam? O que rolou que eu não entendi nada.

Contei a ela detalhadamente tudo que havia acontecido, até a parte de toda a historia de mães do Antonio, até a parte que nós nos envolvemos emocionalmente.

-Eu não sei o que me deixou mais em choque, toda essa mentira da dona Wilma ou esse seu romance com o Antonio. Eu sabia que tinha algo por trás de toda aquela implicância, só não imaginei que vocês iriam voltar namorando.

-A gente não tá namorando, Larissa.

-Ah não? Estão vivendo o quê então? Um acordo de exclusividade? –Gargalhei da sua pergunta, apesar de ter ficado inquieta com essa duvida.

O que realmente somos?

Decido não da importância pra esse tipo de pensamento, aproveito o meu momento com minha melhor amiga e tento esquecer de todo o resto.

-Ain, preciso ir ao banheiro. –falo sentindo tudo que eu havia acabado de comer

Gostaram?

Ps: Não consegui fazer maratona do jeito que eu queria, mas prometo que essa semana tem.