Os confins do mundo

49 7 8
                                    


Em uma cidade perdida no meio do nada, dois caras, um com um rosto ruim cabelos tão brancos quanto a neve e outro carismático e sem juízo.

Jaskier, com dois canecos cheios de espumante cerveja nas mãos, desceu cuidadosamente as escadas da taberna. Blasfemando em voz baixa, abriu passagem entre as crianças curiosa que se aglomeravam em volta dele. Alguns camponeses estavam reunidos em torno de uma mesa, junto do qual o bruxo conversava com estarose.

Logo uma pessoa aventureira olhava de lance. Estava só observando os movimentos das pessoas, o bruxo percebeu assim que pisou na taberna.

O poeta colocou os canecos na mesa e se acomodou.

- Sou um bruxo, senhor estarose - Repetiu mais uma vez ao homem.

- É uma profissão! - Explicou pela milésima vez jaskier - Um bruxo senhor! Um homem que mata estringes e espectros, que extirpar toda espécie e porqueira em troca de dinheiro. Entendeu?

Um homem entrou na taberna desesperado gritando para que todos ao seu redor ficassem assustados.

- Fujam todos! Ah um demônio nas plantações! É realmente o fim do mundo! - Oh homem se jogou nos braços do bruxo.

- Senhor! Por favor! Mate aquele diabo! - O homem parecia uma criança implorando por atenção.

- Hum diabo é?... - o ser pensou e no mesmo instante os dois se levantaram, a pessoa que estava observando usava uma máscara que cobria todo o rosto, um capuz que não dava pra ver seu cabelo, por trás de um corpo pequeno ela escondia uma longa espada.

Geralt e jaskier foram juntos subindo as montanhas, até o lugar onde o tal homem falou, viu um diabo perto das plantações... Que coisa idiota? Não existem diabos.

A espreita o ser observava, Geralt sabia que estavam seguindo ele e o amigo. O bruxo sentia um leve aroma de rosas da qual ele pensava ter sentindo em algum lugar.

- Espere... - Geralt parou e observou o local. - Temos sorte por ainda ter vida nesse lugar...fique com a guarda atenta. Tem alguma coisa seguindo a gente.

Mas pra frente Geralt deixou jaskier para trás, para poder ver melhor o que estava ocorrendo ali.

- E então? - Não aguentou mais o poeta - O que aconteceu?

- Pois é... - Geralt coçou-se atrás da orelha - tem algum mostro nessa campina... - Geralt olhou ao redor. E novamente veio aquela sensação estranha. Cheiro de rosas. Ele se afastou um pouco.

- O Quê??! - Surpreendeu- se jaskier - O que vagueia pela campina??

- Geralt!! GERALT!

Geralt o ignorou pois estava mais concentrado observando o horizonte e vendo se eles estavam sendo seguidos, pois aquele cheiro de rosas não estava saindo de jeito nenhum.

- UM DIABO GERALT!!! UM DIABO! É REALMENTE UM DIABO! - O bruxo escultou os gritos do poeta e agora sem paciência foi ao seu encontro. Assim que jaskier fechou a boca foi recebido um um golpe na testa, Geralt ficou em choque. Ele não havia levado espada, pois achava que ela só mais um dos monstros pequenos que ele viu no vale.

O homem de cabelos brancos se virou e viu a sua frente uma criatura que tinha menos de uma braça de altura, olhos salientes, chifres retorcidos e barba de bode e em constante movimento, trazia a mente imagem de um caprino ruminando. A parte inferior do corpo era coberta por uma espessa penugem a ruivada, que já chegava até os cascos fedidos. Para completar o estranho se era adotado de uma longa cauda terminada no penacho a pincelado a qual ele agitava energeticamente.

- Uk! Uk! - latiu o monstro, raspando o chão com os cascos.- O que fazem aqui? Já pra fora! Pra fora! Senão vou lhes dá uma chifrada!

- Você já levou um pontapé na bunda, seu cabrito de merda? - Não resistiu o bruxo.

The Witcher - Feiticeira Então Isso É Amor Onde histórias criam vida. Descubra agora