[ATO I - 15. O Fardo da Culpa]

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No Jardim Polinizador, serenidade reina, Enquanto o mestre busca respostas em meio à dor e à pena

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No Jardim Polinizador, serenidade reina,
Enquanto o mestre busca
respostas em meio à dor e à pena.

Na estrada pavimentada com pedras brilhantes, o deus solitário caminhava com passos lentos e altivos, retornando de sua visita ao Palácio de Jade para entregar as encomendas solicitadas pela Imperatriz Mãe. Cada divindade e imortal que cruzava seu caminho se curvava respeitosamente, saudando-o antes de seguir seu destino. Logo após darem alguns passos, murmúrios curiosos e cochichos começavam a surgir. Ele os ouvia, atento nas palavras e comentários que giravam ao seu redor, mas seu rosto transparecia serenidade, tão tranquilo quanto as águas calmas de um lago, sem demonstrar nenhum sinal de desconforto.

“A Divindade Yuqi sacrificou-se para salvá-lo, e agora ele é o mestre responsável do Jardim Polinizador."

"Dizem que, quando era um guerreiro celestial, ele era ainda mais cruel e implacável do que o próprio Deus da Guerra, capaz de assassinar até mesmo deuses. Não apenas isso, ele apreciava e encontrava prazer em torturar e matar. É por essa razão que, até hoje, ele não conseguiu dar vida a uma fada."

“Ele é um deus quebrado, corrompido, podre como um fruto infestado de larvas. Se eu fosse ele, sentiria profunda vergonha de residir aqui no Reino Celestial, sabendo que todos conhecem as abominações que cometeu e que foi responsável pelo fim da deusa das flores."

“Sua irmã, nossa amada e querida Deusa Yuqi, tentou guiá-lo pelo caminho correto, mas ele é tão soberbo que se recusou a ouvi-la, e por sua culpa, a pobre pagou o preço com a própria vida... É por isso que ele se esconde no Jardim Polinizador, para ocultar a vergonha que sente por suas escolhas erradas e seus erros imperdoáveis.”

Finalmente, o deus alcançou a entrada do Jardim Polinizador; seus passos vacilaram e seus olhos castanhos escuros se fixaram na monumental escultura de flores da adorada Divindade Yuqi. Ela sorria, um sorriso gentil e caloroso que não se comparava com os gravados na memória de Seungmin.

“Shijie, como eu gostaria de ver seu sorriso novamente!” pensou ele, com tristeza.

A angustiante dor, enraizada em seu coração desde o momento em que a segurou nos braços no campo de batalha, testemunhando seu último suspiro antes de se transformar em pétalas levadas pelo vento, apertou-o mais uma vez com força avassaladora. Por um tempo, ele acreditou que o tempo amenizaria essa culpa dilacerante, que o veneno amargo chamado arrependimento diminuiria, mas estava enganado. Mesmo após incontáveis milênios, o tormento doloroso e opressor continuava a visitá-lo com a mesma intensidade do fatídico dia em que a perdeu.

Sorrindo desanimado, adentrou o jardim.

Exceto pelos pássaros cantando e pelos insetos zunindo enquanto voavam pelos corredores de flores em busca de néctar e pólen, reinava uma tranquila serenidade ali. Costumava ser recebido por um beija-flor tagarela e animado, que lhe perguntava como havia sido a visita aos outros picos e exigia detalhes, especialmente sobre o Pico Salvaguarda. Porém, naquele dia, Yongbok decidira fazer companhia à fada Jisung no Templo do Conhecimento, o que, na opinião de Seungmin, não era uma má ideia.

Coração Sombrio: A Ascensão do Demônio {Hyunlix MinSung Seungbin}Onde histórias criam vida. Descubra agora